segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

QUER SER ESCRITOR?

faz umas duas semanas eu recebi esse mail... alguém se interessa?


Escritor conceituado se predispõe a vender, na qualidade de ghost writter, os direitos totais de livros (inéditos) de sua autoria. No momento, dispõe de 6 livros de ficção (romances e contos) prontos para edição, todos eles com a editoração efetuada (revisão, diagramação e capa).
Tal proposta se torna atraente apenas para pessoas com poder aquisitivo suficiente para publicação e divulgação da(s) obra(s).

Ghost writer é um profissional de alto nível que redige textos para terceiros, trabalhando anonimamente. Após concretizada a transação ele desaparece e a propriedade intelectual (a autoria) passa a pertencer ao contratante, que pode dela dispor de acordo com as suas conveniências.

Contatos:
serescritor.escritor@gmail.com
escreverghost@gmail.com


vejam só!!! E agora, será que e os escritores que eu gosto são anônimos?

sábado, 6 de dezembro de 2008

... o parto ...

o parto foi realizado com sucesso!!!
agradeço a todos que estiveram no lançamento do Paris, setembro de 1793... muito melhor do que a boa venda de livros, foi ver tanta gente que eu gosto reunida e dando uma força não somente a mim, mas também à idéia que a vida continua, e os caminhos são muitos... e num destes caminhos, logo virão outros livros...
Natália, Fabrícia, Jean, Rafa, Karla, Lu, Gi, Bárbara e Marinho... vcs são demais!

terça-feira, 2 de dezembro de 2008

nota sobre o lançamento

desde que a natureza nos mostrou sua força bruta (e que a gente ainda não aprendeu a respeitar como deve), e vendo tanta alma derramando dor e implorando nos nossos olhos um pouco de esperança, fiquei na dúvida de levar em frente a festa de lançamento do livro. Ontem, segunda feira, decidi desistir. No entanto, quando comecei a avisar as pessoas que trabalhariam na festa, a reação foi contrária a que eu esperava. Mesmo sendo um evento pequeno, vai gerar alguma renda para algumas pessoas contratadas, a maioria delas atingidas direta ou indiretamente pela catástrofe. Pediram-me para não adiar, pois, principalmente neste momento, estavam contando com essa grana. É claro que o foco dos interesses nesse momento é outro, individual ou coletivo, e isso não é bom quando se pensa na divulgação de um trabalho; vou perder em divulgação. Mas estou considerando que é um filho que vem ao mundo em momento difícil, e não é menos filho por isso. É difícil ao leitor imaginar todo o caminho feito por um livro até chegar em suas mãos. É muito mais fácil saber que toda a dificuldade inerente a isso é infinitamente menor que a dor que palmilha o coração dos nossos irmãos de tragédia. Porém, o contra-ponto dessa comparação é a necessidade da vida continuar, mesmo nesse momento em que as pessoas não têm muito de bom pra ver nem no passado, nem no futuro. Outro contra-ponto curioso é lembrar que esses filhos, assim nascidos, tantas vezes vêm preencher profundas lacunas de dor que o passado nos deixa. Quando lembro que o meu livro, sem nenhum exagero de prentensão, por ser um romance essencialmente sobre as leis de ação e reação que regem nosso destino, pode ajudar alguma alma a preencher essas lacunas com alguma paz (a paz da racionalidade sobre a justiça da vida, mesmo quando tudo parece injustiça), tenho ainda mais certeza que não se pode retardar esse nascimento, mais nem um dia.
Então o parto está confirmado. Dia 05/12. 21 horas. Teatro Municipal de Itajaí. E conto com a presença de todos.
Mauro

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

CONVITE



Lançamento do Romance


Paris, setembro de 1793



dia 05/12/08
Teatro Municipal de Itajaí
21:00 horas


com som de Rafaelo e Karla
que recebem Marinho Uriarte,
Giana Cervi e convidados

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

sonho de lagoa


(principalmente pra quem não sabe que no centro de balneário camboriú havia uma lagoa...)


dorme lagoa mansa
nas brisas calmas do tempo amigo
que a tua sina agora é ser doce lembrança
de se contar nas rodas dos mais antigos

dorme teu sono esquecido
e deixa a madrugada velar tua passagem
e lacrimar de orvalho teu silêncio
que a lua ainda vai pratear tua alma
estendida no asfalto que deitamos em teu leito
e a brisa da manhã te buscará pra sempre
e o entardecer te encontrará
cada vez que um coração te lembrar enternecido
e derramar da memória teu cheiro de sal
no chão bruto que te cobriu a morte

dorme lagoa mansa
nas brisas tantas do tempo esquecido
dorme na sina de ser lembrança
que se conta nas rodas
de amores adormecidos

