quarta-feira, 23 de junho de 2010

A BUROCRACIA DAS COMPETÊNCIAS - a carne podre do BIG

no dia 29/05 comprei uma bandeja de filé mignon (adaptações linguísticas à parte), lacrada com filme plástico, e um pacote com 700 g de linguado congelado, no supermecado BIG aqui perto. Coloquei no freezer quando cheguei em casa e, no dia 03/06 descongelei o mignon, incialmente (tirei 2 horas antes do freezer). Surpresa! Embora a cor vermelha por fora, podre por dentro, cheirando muito mal. Já desconfiado, descongelei (na água corrente da torneira) os filés de linguado. 700 g viraram 300 g. Comprei 400 g de gelo pelo preço de linguado. Já sem surpresa descobri que as bordas dos filés estavam se deteriorando.
Tudo bem, talvez o mais correto fosse voltar no big e exigir meus direitos, mas já era perto das 22 horas. Não fui. Mas procurei, via internet, um canal para contactar a vigilância sanitária. Descobri que não conseguiria fazer nenhuma denúncia diretamente na minha cidade, porém, encontrei a Ouvidoria da Secretaria de Estado da Saúde, onde fiz minha reclamação, relatando o ocorrido como fiz acima.
Tenho que reconhecer que o assunto foi adiante. A SES encaminhou devidamente a denúncia. Hoje recebi a resposta da SES, como segue:
Em atenção à sua solicitação ao Serviço de Ouvidoria desta Secretaria de Estado, realizada no dia 10/06/2010, registrada sob o nº 31082/10, encaminhamos a resposta no formulário abaixo.
Agradecemos a sua participação neste processo que visa a melhoria dos serviços públicos da saúde e colocamo-nos à sua disposição para quaisquer outros esclarecimentos, através da linha gratuita 0800 482 800, em dias úteis, das 07:00 às 19:00 horas.
Atenciosamente,
SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE/SC
Coordenador do Serviço de Ouvidoria
DESCRIÇÃO
Recebemos da Ouvidoria Geral do Estado a seguinte manifestação: O cidadão relata que no dia 29 de maio de 2010 comprou uma bandeja de filé mingnom - que estava embalada com filme plástico - e um pacote com 700g de filé de linguado no Supermercado BIG de Balneário Camboriú. Ao chegar em sua residência colocou-os no freezer. No dia 03 de junho de 2010 descongelou a bandeja de filé mignon, de forma habitual, tirando do freezer duas horas antes de consumir. Quando foi abrir a bandeja, o cheiro da carne estava insuportável, e após verificá-la, observou que seu miolo estava deteriorado. Logo, descongelou o filé de linguada. Sua primeira surpresa foi que, das 700g que adquiriu, sobraram apenas 300g, pois o resto era gelo que se diluiu na água. A segunda surpresa é que as beiradas dos filés também estavam deterioradas, em decomposição. Solicita que uma fiscalização seja feita no local e que providências sejam tomadas.
RESPOSTA
Transcrevemos resposta do repsonsável: "Em 17 do corrente mês às 10h:30min, a equipe de fiscalização de alimentos esteve in loco no supracitado estabelecimento para realizar inspeção sanitária relativa à descrição do reclamante. Na ocasião da inspeção, contactamos com o gerente de plantão e a nutricionista do local e atestamos que o estabelecimento possui registro de reinspeção da CIDASC, inscrito sob SIE n° 680. Portanto, não foi possível inspecionar as instalações onde há a manipulação das carnes, para não encorrermos em duplicidade de fiscalização, pois o local é periodicamente inspecionado pelos profissionais da CIDASC. Assim sendo, vistoriamos somente a área de venda dos produtos cárneos, e atestamos que os produtos expostos estavam adequadamente rotulados e em temperatura apropriadam, em torno de 5°C. Vale ressaltar que a temperatura dos balcões é frequentemente aferida e anotada pelos funcionários (três vezes ao dia). Além disso, fomos informados que todas as carnes destinadas ao fracionamento e que se tornam suspeitas pelos funcionários de qualquer alteração, são devidamente analisadas sensorialmente pela médica veterinária responsável. Em seguida, a mesma emite um laudo sobre o ocorrido e, no caso de qualquer alteração e/ou condenação, a empresa fornecedora é informada e o produto substituído. Portanto, não foi possível constatar com exatidão a procedência da denúncia, pois a área de manipulação das carnes (entreposto) está sob competência de fiscalização da CIDASC. Com relação ao armazenamento e exposição das carnes, não foram averiguadas irregularidades na rotulagens e tampouco no armazenamento das mesmas. No caso do filé de linguado, também cabe à CIDASC a inspeção e verificação da veracidade do peso relacionado no produto. Atenciosamente,"
As conclusões são por conta dos leitores. Mas que é ruim passar por mentiroso, é.

