domingo, 13 de maio de 2012

silêncio


Há momentos tristes
De silêncios profundos
e lembranças embaçadas
há lágrimas que nunca caem
nunca se revelam
porque há palavras que também
nunca são faladas
e há vontades que nunca passam
porque há pessoas que nunca ouvem
nem se dão
há coisas que ninguém sabe
que existem em nós
becos, labirintos
lamaçais
e solidões
há coisas que ninguém tenta saber
quanto mais andar nos becos
se perder nos labirintos
sujar os pés
ou perguntar
porque esse silêncio é tão profundo
e dissipar um pouco da solidão
quanto mais...

quarta-feira, 9 de maio de 2012

Cântico Negro


uma poesia escrita há 87 anos... uma homenagem a José Régio (nasceu em Vila do Conde, em 1901 e licenciou-se em literatura em Coimbra), este português que como nenhum outro expressou o que normalmente me vai na alma... até não sei porque ainda não a tinha postado.
o traço marcante da poesia do autor, que também foi romancista, são os conflitos entre Deus e o Homem, o espírito e a carne, o indivíduo e a sociedade, a consciência da frustração de todo o amor humano, o orgulhoso recurso à solidão, a problemática da sinceridade e do logro perante os outros e perante a si mesmos.

aos que passarem por aqui:

"Vem por aqui" — dizem-me alguns com os olhos doces
Estendendo-me os braços, e seguros
De que seria bom que eu os ouvisse
Quando me dizem: "vem por aqui!"
Eu olho-os com olhos lassos,
(Há, nos olhos meus, ironias e cansaços)
E cruzo os braços,
E nunca vou por ali...
A minha glória é esta:
Criar desumanidades!
Não acompanhar ninguém.
— Que eu vivo com o mesmo sem-vontade
Com que rasguei o ventre à minha mãe
Não, não vou por aí! Só vou por onde
Me levam meus próprios passos...
Se ao que busco saber nenhum de vós responde
Por que me repetis: "vem por aqui!"?
Prefiro escorregar nos becos lamacentos,
Redemoinhar aos ventos,
Como farrapos, arrastar os pés sangrentos,
A ir por aí...
Se vim ao mundo, foi
Só para desflorar florestas virgens,
E desenhar meus próprios pés na areia inexplorada!
O mais que faço não vale nada.
Como, pois, sereis vós
Que me dareis impulsos, ferramentas e coragem
Para eu derrubar os meus obstáculos?...
Corre, nas vossas veias, sangue velho dos avós,
E vós amais o que é fácil!
Eu amo o Longe e a Miragem,
Amo os abismos, as torrentes, os desertos...
Ide! Tendes estradas,
Tendes jardins, tendes canteiros,
Tendes pátria, tendes tetos,
E tendes regras, e tratados, e filósofos, e sábios...
Eu tenho a minha Loucura !
Levanto-a, como um facho, a arder na noite escura,
E sinto espuma, e sangue, e cânticos nos lábios...
Deus e o Diabo é que guiam, mais ninguém!
Todos tiveram pai, todos tiveram mãe;
Mas eu, que nunca principio nem acabo,
Nasci do amor que há entre Deus e o Diabo.
Ah, que ninguém me dê piedosas intenções,
Ninguém me peça definições!
Ninguém me diga: "vem por aqui"!
A minha vida é um vendaval que se soltou,
É uma onda que se alevantou,
É um átomo a mais que se animou...
Não sei por onde vou,
Não sei para onde vou
Sei que não vou por aí!
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domingo, 6 de maio de 2012

