sexta-feira, 13 de julho de 2012

LITERATURA NACIONAL... atrás da última estante...


- Por favor, onde está a estante de literatura nacional?
- Logo ali, senhor...na última estante deste corredor, virada para a parede...

... é bem isso que encontramos na loja da Saraiva do Shopping Beira Mar em Florianópolis. Fizeram mudanças e reorganizaram, creio que pela importância que dão a cada setor, a loja toda. A estante de literatura nacional, com toda nossa magnifica e heroica trupe literária, está de costas para o público. De frente temos a literatura estrangeira, muito bem destacada, além de gastronomia, quadrinhos, turismo e segredos da vida... lamentável. Lamentável como somos tratados, pela maioria dos que nos publicam, pela imensa maioria dos que nos vendem. Lamentável. Ponto.

domingo, 24 de junho de 2012

ALOR... por Cristina Sarraf

           
matéria publicada no jornal Leitura Espírita, edição 02. 

           Um romance é um romance e não um estudo. Um romance de ficção científica, além da ficção que o caracteriza, traz informações ou supostas informações científicas.
           Mauro Camargo nos surpreendeu com o romance Paris, setembro de 1793 e muito mais com O magneto, revelando-se um grande romancista, inigualável nos dias atuais. Agora, mostrando flexibilidade e coragem de inovar em sua carreira, edita pelo Instituto Lachâtre, Alor, um romance de ficção científica.
           Mauro Camargo continua conseguindo com facilidade nos levar a "vermos" os locais e cenas que cria - ou capta? - sem prolixidade, num estilo fluente, forte, objetivo e contemporâneo, mas que nos remete aos grandes romancistas, pela qualidade de sua literatura e pelo inusitado dos temas e tramas. A impressão que fica é de que as palavras que formam as frases estão prontas para ele, que só as pega e transporta para a linguagem escrita, a fim de que possamos desfrutar do que elas compõem.
           Sendo espírita, o autor utiliza de informações de espiritismo para delinear a mentalidade e os raciocínios de alguns personagens. Mas não espere aulas de espiritismo. Não! Isso não acontece e, por ser um romance, uma ficção, também encontraremos as interpretações e opiniões espíritas destas pessoas. Ou seja, poderemos discordar, mas são a forma deles pensarem...
          Pessoas com suas vidas, suas dúvidas, problemas e virtudes, moram em uma cidade litorânea no sul do Brasil. Muitos são pescadores e Mauro Camargo nos dá uma grande quantidade de informações e termos próprios de quem vive da pesca, bem como das características de sua forma de viver. É bem interessante. 
          Um desses pescadores, o jovem Mino, descobre, em uma ilha de difícil acesso, seres que não consegue identificar se são espíritos ou extraterrestres. Sua morte súbita, deixando um herdeiro cuja existência a família não conhece, dispara uma série bem atraente de situações. Seu irmão mais novo, testemunha confidente de sua vida e aventuras, é agora depositário de uma parte da solução do mistério da Ilha. 
          Agora, adulto e médico, é esse irmão quem narra os fatos. Ele trabalha orientando e tratando jovens que se drogam. E é um deles, com capacidade  de desdobramento consciente, quem ajudará na solução do mistério, na medida em que, fora do corpo, contata com os seres que estão naquela ilha. 
         Surpresas e um interessante enredo abrem as portas para uma leitura que nos prende e deixa muitos questionamentos, sugestões de pesquisas e, sobretudo, chama para a utilização de potenciais humanos pouco valorizados nessa nossa sociedade pragmática e imediatista.
         E um ponto se destaca, tocando-nos fundo a alma: entender as necessidades que levam alguém às drogas, mas não perder de vista que essa pessoa não é um "drogado", como costumam ser classificados e rotulados. São pessoas, espíritos reencarnantes, que estão nessa situação por razões específicas, mas têm recursos, qualidades, sentimentos e potencialidades que, se forem acessados com amor e respeito, desvendam valores que abrem oportunidades de superação, renovação e qualificação social. E, nesse aspecto, Alor não é uma ficção científica. É a mais pura realidade psicológica, filosófica, científica e moral.

CRISTINA HELENA SARRAF  desenvolve atividades educacionais espíritas, é responsável pelo Curso de Princípios Doutrinários do Espiritismo e pelo jornal do CEM. www.jornaldocem.com.br 

mais informações sobre o livro em:

http://www.lachatre.com.br/loja/index.php/alor.html
.


terça-feira, 19 de junho de 2012

precisa falar alguma coisa?



bem, alguma coisa precisa...
Maluf, não pode deixar o Brasil; ele está na lista dos mais procurados da Interpol e fez parte de outra lista recentemente, do Banco Mundial. A lista se chama "Os grandes casos de corrupção". Maluf é acusado de movimentar US$ 140 milhões de forma ilegal, relatou o Banco Mundial.

Ele não deveria estar em listas, mas de listras... com um número no peito.

Esta foto é a prova contundente de que o único e exclusivo interesse que os que comandam o Estado têm em relação a nós é o voto. O resto é consequência... a consequência que os enriquece.

O MEU voto eles não levam... até agora, nenhum deles.


humorpolítico.com.br
.

domingo, 17 de junho de 2012

Serra do Lopo e os queijos de cabra...


De Bragança Paulista até a Serra do Lopo é bem pertinho. Pela cidade de Extrema, já em Minas, a gente sobe... sobe... sobe, e lá no alto da Serra do Lopo a gente vê o mundo.

