sábado, 29 de maio de 2010

Espiritismo, e loucos de hospício



A organização do espiritismo como doutrina, foi motivada por três perguntas: de onde viemos? O que estamos fazendo aqui? Para onde vamos? Para explicar essas três perguntas, precisamos nos apoiar em três fundamentos: a ciência, que nos explica racionalmente as relações de causa e efeito dos nossos atos; a filosofia, que nos propõe uma análise de perspectivas sobre estes atos; e a religião, que nos insere num contexto universal, como criaturas, e não criadores.

Algumas pessoas podem pensar que a doutrina espírita é baseada na mediunidade, na crença na reencarnação e na vida após a morte. Esses assuntos fazem parte da doutrina, sem nenhuma dúvida, e desempenham um papel importante no cabedal de conhecimentos necessários para entender a vida através do seu ponto de vista. Porém, a importância maior sempre será oferecer instrumentos ao ser humano para conquistar melhorias éticas e morais na sociedade em que se insere.

Os céticos costumam achar absurdo acreditar em espíritos, ou teorias que não podem ser provadas na prática, através dos instrumentos da ciência acadêmica. Os céticos não acreditam em Deus, normalmente, e, se fosse pelos obstáculos que colocaram até hoje no desenvolvimento humano, talvez ainda estivéssemos curando doenças com sangrias, afinal, as sanguessugas podiam ser vistas com nossos próprios olhos. (sei que é um exagero, mas a linha de pensamento é coerente).

Não tenho a intenção de levantar bandeiras proselitistas, muito pelo contrário, sou totalmente favorável ao pensamento de Paulo de Tarso: tudo me é lícito, mas nem tudo me convém. Por isso, essa postagem não tem interesse de abrir uma nova linha de discussão com os céticos, ou contrários a esse pensamento, como aconteceu na postagem e comentários do blog pensar não dói (linkado ao lado). No entanto, de alguma maneira me senti na obrigação de revelar aqui minhas “crenças”. Falo crença, na falta de uma palavra melhor, assim como não há instrumentos melhores, ou eficientes, segundo os céticos, para provar alguns fenômenos psíquicos, ou paranormais. O instrumento que temos são as pessoas. São as pessoas sérias, que trabalham sem interesse maior que não o próprio desenvolvimento como ser humano, e daqueles a quem possam influenciar. Pessoas que não vão se interessar em ganhar um milhão de dólares pra provar que mediunidade é fato, por que já aprenderam que a moeda humana não é um bom indexador evolutivo. Pessoas que não fazem sensacionalismo, nem transformam o espiritismo em meio de vida, nem se aproveitam das pessoas sugestionáveis. Que trabalham quase no anonimato pelo bem. Pessoas que têm algo mais a fazer do que se preocuparem em provar alguma coisa para os que têm a tendência a enxergarem apenas o que lhes convém. Ou de provar fenômenos para os que se colocam acima. Acima do quê? Acima, basta.

É claro que sempre vai existir os que fazem tudo ao contrário e, desta forma, fornecem lenha aos eternos inquisidores em seus pedestais de sabedoria. Faz parte da evolução coletiva. É bom deixar bem claro que não devemos apoiar nossas convicções apenas no que presenciamos ou ouvimos, bem como é preciso saber o que se lê. Há uma imensa literatura séria e de qualidade, e muitos bons exemplos de trabalho no campo espírita, desde que essa doutrina foi organizada, tanto aqui, como fora, embora, às vezes, usando outros rótulos, e talvez até outros métodos. Mas também há muita gente se aproveitando para ganhar dinheiro com isso, infelizmente. Com certeza, esses não são espíritas, ou são espíritas superficiais.