entre o verde e o cimento

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Balneário Camboriú é conhecida por sua beleza (aqui não tem só baladas). Temos uma praia principal longa e calma e, pelo que se fala, a prefeitura está trabalhando para diminuir a poluição. Além desta, temos várias outras, limpas, lindas. A cidade é dinâmica e bem organizada, porém, árvores só no calçadão da praia. Encontra-se uma ou outra por aí, mas a maior parte das ruas é asfalto e cimento. Se alguém tiver a paciência de ver a cidade de cima pelo google earth, vai ver uma mancha cinzenta no meio do verde (porque a natureza ao redor é exuberante). Mas isso não é "privilégio" nosso. Conheço muitas e muitas outras cidades onde se prioriza o cimento, o que causa bolsões de calor insuportáveis no verão. Por que ainda há o pensamento que árvore e cidade não combinam? Por que não há um "re" florestamento das nossas cidades? No Uruguai, na Argentina, no Chile, quando olhamos as cidades de cima no google earth vemos exatamente o contrário. Como normalmente são regiões mais áridas, as cidades são grandes manchas verdes. Então podem dizer que lá, por ser árido, é necessário ter mais árvores. Mas eu pergunto: qual a diferença? Cidade é cidade e a árvore que não incomoda lá não vai incomodar aqui, muito pelo contrário. Por que optamos pela marquise para fazer sombra e não pela árvore, como se quiséssemos deixar bem claro que quem manda na cidade é o homem e não a natureza (como se o homem não fizesse parte dela). 


Tem corrido por aí a notícia que em Porto Alegre,que tem regiões muito arborizadas, a rua Gonçalo de Carvalho ganhou o título de "a rua mais bonita do mundo"

gon�lo

Rua Gonçalo de Carvalho ganhou fama internacional pela internet. Após ser tema de publicações em dois blogs relacionados às árvores, ela ficou conhecida como a “rua mais bonita do mundo” e agora é ponto turístico para aqueles que visitam Porto Alegre.
Decretada Patrimônio Histórico, Cultural, Ecológico e Ambiental do município em junho de 2006, os seus quase 500 metros de túnel verde ficaram conhecidos não só pelas árvores, mas também pela ação dos moradores locais pela preservação.
Em 2005, quando uma empreiteira queria construir um estacionamento, trocar o paralelepípedo pelo asfalto e derrubar algumas árvores do local, moradores e adminiradores da rua se uniram para impedir o projeto.
Depois da mobilização, o caso foi para a justiça e a construtora desistiu do estacionamento. Pouco tempo depois a rua virou Patrimônio ambiental de Porto Alegre.
foto e texto de http://www.ibahia.com/
Rua Gonçalo de Carvalho, Patrimônio Cultural, Histórico e Ambiental de Porto Alegre.
Vejam no texto que foram moradores da rua que se uniram, enquanto que a administração pública ou se omite, ou joga contra. Nesta onda do Veta Dilma, pensando na preservação das nossas matas, não seria o momento para começarmos a pensar com seriedade em trazermos a mata para a cidade?
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quarta-feira, 2 de maio de 2012

A Gi é única, mas ainda bem que existem Gis por aí... a vida fica mais leve.

    
Divulgação

A cantora Giana Cervi estará em turnê estadual, em maio, divulgando “Cirandinha”, seu recente trabalho, gravado em CD e DVD ao vivo, no Teatro Municipal de Itajaí. Os shows serão realizados nos teatros do Sesc, às 20h, em Joinville (03/05), Jaraguá do Sul (04/05), Florianópolis (05/05), Criciúma (06/05), Lages (08/05) e Chapecó (09/05). A entrada é gratuita.

A mistura de ritmos e a busca pelo novo marcam este trabalho da cantora catarinense, que além de contar com a banda formada por grandes músicos da região, contou também com a participação especial da cantora Leila Pinheiro.

Sem dosar na irreverência, Giana Cervi une a qualidade da Música Popular Brasileira a uma linguagem pop e contemporânea. O repertório é formado, em sua maioria, por canções inéditas de grandes compositores catarinenses e traz também, músicas de Suely Mesquita e Victor Ramil, músicos renomados da MPB. Além disso, a cantora ainda revisita clássicos de Noel Rosa e Paul Whiteman.

