sexta-feira, 19 de novembro de 2010

vinho branco com macarrão

como fazia tempo que eu não postava alguma receita...

é costume geral pensar em massa com vinho tinto. Mas o vastíssimo universo dos vinhos pode estar sempre pronto a nos apresentar alguma deliciosa surpresa. A foto não ficou boa, ainda mais porque o vinho não apareceu, mas eu juro que ele estava ali. Talvez já tívessemos "experimentado" demais o sauvigon blanc, Lo Matta, chileno, que guardava em si as melhores potencialidades dessa uva blanc de blanc, originária de Bordeaux e a principal representante do Vale do Loire, mas que no Chile também se comporta muito bem, com aroma e sabor de pêssego maduro. Um sauvignon blanc costuma ser dotado de elevada acidez e combina com pratos semelhantes, como um queijo de cabra, ou um peixe com limão, por exemplo. Porém, essa sauvignon blanc chilena tinha algo de amanteigado e, depois de pouco tempo na taça, expandia para um sabor mais estruturado. Aí vem a delícia da gastronomia: deixar a mente viajar e, por estar em casa, experimentar. Então vai aí a receita que combinou muito bem com esse vinho, mas que também pode combinar bem com um rose, ou um tinto jovem (bem jovem).



Espagueti com shitaki seco.



- coloca o shitaki pra hidratar uma hora antes, depois espreme pra remover o excesso de água e corta-o em tiras (o caule é melhor cortar em fatias bem finas, por ser mais fibroso);

- Numa frigideira coloca uma colher de manteiga sem sal e 5 colheres de sopa de óleo de oliva;

- tritura num gral (se possível) um pouco de pimenta rosa, pimenta preta e sal grosso;

- frita o shitaki temperando com o tempero triturado até ficar levemente queimado nas bordas;

- antes de dar o ponto da fritura, acrescenta fatias de alho (não antes, para não ficar queimado e transferir mais aroma que sabor ao prato);

- macarrão cozido ao dente, usando a água onde foi hidratado o shitaki e temperada com uma parte dos temperos triturados. Antes de escorrer, separa um pouco da água e reserva;

- Escorre bem o macarrão, tirando todo o excesso de água e frita-o na frigideira do shitaki;

- Usa um pouco da água que cozinhou e está reservada, para dar ponto no macarrão (se ficar muito seco).



Pronto. Uma experiência diferente, se pensarmos nos pratos que costumam acompanhar esse vinho. Mas aí é que está a graça. Experimentar. Apreciar os sabores. Ser honesto pra dizer se não deu certo, mas, quando sente que deu... Ah! Saúde!!!
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quarta-feira, 10 de novembro de 2010