Eu trabalho com mediunidade. Trabalho com um grupo mediúnico há 23 anos, que se reúne toda semana e não é aberto ao público, embora não seja fechado a novos participantes. Não vem ao caso citar as quase inumeráveis provas da reencarnação, mediunidade, e, óbvio, vida após a morte física, que tive neste tempo. Tampouco listar a quantidade de pessoas que foram ajudadas através do trabalho anímico/mediúnico que desempenhamos, sendo que, na imensa maioria dos casos, sem saberem que estavam sendo ajudadas (para que não venham dizer que o efeito foi movido pela sugestão do pensamento). Os participantes do nosso grupo não são loucos, nem são aproveitadores da fé alheia. Somos poucos em atividade sempre, porque nossa estrutura não comporta uma quantidade maior de pessoas, mas, nesse tempo, muitas pessoas passaram pelo grupo. Pessoas normais, de todos os graus de instrução e situação social. Humanos em evolução, aprendendo a transformar suas vidas para melhor, através, principalmente, do conhecimento de si mesmos que a doutrina espírita propicia.

Quando assisti, recentemente, o filme do Chico Xavier, fiquei bastante emocionado, não por rever os fatos marcantes da sua vida, mas por ver vir a público, com bastante seriedade, o que fazemos no anonimato por todos esses anos, guardadas as devidas proporções evolutivas.

Eu tenho 4 romances publicados (ao lado). Um policial, um infanto juvenil e dois embasados diretamente no conhecimento espírita. O último deles, Paris, setembro de 1793, foi publicado pela Editora Lachâtre, uma editora bastante respeitada no meio espírita, que conta com autores como Hermínio Miranda, Luciano dos Anjos, Lígia Barbiere Amaral, Paulo Henrique de Figueiredo, entre tantos (e são muitos), autores sérios, e normais. A Editora Lachâtre tem uma característica interessante, a de ser contestadora no próprio meio espírita, principalmente diante dessa corrente literária exploradora e monetarista que assomou o público nos últimos anos, com tanta auto ajuda camuflada de obra mediúnica, ou mesmo espírita, mas que só visa interesses financeiros. Se alguém tiver interesse em constatar isso, basta acessar: http://www.lachatre.com.br/editora.php.

Atualmente estou escrevendo mais um, com enfoque em determinados aspectos do século XIX, como as profundas transformações sociais, principalmente originadas dos movimentos socialistas, assim como os efeitos de novas ciências médicas que começaram a ser aplicadas na época, como o Mesmerismo e a Homeopatia, tão ricamente atacadas pelos céticos de todos os tempos.

Quando penso muito nos céticos da ciência e da relação de soberba que alguns têm diante do espiritismo, não consigo deixar de lembrar de uma piada antiga, sobre a conversa de dois loucos num hospício:
- Cara, descobri quem eu sou...
- E quem você é?
- Sou Jesus Cristo!!
- O quê? É louco mesmo... de onde tirou essa idéia. Quem foi que falou isso?
- Foi Deus...
- O quê? EU não falei nada disso....

