quinta-feira, 5 de novembro de 2009

REDEFININDO CLASSE SOCIAL


Essa postagem vem meio que na berlinda dos pitis que a Mônica postou no CRÔNICAS URBANAS (isso porque eu bati boca com uma pessoa e fiquei imaginando depois se tinha alguma câmera nos filmando).

Hoje eu tive duas experiências bastante corriqueiras de trânsito, no meu itinerário de quase todos os dias. Eu estava (de carro) numa rua de mão dupla, na fila para virar a direita numa preferencial, esperando que o semáforo dessa preferencial abrisse e o trânsito escoasse. Na minha frente 2 carros, atrás 4, quando um sujeito numa camionete pequena, uma Ford Currier (bem acabada), veio pela contra mão (se alguém da preferencial entrasse ali, dava de frente com ele), ultrapassou todos os demais bem educados que estavam esperando e, na hora que eu ia entrar na preferencial, cortou a minha frente e entrou antes. Me dei bem absoluto. Acontece que o sinal fechou nesse momento e ele ficou com o carro atravessado bem na minha frente, ouvindo um monte de baboseiras que eu falei (movido pela tradicional irritação de que sou tomado quando alguém é mal educado na minha frente). Teve vaia geral e outros protestos, mas o meliante do me dei bem, apenas ria (depois que saímos do local ficou me seguindo e querendo briga, mas aí eu já tinha voltado ao normal).

Pouco depois, na BR 101, um pouco antes de chegar ao pedágio, mas bem pouco antes mesmo, quando eu me dirigia para um dos guichês livres, vi que uma BMW saia de trás de mim para a direita, indo na direção do “sem parar”. Qual a minha surpresa quando ele me fecha e entra na minha frente para pegar o guichê livre, quase me fazendo bater na mureta divisória. Era uma linda e nova BMW e o motorista me dei bem me ignorou por completo. Diante do inusitado quase saí do carro para bater boca, mas logo lembrei das câmeras e da Mônica.

Aparentemente eram duas pessoas de classes econômicas bem diferentes, mas de uma classe social que ainda precisa ser batizada. Eu e minha esposa costumamos chamá-los de fdp (é bem isso mesmo!), porém, isso é genérico demais. Filhos da puta existem em todas as classes. Poderiam ser filhos da vaca, de divinas tetas, que empanturraram seus filhos de toda falta de civilidade possível. FDV, quem sabe uma boa definição! Fico aguardando sugestões.

Nos comentários da postagem do Arthur sobre PROTESTOS INÚTEIS DO MOVIMENTO ECOLÓGICO, discutíamos sobre a importância da cidadania para melhorar o planeta. A relação entre os fatos é intensa. Esse tipo de pessoa me dei bem absoluto, é o mesmo que paga e aceita subornos, e infecta o progresso social de miasmas pegajosos. E o me dei bem absoluto gera filhos me dei bem absolutos. E são esses filhos que estamos deixando para o planeta. Até quando ele agüenta?