Na turnê estadual a cantora será acompanhada pelos músicos Edilson Forte (Piano), Ricardo Pauletti (Violão), Duda Cordeiro (Baixo) e Mário Júnior (Bateria). Em junho, ela parte rumo a Europa, iniciando sua turnê em Portugal, para apresentar o trabalho autoral e temas consagrados da Música Brasileira, acompanhada pelos músicos Evandro Hasse (metais) e Chico Preto (percussão).


copiado de http://fcc.sc.gov.br/index.php?mod=pagina&id=13345&grupo=282
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domingo, 29 de abril de 2012

lei das cotas carrega o pior tipo de racismo


o texto não é meu, foi tirado do painel do leitor da Folha. Quem escreveu foi Maria Cristina Rocha Azevedo e apenas não quis ser redundante, por isso apenas ctrl c ctrl v...


A razão pela qual os ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) não conseguiram justificar a aprovação do racismo no Brasil é que este não pode ser dito em voz alta.
Quem defende essa lei preconceituosa e discriminatória das cotas raciais em universidades públicas simplesmente considera, lá no fundo da alma, negros e pardos como seres humanos que sem privilégios não chegam a lugar algum.
Os próprios negros militantes da causa apresentam-se como sendo de uma "casta superior".

Já os brancos pobres, por serem brancos, conseguiriam superar as barreiras por si, naturalmente. Os racialistas, inclusive os do STF, comportam-se ainda como "nhonhôs" magnânimos, típicos das fazendas coloniais, distribuindo pequenas bondades aqui e ali, reduzindo assim o peso de seu preconceito, mas, de certa forma, mantendo os grilhões bem azeitados.
Não existe outra explicação plausível. A lei das cotas carrega em seu bojo o pior tipo de racismo, fantasiado de politicamente correto.



http://www1.folha.uol.com.br/paineldoleitor/1081927-lei-das-cotas-carrega-o-pior-tipo-de-racismo-avalia-leitora.shtml

foto de pssunb.blogspot.com
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sexta-feira, 13 de abril de 2012

O voto... ai ai ai.. o voto... Mas isso saiu na Globo.

recebi esse vídeo por mail e ele parece ser fidedigno. No mail diz que a Globo foi freada nas apresentações subsequentes do mesmo, sendo mostrado somente no primeiro jornal da manhã e depois bloqueado.

é mais um elemento para pensarmos no nosso voto. Para pensarmos qual nossa opção, nossa saída... se há luz no fim deste túnel pestilento. Para pensarmos se há como tirar o Brasil, amado e maravilhoso Brasil, das mãos desta corja de malfeitores.


sexta-feira, 23 de março de 2012

Ivo Cassol... que vergonha!!!


você pensou que era uma vergonha para o senador? Não, meu caro eleitor, você está errado. Que vergonha para você, que o elege, que elege esta corja que define o nosso futuro. Por que ele(s) têm vergonha nenhuma não. Este senhor andou falando que o 14º e 15º salário pago aos senadores é necessário por uma questão de valorização da cidadania e ainda citou que em apenas uma semana pagou passagens de avião e internações em hospitais para eleitores necessitados. Ainda afirmou que não fazia isso em troca de votos, mas apenas porque era essa sua função como político, e de todos os outros políticos que o repetem.

assim como ele, há uma fatia imensa da população que pensa (se pensa) que o salário dos políticos é pago por uma empresa supra brasileira com recursos infinitos. Senhor senador, senhores eleitores, sou eu, são vocês, que pagam esses valores exorbitantes em salários que se multiplicam por 15 e incorpora assessores infindáveis, todos com suas despesas imprescindíveis, é claro. Senhor senador, senhores eleitores, gerar cidadania é trabalhar por educação, transporte, saúde e segurança (todo o mais vem por consequência). Essa sim é a função de um político (e já to de saco cheio de falar isso).

gente, que vergonha!!!
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quarta-feira, 21 de março de 2012

ALOR... uma viagem ao futuro do espírito


Vista ao longe, a ilha do Padre não apresentava os mesmos atrativos daquela região tão privilegiada pela natureza. As dificuldades naturais de atracação tornavam-na pouco interessante até para os espíritos mais aventureiros. Mas, para aqueles que penetravam seus segredos, era a prova definitiva da suprema solidariedade que deve reger todos os seres do universo.

www.lachatre.com.br
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sexta-feira, 2 de março de 2012

Radar... o retorno.