segunda-feira, 24 de maio de 2010

Benoît Mure e os tropeços da pesquisa

Algumas pessoas estranham que estou postando pouco no blog. Essas mesmas que a gente se surpreende quando sabe que nos lêem e não deixam comentários, por que não gostam, ou são tímidas para comentar. Então explico que não é apenas preguiça, embora também seja.
Estou escrevendo mais um romance para a editora Lachatre, passando períodos alternados do tempo, entre o agora e o século XIX, em Althen des Paludes, sul da França, Bruxelas, Calais e Curitiba, e estou esbarrando em entravos curiosos nas minhas pesquisas. O século XIX foi de transição de tecnologia. Por exemplo: por séculos a navegação foi com veleiros e remos. Mesmo que os desenhos das naves mudassem, a propulsão era essa. No século XIX aparece o motor a vapor e, como nos nossos tempos alguns já viam filmes em dvd enquanto outros ainda viam em vhs, naquele tempo muitos viajavam em barcos a vapor, outros em barcos mistos, outros em veleiros antigos. Mas o que dificulta isso no processo de pesquisa? Muito. Se eu disser que um personagem cruzou o atlântico em 1840, que tipo de barco ele usou? Parece simples mas não é.
Faz mais de um mês que estou procurando referências sobre o Eole, um barco francês que trouxe Benoît Mure para o Brasil, e encontro quase nada. Agora recebi um artigo do Arquivo Histórico Nacional contendo um estudo sobre os movimentos migratórios franceses para o Brasil, na esperança de encontrar alguma referência, e nada. Alguém pode dizer: passa por cima disso e conta tua história, afinal, você é um ficcionista. Tudo bem, até posso fazer isso, mas, vai perder muito do encanto e uma das partes fascinantes da ficção é essa aproximação com a realidade. Para poder se aproximar de alguma coisa, esta coisa tem que ter existido de fato. Do contrário fica vazio. Se alguém tiver alguma pista sobre o assunto, ficarei muito agradecido.
Benoît Mure era um médico homeopata e utopista, seguidor de Fourier.* François Marie Charles Fourier (Besançon, 7 de Abril de 1772Paris, 10 de Outubro de 1837) foi um socialista francês da primeira parte do século XIX, um dos pais do cooperativismo. Foi também um crítico ferino do economicismo e do capitalismo de sua época, e adversário da industrialização, da civilização urbana, do liberalismo e da família baseada no matrimônio e na monogamia.
O caráter jovial com que Fourier realizou algumas de suas críticas fez dele um dos grandes
satíricos de todos os tempos. Propôs a criação de unidades de produção e consumo - as falanges ou falanstérios - baseadas em uma forma de cooperativismo integral e auto-suficiente, assim como na livre perseguição do que chamava paixões individuais e seu desenvolvimento, o que constituiria um estado que chamava harmonia.

(wikipedia, mantive os sublinhados)

Veio para o Brasil com a intenção de criar um falanstério e o criou. O falanstério do Saí, em Santa Catarina, próximo a São Francisco do Sul. Por vários motivos não deu certo. Depois de fracassada a tentativa, Benoît voltou para o Rio de Janeiro e fundou o Instituto Homeopático do Brasil, já que era discípulo direto de Hahnemann.

Outra curiosidade na pesquisa: para dar um tiro em 1840 passei alguns dias pesquisando. Até aquela época as armas de fogo eram carregadas pelo cano, mas, neste período apareceram as armas com retrocarga (alimentadas pela culatra), e logo surgiu a espoleta de percussão. Num perído de aproximadamente 30 anos, muitos séculos foram engolidos.

Então é por isso que tenho postado menos. E se alguém tiver algum material sobre essa época, de qualquer natureza e que ache interessante, fico grato por me mandar.

quarta-feira, 19 de maio de 2010

................a chuva e a eleição....................




O livro Paris, setembro de 1793 foi lançado em 2008, duas semanas após os cataclismas que abalaram o Estado, principalmente com a enchente de quase toda Itajaí e os deslizamentos de terra em Blumenau e cidades vizinhas. Aqui no blog mesmo tem explicações do motivo do lançamento não ter sido adiato, em postagens da época. Naquela noite (é de praxe o autor da obra lançada usar da palavra) falei ao público presente, pequeno, devido às circunstâncias, sobre o que podia ser feito para minimizar as situações catastróficas como as que havíamos passado. Obviamente direcionei a solução para o âmbito do poder público e, como também é quase óbvio, o assunto foi parar em eleição. Porque não tem como encontrar soluções para problemas de tamanha magnitude sem um esforço muito, mas muito grande, das pessoas que são como nós, mas que por nós são transformadas em autoridades através do voto. Na época eu pedi para que cada um presente, e por estar tão vívida a tragédia, não esquecesse de avaliar qual era a proposta de seu provável canditado em futuras eleições, em relação à solução dos problemas causados pelas intempéries, tão recorrentes nos últimos anos. Tem eleição se aproximando. Ontem caiu o maior toró quase no Estado todo. A BR 101 está interditada em Palhoça. Tem casa embaixo dágua e morro se derretendo. Tudo continua na mesma em termos de prevenção, mas, não podemos condenar, esses políticos que estão no poder, já estavam no poder antes disso começar. Como poderiam propor projetos para solucionar coisas que ainda não haviam acontecido? Talvez alguns só nasceram depois de 1982 mesmo. Mas tem eleição chegando e eu sei que a minha proposta particular de não votar (e não vou votar mesmo. Explicações em postagens anteriores e no "cágado xadrez", em postagens e comentários) não vai vingar e os candidatos como nós serão eleitos e empossados como autoridades populares, mas, qual deles trará em sua bagagem de projetos salvadores da humanidade brasileira, uma proposta para minimizar os efeitos dos cataclismas que estão nos assolando? Ainda mais que agora não é só sul que sofre, a cidade olímpica e a paulicéia estão no mesmo patamar de consideração midiática. E olha que o nosso maior problema é água e vento. Vulcões, terremotos, tsunamis e tornados (que têm medidas minimzadoras de efeitos por governos menos demagogos) ainda não são comuns por aqui.
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foto do clicrbs, BR 101(19/05/2010)
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quinta-feira, 29 de abril de 2010