Tem duas rampas de vôo livre, uma para o lado de Extrema (MG), outra para o lado de Joanópolis (SP). Descemos pelo lado de Joanópolis por uma estrada incrível (um pouco perigosa, é claro, mas linda). 

O Alexandre e a Nanci mais uma vez nos surpreenderam com o restaurante escolhido: chegando em Joanópolis tem um restaurante inusitado, o Delícias do Bosque. 











É um sítio de criação de cabras e produção de queijos e derivados do bichinho.


 Um local realmente bucólico e lindo, com queijos de cabra
maravilhosos e pratos principais sofisticados. 
















Depois viemos costeando a represa de Jaguari na volta pra Bragança... e pensando em voltar logo...
.

sábado, 2 de junho de 2012

o carro da Sandra foi furtado.





furto a pessoa tira escondido o objeto do outro- artigo 155

roubo a pessoa toma o objeto do outro com violência - artigo 157


Então foi furtado, na frente da casa e, como ela disse, ainda passou pelo constrangimento de fazer um boletim de ocorrência e ser tratada com desdém. Quando furtaram minha maleta de trabalho ano passado, no estacionamento de um restaurante (quebraram o vidro traseiro), o policial que me atendeu falou: Sem chances de encontrar... e quando eu perguntei se tinha como melhorar a imagem do carro do ladrão, que a câmera de baixa de resolução do estacionamento pegou, ouvi a fantástica frase: tá pensando que aqui é CSI? Não tava pensando não, tava na cara que era bem Brasil. Fica sempre aquela sensação que a polícia faz de tudo para que você desista logo, para que, se eles encontrarem o produto do furto, ou roubo, poderem partilhar. Infelizmente nos sentimos assim, e me desculpo com todos os policiais honestos. 

Mas o fato é que o carro da Sandra foi furtado. Um corsa branco, duas portas, 99, MAM 5105. A Sandra é atriz de teatro e, como a grande massa crítica dos brasileiros, rala pra caramba e trabalhou até maio para pagar os impostos que lhe cabem. Qual retorno tem a Sandra por estes impostos? Ela tem plano de saúde, os filhos estudam em faculdade paga (e todos ralam pra pagar), não tem transporte adequado para substituir o carro para trabalhar e sofre agudamente a terrível falta de segurança que vivemos. (acabei de gastar uma boa grana com sensores e cerca elétrica no meu apartamento, que tem uma varanda no primeiro andar). Saúde, educação, transporte e segurança. Os quatro pilares que sustentam a cidadania. Gente, que merda!!! Nós não temos nada!!! Nós pagamos muito, mas esta corja de políticos que nos suga monstruosamente, instaurando no Brasil uma "ditadura democrática" jamais vista, leva tudo. Leva tudo mesmo, o dinheiro e a cidadania. 


Não deram esperanças pra Sandra de recuperar seu carro. O quanto precisaria parar de ser roubado (sim, roubado e não furtado, porque a violência moral como somos roubados justifica o termo) para que a polícia fosse  limpa,organizada, eficiente, equipada, bem paga? Quanto precisaria parar de ser desviado pela corrupção generalizada para que tivéssemos erguidos os outros três pilares? 
Isso parece mesmo falar ao vento. Estas cobranças já viraram parte da paisagem e ninguém mais liga. Será mesmo que o nosso futuro é trancado em casa comprando comida, fazendo cursos e falando com amigos pela internet, enquanto os bandidos dominam as ruas? Ah... não só as ruas, mas também os plenários, gabinetes...
.
.

terça-feira, 22 de maio de 2012

redução do IPI dos carros... alguém me explica isso?


A ideia é aumentar a oferta de empregos. Tudo bem, como vemos na foto, essa história de automação é balela. A indústria automobilística gera "milhões" de empregos diretos, de tal maneira que, com a redução do IPI dos carros, vai melhorar tanto a economia da população que não haverá riscos de inadimplência de quem  os financia (palavras do ministro). 

Alguém pode me dizer o que está acontecendo? Será possível que tá todo mundo engolindo isso só porque vai ficar mais fácil comprar ou trocar seu brinquedinho de estimação?

Se a ideia é gerar empregos, por que o governo não vai direto ao âmago da questão e investe pesado no desenvolvimento da construção civil? A quantidade de empregos diretos desta área é infinitamente maior  do que a da indústria automobilística e geraria bem estar social de amplo espectro. Baratearia a casa própria, baratearia o aluguel, e daí sim sobraria mais dinheiro para o empregado comprar seu brinquedinho de 4 rodas (ou 2 rodas), e ainda com mais dignidade. Mas sobraria para comprar muito mais coisas... já que tudo que existe hoje tem que ser comprado mesmo.

Por que o governo não facilita a construção de rodovias, para que as empreiteiras que realmente vivem do trabalho honesto possam construir estradas, para que os carros, que os empregados da construção civil passarão a comprar, tenham efetivamente onde rodar, onde estacionar... Isso não aumentaria sobremaneira o nível do emprego no país?

Então que balela é essa? Que engambelação é essa? Será que só eu que acho que mais carros geram mais IPVA, mais gasolina e alcool, mais multas? Será que sou só eu que acho que as montadoras internacionais (e todas são) veem no Brasil um filão inesgotável de renda, e por isso estão com a carteira aberta para financiar o corporativismo do poder público?

Será que só eu que acho que o protesto, que seria natural de quem pensa, não acontece porque mexe com o sonho de consumo da massa crítica?

Alguém que conheça mais do assunto que eu, este pobre cidadão que pensa que sabe pensar, por favor, me explica.
.