(repeti a foto porque a achei ótima)

lá estava ele, o seu guarda, hoje de manhã, na BR 101, numa reta entre Tijucas e Governador Celso Ramos, um pouco escondido, com seu infalível radar mirando os apressados. Fico emocionado com a preocupação da PRF em nos proteger destes famigerados velozes e furiosos do trânsito, principalmente quando se postam em locais como este que citei acima. Em quase trinta anos creio que nunca vi, ou ouvi falar, de um acidente nesta área. Parabéns, bravo soldado, continue nos protegendo!

Vou copiar/colar aqui o comentário que Arthur, do Pensar Não Dói, fez sobre o assunto na minha postagem anterior sobre radares e multas:

Caríssimo, eu já fui multado em uma cidade na qual eu não estava. Entrei com um recurso e a junta avaliadora o indeferiu alegando que eu não provei que não estava lá. Pena que o documento sumiu numa mudança, ou eu digitalizaria a página e postaria a imagem num artigo hoje mesmo. 

Mas o problema não é apenas a avidez pelo nosso dinheiro, descaradamente assumida na forma de "pequenos" abusos. O Estado não paga o "ônus a sucumbência" e não pode ser acionado no juizado especial cível (vulgo "pequenas causas"). Ou seja: qualquer ação contra o Estado exige que paguemos um advogado. 

Pela tabela da OAB, nenhum advogado te diz "bom dia" por menos de oitocentos reais. Como a maioria absoluta das multas de trânsito fica abaixo deste valor, sai mais barato pagar a multa do que acionar o Estado para corrigir a injustiça. E os fiscais de trânsito sabem disso. 

Ou seja: basta tomar o cuidado de sentar à sombra de uma árvore em uma avenida movimentada e escolher placas ao acaso para aplicar multas pequenas e médiasque é garantido que nenhuma ação judicial será movida contra este abuso. 

Basta conferir para cada recurso quanto de multas o sujeito tem que pagar naquele exercício, indeferir todos os recursos de quem tiver que pagar menos de oitocentos reais em multas e levar a sério os poucos recursos de quem tem que pagar mais que isso - e forrar os cofres públicos sem medo.


O grande filão da arrecadação:multas! E pra onde vai esse dinheiro? Em hipótese alguma pretendo ser contra a disciplina no trânsito. Excesso de velocidade é perigo imediato, porém, ah! Porém... Na BR 470, a famigerada, foram instalados dezenas de radares no trecho que trafego, entre Balneário Camboriú e Rio do Sul. Certo, é preciso controlar a velocidade para reduzir situações de perigo, mas seria bom se fosse essa a intenção. Nesta estrada, pra quem não conhece, o trecho entre Gaspar e Indaial é como a avenida principal de uma grande cidade, só que com cerca de 50 km. Às vezes demora quase duas horas pra fazer esta distância e ouvi falar que o Governo Federal está avaliando, através do PAC, se realmente precisa ser duplicado. É claro, senadores, deputados e ministros, entre outros bandidos, não trafegam por ali, não têm seus filhos trafegando por ali, não dependem em nada de quem trafega por ali... opa! Dependem, mas vou falar disso no fim da postagem. Tenha paciência...

Nesta BR 470, o principal corredor de ligação entre o Oeste e Leste deste Estado riquíssimo em produtos diariamente transportados do interior para os portos do litoral, existem incontáveis trechos com o acostamento em situação precária. Se fossem construídas faixas adicionais em alguns pontos, não tão poucos assim, ficaria bem menos estressante viajar por ali, mas... o que vemos é o gasto com radares, e creio que não é pouco, só que isso tem retorno garantido. Então eu pergunto, mais uma vez, e parece que vou perguntar sempre: Cadê a cidadania?