......e se fosse com os seus filhos?..................

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O problema que esse é um caso que realmente está acontecendo em sua casa. Tendo você crianças em casa ou não, porque os adultos também sofrem o impacto.

Hoje, quinta feira, no intervalo entre um paciente e outro, tive tempo de ver o jornal da globo que foi ao ar as 09:45h, meio da manhã. Em poucos minutos as notícias foram as seguintes, com todos os detalhes que não cabe aqui repetir:


- Recife - operação da polícia prende quadrilha que desviava medicamentos do governo para hospitais públicos;


- Londrina - operação da polícia prende quadrilha que traficava armas;


- Sorocaba - motorista bêbado sobe acostamente e atropela mãe e filha de 5 anos;


- São Paulo - Homem é preso com uma sacola de dinamites;


- Rio de Janeiro - as chuvas deixaram várias áreas da cidade inundadas;


- São Paulo - Policiais Militares são presos após espancarem até a morte um motoboy;


Eu que quase não sou mais criança fiquei assustado. Nada de bom, mas nem uma noticiazinha boa! Mas eu tenho a referência de um outro tempo bem mais ingênuo. E as crianças de agora, que referência têm? Não sou psicólogo, sociólogo ou outro ólogo qualquer, nem sei a exata medida da relação informação/horário livre na tv, mas, até a violência (de todos os gêneros) está sendo banalizada. Se existe uma restrição de horários para determinados programas, malmente seguida, diga-se de passagem, como é que notícias desse tipo entram na nossa casa livremente, no meio da manhã, pra ouvidinho qualquer ouvir?

Abaixo a sensura! Viva a liberdade de expressão!

Mas tudo tem hora.

quinta-feira, 8 de abril de 2010

dá medo


hoje, na estrada, br 470, que o governo federal está avaliando a viabilidade de duplicar desde 2007 (PAC 1) e ainda não teminou o estudo pra ver se precisa mesmo, provavelmente deixando para anunciar que precisa perto da eleição... bem, na br 470, tinha um caminhão na minha frente, uma carreta de muitas toneladas, com um motorista aparentemente bastante consencioso, pela maneira que conduzia, e escrito na traseira:

TEM HORA QUE DÁ MEDO!!!


profundo.


tem hora que dá medo da estrada. a morte fica rente, passa raspando. tem hora que dá medo, e em muitas horas, de quem fica fazendo avaliação de viabilidade, tratando a vida humana como apenas mais um voto.