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

domingo, 19 de outubro de 2008

PARIS, SETEMBRO DE 1793 - LANÇAMENTO

Uma festa...
O livro já está circulando por aí. Por enquanto está indo para os clubes do livro, porém, depois do dia 25 estará nas livrarias. Mesmo assim, o lançamento oficial está marcado para o dia 05 de dezembro, no hall de entrada do Teatro Municipal de Itajaí. A idéia é fazer uma festa legal, com o som do Rafaelo e da Karla, e vários convidados (o Marinho Uriarte vai dar uma palha do show dele). Além disso, vai estar acontecendo a exposição pretexto - SESC Com certeza vale conferir.
dia 05 de dezembro
Teatro Municipal de Itajaí
21 horas

terça-feira, 14 de outubro de 2008

PARIS, SETEMBRO DE 1793




O romance Paris, setembro de 1793, de Mauro Camargo, está sendo publicado pela Editora Lachatre, de São Paulo. O tema principal é a reencarnação, porém, fugindo do estilo dos romances reencarnacionistas tradicionais. Os personagens do romance vivem seus conflitos no Período do Terror, quando Robespierre, desvirtuado dos princípios libertários da Revolução Francesa, tentou consolidar seus ideais políticos através da força e da violência. O mundo contemporâneo ao nosso destes personagens, corre em paralelo dentro da narrativa, para que se possa avaliar mais profundamente os efeitos dos nossos atos no passado e suas consequências no futuro, ou vice versa. Além desta novidade quanto ao estilo, ainda o leitor poderá descobrir a influência do magnetismo animal nos alicerces dos princípios revolucionários. Outro elemento que o magnetismo animal trouxe à tona foi o estudo do sonambulismo por ele propiciado e que foi fator decisivo para o nascimento do Espiritismo como doutrina. O magnestismo animal foi proposto como teoria curativa, dentro da medicina, pelo médico alemão Mesmer, antes mesmo da Revolução Francesa e influenciou de maneira significativa na fundamentação dos princípios humanistas da mesma, à partir do momento que colocava todos os seres humanos como iguais.

O romance está na primeira edição, que circulará nos clubes do livro por enquanto. Estará nas livrarias depois do dia 25 de outubro.
Paris, setembro de 1793.

Autor: Mauro Cesar Bruginski Camargo

Editora: Lachâtre

quarta-feira, 20 de agosto de 2008

um trecho de "Jeziká e o Planeta Elmor"

Qsarin, anoitecer, 21 de maio.

(...)Qrot havia dormido no seu turno de vigia. Foi Jat quem acordou já com o primeiro trouk se espremendo para passar a fenda de rocha que levaria a Brot, mas Qrra jamais falaria isso. Qrot também era seu amigo e foi uma sensação horrorosa vê-lo sendo arrastado por um trouk precipício abaixo, porque, descuidado e sabendo que tinha falhado na vigia, movimentou-se inutilmente ao acordar e tornou-se uma presa fácil.
Qrra e Jat suportaram a investida dos animais como puderam, mas suas flechas acabaram porque eram muitos. Nunca haviam atacado em número tão grande. Mesmo assim, se Qrot os tivesse visto vindo ao longe, provavelmente poderiam ter refreado o ataque. Jat, numa atitude herórica para defender a vida do filho do chefe da Roda dos Caçadores, atirou-se sobre um trouk que caia sobre Qrra, arrastando-o para o fundo do abismo. Qrra ficou sozinho e sem flechas, tentou se esgueirar pela fenda de entrada, mas não foi rápido o suficiente e, quanto mais se movimentava para fugir, mas exposto ficava.
Um trouk cravou as garras na sua perna esquerda, quando a direita já passava para dentro da caverna que levava à cidade de Brot, e elevou-o no ar, batendo-se nas rochas próximas. Qrra sabia que estava perdido e estranhamente não teve medo. Pareceu-lhe que todo medo que sentirá até o momento que tentou fugir pela fenda esvanecera-se. Pendurado de cabeça para baixo e sentindo as garras do animal fincadas em sua perna, sentiu a morte muito próxima e, ao mesmo tempo, uma calma extraordinária. Numa velocidade espantosa as lembranças da sua vida repetiram-se em sua mente; lembrou de Chet, de Mambit, de Tonder, de Raz, da Mãe, de Amath. Iria morrer como um valente, defendendo sua cidade de um grande perigo e seria lembrado como herói. Não sentia mais dor.
Em nenhum momento teve qualquer mágoa do pai, por tê-lo feito cumprir uma sentença perigosa; apenas lembrava dele com orgulho por ter sido seu filho. Amath! O que faria Amath numa situação como essa? Com certeza não se entregaria sem luta, embora soubesse ser quase impossível sobreviver. Sabia que logo o trouk o soltaria para que morresse na queda e, em seguida, o alcançaria para sorver seu sangue ainda quente. O que Amath faria? A lembrança do pai e sua enorme força fizeram Qrra sair de uma aparente letargia que o dominara por instantes, fazendo seu corpo ficar dolente, embora a impressionante agilidade mental. Um tipo de choque traspassou-o e, embora voltasse a sentir a dor na perna com intensidade, curvou-se sobre seu corpo e, com uma das mãos, segurou uma das pernas do trouk. Logo em seguida consiguiu firmar a outra mão no mesmo local e tracionou o corpo para cima, para morder a perna do animal com toda força dos seus maxilares.Os pelos duros do trouk feriram seus lábios, mas ele apertou cada vez mais, fazendo-o soltar estranhos gritos de dor e abrir as garras tentanto soltá-lo, porém, agora era ele que se agarrava ao trouk como se o atacasse, sem medo das conseqüências. A dor levou o trouk a tentar mordê-lo também, para que se soltasse, mas isso fez o animal perder o rumo do vôo, chocando-se com uma parede de pedra e escorregando por ela até uma outra pedra que se destacava da primeira, formando uma fenda profunda entre as duas. Qrra sentiu-se prensar entre as duas superfícies e viu que o trouk debateu-se bastante antes de conseguir voar novamente(...)