VIAGEM SANTIAGO - MENDOZA



Tem um voo da Gol que chega em Santiago perto da 01:00h. Se não houver atraso, é possível chegar no Hotel Tur Express antes das 02:00h e ter um bom sono até as 08:00h. O hotel é literalmente em cima da Estação Alameda. A entrada de elevador é na plataforma de embarque e, pela escada, é sobre a estação de metrô. Mas engana-se quem pensar que é um hotel fulero, muito pelo contrário. É simples, mas eficiente. Tudo muito novo, com janelas com isolamento acústico, um ótimo quarto e delicioso chuveiro, além de wifi, tv, frigobar. Estamos até pensando em ficar nele quando voltarmos a Santiago para ficar. As 09:00 sai um excelente busão da CATA (Royal suíte) em direção a Mendoza. Reserve as passagens com antecipação e é possível pegar as poltronas da frente no andar superior (e ainda vai ter lanchinho, café ou chá, água, sucos). A viagem é linda. Não tivemos problemas na aduana, lá no alto na ida, passamos em meia hora (na volta levou mais de 2 horas, e com nevasca).
Chegamos em Mendoza as 16:00 horas. É árvore para todo lado. No Brasil costumamos ter florestas ao redor da cidade. Na região de Mendoza, pela aridez, os arredores são desérticos (ao menos onde não há parreirais) e as florestas são dentro das cidades, alimentadas pelas infinitas canaletas que trazem água do degelo da cordilheira. Onde se vê uma floresta por lá, saiba que embaixo tem uma cidade. A área central de Mendoza é linda e organizada, com pessoas naturalmente educadas e atenciosas, daquelas que param e perguntam se precisamos de ajuda quando estamos com um mapa aberto e ar de perdidão. Cafés, bodegas de vinho com degustação, lojas, praças, parques e restaurantes. Ah! Os restaurantes! São muitos para citar, por isso vou deixar a dica do El Pátio de Jesus Maria, junto ao parque San Martin. Nem preciso falar dos vinhos. Mendoza é uma das maiores regiões produtoras de vinho do mundo (uma frase bem Argentina: el mayor del mundo). Mas é interessante estar atento às visitas nas vinícolas. A maioria precisa marcar horário e fazer a visita completa, com direito à degustação no final. Ainda não pensaram em quem já conhece vinhos e vinícolas e está mais disposto a provar os rótulos de cada uma, sem muitos conhecimentos históricos da casa e como se faz um vinho. Por felicidade conseguimos almoçar sem marcar na vinícola Melipal (www.bodegamelipal.com), por indicação de uma sommelier da Alpataco, bodega de vinhos no centro da cidade, onde fizemos uma ótima degustação guiada. Não foi um almoço, mas sim uma aventura gastronômica. Sentamos as 13:00 horas e saímos de lá, felizes, as 16:00h. Cinco pratos e cinco vinhos, com um visual das cercanias de tirar o fôlego. Ainda visitamos a Norton e a Lopez. As outras milhares (exagero, é claro, mas a quantidade é grande) fica para a próxima visita. Na hora de voltar talvez seja mais interessante um vôo da Lan, que está por U$ 70,00. A volta pela cordilheira foi complicada porque os guardas da fronteira pareciam estar com o humor alterado. Levamos mais de 2 horas para conseguir passar e estava caindo uma chuva com neve. A aduana é muito mal instalada e confusa. Ainda bem que os motorista do ônibus ficam te guiando com atenção. Mesmo assim, uma viagem para repetir.

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

OS INVÁLIDOS - Números do TSE - Eleições 2010

Faço parte de um número expressivo de brasileiros INVÁLIDOS que têm outra opinião. Que não estão satisfeitos nem com um, nem com outro. E não somos poucos. Fazemos parte de um número expressivo de brasileiros que discordam, mesmo que inválidos. Somos um número que preocupa. Um número que vai ser examinado, avaliado, ponderado, nas internas. Não vai ser exaltado na mídia, mas que tem o poder de eleger um candidato, se for tocado e convencido. Só nas internas, a mídia não vai demonstrar interesse por nós. A mídia é alimentada pelo sistema. O "sistema" (podem pensar no sistema explorado com excelência no Tropa de Elite 2), precisa de votos. O sitema precisa alimentar uma máquina monstruosa, uma vaca de divinas tetas, que suga nossas riquezas e pinga benesses a uma classe poderosa de pessoas, de bocas habituadas a mamar. O voto é a moeda corrente da corrupção. Não me venham falar de democracia. Haja paciência para tanta ignorância! Democracia é a máscara que precisa cair. Não a temos. Somos obrigados a votar e não temos poder de mudar praticamente nada, a não ser que estejamos dispostos a esforços inumanos e deixarmos de lado família, trabalho e renda (que bela maneira de manter os inválidos ineficientes!). Os políticos eleitos fazem parte do sistema, querem o seu próprio bem, fazendo o bem às coorporações que os embasam. De democracia só temos discursos populistas e planos sociais destinados a alimentar um profícuo gado eleitoral.
Fiquei feliz com a eleição. Fiquei feliz por saber que aumenta o número de pessoas que entendem realmente o que está acontecendo.
Números do TSE em 01/11/2010. 14:00h.

Eleitorado: 135.804.433
Apurado: 135.803.007 (99,99%)
Abstenção: 29.196.930 (21,50%)
Comparecimento: 106.606.077 (78,50%)
Brancos: 2.452.596 (2,30%)
Nulos: 4.689.417 (4,40%)
Válidos: 99.463.792 (93,30%)
Vejam bem. 36.338.943 de votos inválidos.
Que canditado, partido, ou marketeiro não gostaria de contar conosco?
Temos força. Agora precisamos aprender a usá-la, mesmo inválidos como somos.
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