segunda-feira, 29 de março de 2010

janelas de silêncio




agora prefiro o silêncio
o amor tem janelas de silêncio
que se abrem para o nada
e abri-las
é ficar calado
é olhar para o que não existe
é saber que o vazio consumiu a vontade
de alguma coisa
que não vai mais acontecer

o amor tem janelas de silêncio
que se abrem para o nada
e eu vou me debruçar no peitoral
e ficar quieto
olhando para o abismo

domingo, 21 de março de 2010

a mesma tecla


Escola!
Tá, tudo bem, vou falar de novo sobre isso. É que já to imaginando a campanha eleitoral chegando e a enxurrada de promessas desvinculadas de projetos realmente sérios ou, no mínimo, aplicáveis, sobre o assunto.
Se fizermos uma estatística vocacional, qual a porcentagem de crianças, ou adolescentes, que indicariam o desejo: quero ser professor?
A vocação, à medida que se afunila o tempo de uma decisão real quanto à profissão, cada vez mais se aproxima de áreas com melhores retornos econômicos. Que retorno econômico pode-se esperar como professor?
Teríamos uma listagem grande de "desmotivos" para mostrar, mas podemos escolher dois que estão nos extremos da cadeia.
1- quanto ganha um professor do ensino básico?
2- quanto ganha um professor com doutorado?

Opa! Aí podem me dizer que o doutor tem um bom salário. Primeiro digo que não, considerando-se o longo e penoso caminho para chegar ao título o salário não é alto, mesmo se for concursado de uma escola federal, onde, na maioria das vezes, terá que sofrer com uma estrutura precária. Segundo que o próprio título vira uma armadilha, que o coloca constantemente em risco de perder o emprego e ser substituído por um professor com menos titulação e salário menor, se estiver numa escola particular, que poderia lhe proporcionar uma estrutura de trabalho mais digna.

Em relação aos salários dos professores do ensino básico, nem é preciso gastar a retórica.

É claro que a solução do imenso problema não é apenas aumentar o salário dos professores, assim como melhorar a escolaridade não é apenas construir mais salas de aula. Por sinal, construir mais salas de aula, dentro do sistema que estamos mergulhados, é apenas uma demagogia, uma ração barata para engordar o gado eleitoral.

Melhorar a escolaridade significa um projeto sério a longo prazo, que envolve construir escolas com estrutura e aumentar o salário dos professores, permitindo (ou exigindo) que tenham uma formação cada vez mais aprimorada, entre tantas outras coisas.

Esses seriam os elementos fundamentais. Qual candidato apresentará projetos sérios nesse sentido? Qual candidato enfrentará o risco de qualificar o voto do cidadão brasileiro no futuro, colocando-o num patamar compatível com a nova posição do Brasil no cenário econômico mundial?

to pagando (com a minha paciência de ouvir) pra ver.

segunda-feira, 8 de março de 2010

sempre


Algumas rugas a mais no espelho
Contam verdades que eu calo
E é engraçado perceber
Que alguns dos nossos retratos nos mostram
Lugares que parecemos não conhecer

Mas mesmo que lembrar
Ainda venha a ser um conjugar descompassado
Não é preciso remexer em gavetas
Atrás de cartas de amor
Pra saber que o amor existiu

Amor pra sempre
Não tem por onde esquecer

E quando esse sempre me levar
Eu e minhas verdades grisalhas
Vou acenar bem distante
Sem saber se você me vê
E acho que não estarei levando mais nada
Além da lembrança
Que uma saudade de mim
Mora sempre em você

Ou talvez ainda leve

Essa estranha sensação
Que todas as poesias que fiz
Foram sempre pra você

terça-feira, 2 de março de 2010

SHOW DA GIANA CERVI

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quem é daqui da região de Itajaí e arredores e gosta de música já a conhece. Quem não conhece guarde bem esse nome: Giana Cervi. Para nós, Gi. Acabei de voltar do show de gravação do seu DVD (e CD), cantando com convidados e, além desses, com ninguém menos que Leila Pinheiro, que, por reconhecer esse talento está dando apoio e abrindo portas...
o show foi maravilhoso, todos mandaram muito bem, e ver a Gi cantanto com essa diva na canção brasileira foi de arrancar lágrimas.
Da minha parte só posso agradecer a Gi por esse presente que está nos dando, trazendo ao público seu talendo, sua voz, sau arte. Arte, da qual andamos tão carentes.

Repito, guardem esse nome. E quem não conhece e quiser conferir, tem um clip dela no you tube:
http://www.youtube.com/watch?v=cilA-nXufsI

curtam, enquanto o dvd e o cd estão no forno.
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