Eu sei que estou falando de umas melhores estradas não pedagiadas do Brasil. É isso mesmo, isso não é uma piada. Considerando-se a situação da nossa malha viária, a BR 470 é um luxo, mesmo que monstruosamente horrível e indiscutivelmente uma produtora de óbitos. Mas os esforços do governo, este mesmo que nós colocamos lá, é em render com a situação.

O que acontece é que cada vez mais somos prisioneiros do Estado no Brasil. Abraham Lincoln definiu a democracia como o Governo do Povo, Pelo Povo e Para o Povo... isso faz até rir. Que eu saiba, ao menos no papel que aceita tudo, o Brasil é uma República Democrática (e que fica famosa mundialmente pelo exemplo de democracia na velocidade de apuração dos votos). É isso mesmo, uma República Democrática? Não, não é, porque a intenção monárquica que se dissolveu no coronelismo é manter o povo ignorante dos seus reais direitos, para assim impor deveres, regras que só interessam a quem está no poder. Vivemos uma imensa ditadura da esperteza política contra a ignorância popular. Tudo nos é imposto: o salário do três poderes, a carga tributária inumana, as multas, os radares, a falta de estradas, de transporte, de segurança, de saúde e escola. Isso é democracia ou ditadura? Democracia com voto obrigatório? 


Como escrevi acima, somos famosos pela velocidade da apuração das eleições. É que no alto da pirâmide da esperteza de um país em que é infinitamente mais vantajoso economicamente ser político do que professor, o voto é o que mais interessa a eles, os ditadores. Eles que estão lá em cima, e na verdade fazem parte de um só partido político, o Partidão (sim, todos, todos fazem parte de um partido só, o da ditadura civil, são todos amigos) esperam pelo nosso voto como uma criança espera o presente de aniversário. É o bem mais precioso que temos, e eles o querem muito. Logo após fechadas as urnas ficam como crianças roendo as unhas... e pra não demorar, que isto os deixa ansiosos, agilizaram o processo.

Mas, se vivemos oprimidos, sem direitos e com infinidades de deveres, qual a saída? Há mutias, mas a maioria depende demais da vontade do Partidão. No entanto, há uma que não depende, talvez a única. Você que pacientemente lê esta postagem, tem nas mãos esse objeto de desejo dos "ditadores": seu voto. É o bem que mais lhes interessa (por que o pagamento dos impostos é consequência). Você quer escola (a base primordial para a cidadania)? Quer impostos retornando em forma de qualidade de vida? Quer saúde de qualidade e todas essas coisas que logo virão vestidas de novidade quando começar a eleição? Então pense bem no que fazer com seu voto.

O meu eu sei o que fazer: não dou a eles. E se ninguém desse? E se ninguém desse de novo, e mais uma vez, até que fosse necessário eles mudarem o berço esplêndido onde se reproduzem como larvas? E se fosse preciso eles pararem para perguntar: Porra! Afinal de contas o que vocês querem? O que que a gente tem que fazer pra vocês nos darem esta M destes votos?

Eu não tenho tempo pra sair pras ruas e levantar bandeiras. Tenho que suar pra pagar os imposto e ter um mínimo de qualidade de vida. Como fazer então uma revolução? A minha revolução é essa. Sem gritos (ao menos num primeiro momento), sem violência. Uma revolução limpa. Não voto. E não venham me dizer que isso é comodismo, que é não é patriótico. Comodismo? Estou aqui escrevendo e pensando no assunto, e você, que por acaso possa me chamar de alienado político, o que realmente faz pra mudar a situação?


Não voto. Vou pra uma cidade vizinha e justifico minha ausência. Simples e escrito na lei.

Olhe ao redor. Olhe o que você ganha com o governo que tem e que vai continuar (no Partidão). Pense nas multas, nas estradas, nos dólares na cueca, nos superfaturamentos, nos apadrinhamentos e fisiologismos, nos mortos dos hospitais sem estrutura, na delinquência dos jovens que não tiveram escolas... tanta coisa, tanta coisa... Pense, por favor, pense, antes da próxima eleição.

Pense nisso.
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