domingo, 26 de outubro de 2014

Dilma, presidente...

Vitórias e derrotas eleitorais fazem parte do crescimento democrático de uma nação. O mapa eleitoral brasileiro tem muito a dizer para toda classe política, que um dia há de se renovar. O PSDB perdeu em Minas e no norte/nordeste, e daí talvez possa tirar a grande lição de que tem que descer do pedestal e entender que todos os seres humanos são iguais em direitos. O PT perdeu no sul/sudeste/centro-oeste, onde, de uma maneira geral,  há maior empreendedorismo e escolaridade, portanto, maior discernimento sobre cidadania, e daí talvez possa tirar a grande lição de que tem que entender que todos os seres humanos são iguais em direitos. Todos inclui ricos, negros, pobres, gays, evangélicos, católicos, budistas, brancos, espíritas, direitas, velhos, heteros, esquerdas, crianças... todos, sem exceção. E todos têm que ser iguais, sem que uns sejam mais iguais do que os outros. O Brasil é um só e embora muitos pensem que "o sul é o meu país", fazemos parte de uma grande família, onde as disparidades servem de crescimento para todos, e não vamos deixar que a influência de nenhum partido consiga mudar isso.

sexta-feira, 24 de outubro de 2014

Este é o Brasil que temos






a disparidade dos institutos de pesquisa é a fotografia da corrupção tão profundamente enraizada no Brasil. Infelizmente, muita coisa não incomoda mais. Mortes, ônibus incendiados, adolescentes drogados acabando com suas vidas e de suas famílias, execuções sumárias, políticos corruptos, principalmente se estes fatos não nos atingirem diretamente. Tenho certeza que a imprensa brasileira tem papel preponderante nisso, baixando o nível geral, eternamente atrás do efeito midiático que dá mais retorno econômico, vide BBBs da vida e programas de jornalismo sensacionalistas. Então tivemos um sonhos quando pintamos a cara para que as diretas já fossem realidade, mas a moral do sistema político virou uma draga de esperanças. O sonho virou um pesadelo, com direito a caçador de marajás no poder (e a mídia fez até novela preparando seu caminho), com plano isso e plano aquilo, confisco da poupança e uma incompetência gestacional digna dos piores ditadores. E o pesadelo nos trouxe uma inflação de quase mil porcento ao ano. Então tivemos o FHC, que montou na sela do plano real e esporeou o cavalinho Brasil até a exaustão, achando que seria eternamente aplaudido. Então tivemos o Lula paz e amor e a inabalável ética petista (que chegou a me conquistar), definhada até virar pau de galinheiro quando ele e Maluf se abraçaram entre sorrisos. Então as coligações desabaram para o fisiologismo e este para o corporativismo escancarado. Então o estado começou a ser maior que as instituições e manipular números. Então vimos a miséria da corrupção não impressionar mais a ninguém, até porque, as pessoas têm a impressão que a corrupção não as prejudica diretamente. E a miséria moral virou tanta, que muita gente chega a pensar que o PSDB é a solução. O PSDB de cima do muro, que sempre se aproveitou das ondas momentâneas e desconstruiu de maneira exemplar a imagem de tantos concorrentes, principalmente quando o famigerado Serra estava nas disputas (e hoje reclama do Aécio ser desconstruído). É isso que temos. E eu, no meio disso tudo, tão indignado que estou com a tamanha falta de ética do PT, e contra o decreto 8234, e por achar que política social é obrigação, (assim como honestidade não é virtude, também é obrigação), sou levado a preferir que o Aécio ganhe, porque na balança das intenções, o que a desequilibra é que ele é contra a reeleição. A reeleição tende a levar as "pessoas a votarem em pessoas", não em ideias e ideologias. Ideias e ideologias HONESTAS e consequentemente fieis aos seus princípios, combatem naturalmente a corrupção, e a maioria das mazelas sociais.  E, antes que os pensadores que formam o esquadrão da ditadura intelectual da esquerda venham me questionar, quero lembrar que apenas estou exercendo minha liberdade democrática. Enquanto ela existe. Ah... em tempo: acho que a Dilma ganha, porque é esse o Brasil que temos...

domingo, 19 de outubro de 2014

domingo, 21 de setembro de 2014

Surpresa de bacalhau...

Leve e sudável, além de muito fácil de fazer. Um prato elegante e saboroso e que pode ser feito com um bacalhau mais simples, como o gadus macrocephalus (do pacífico). Porém, tem alguns pequenos segredos. Este bacalhau é barato e se encontra quase dessalgado, em filés grandes, com preço em torno de R$ 20,00 o quilo. Bem, vamos à receita...

1- Descongele o grande filé de bacalhau gadus macrocephalus e corte em pedaços médios, depois deixe na água por meia hora (o filé vem com um pouco de sal). Em seguida aperte-os com as mãos, até tirar toda a água e coloque num recipiente separado. Depois de todos secos, encharque-os com um bom óleo de oliva e não coloque sal.

2- Coloque camarões limpos e lulas em anéis em tempero de limão, sal e ervas de provence (da boa) e deixe na geladeira, de preferência de um dia para o outro.


3- monte em uma folha de papel alumínio, colocando o bacalhau embaixo, depois 2 anéis de lula, 2 anéis de cebola, 1 anel de pimentão verde, fatias finas de alho, pimenta rosa, 4 camarões médios, 4 fatias de azeitona preta, 3 folhas de manjericão, um pouco de sal e uma colher de sopa de óleo de oliva extra virgem. Feche o papel alumínio e faça uma trouxa. Coloque as trouxas numa travessa e asse por 45 minutos em fogo alto.


          


4- O acompanhamento pode ser com batatas douradas, como eu fiz, mas também pode ser um cous-cous, arroz, ou o que a criatividade avisar que combina...

         


5- O vinho... ah! um riesling da Luiz Argenta foi nossa companhia. Simplesmente maravilhoso.


        

6- bon appétit...

sexta-feira, 5 de setembro de 2014

Perdão...

Nas melhores livrarias, em breve, muito breve...



http://www.lachatre.com.br/loja/perdao.html

domingo, 31 de agosto de 2014

A revolução do silêncio, Marina e a nova política... era disso que eu estava falando!!!


Quando a eleição geral passada registrou cerca de 30% de votos inválidos, o meu incluso, ficou marcado nos anais históricos uma "violenta revolução silenciosa". Como um cavaleiro inexistente, uma ideia se espalhou por mentes e corações sofridos. Mentes e corações cansados de um mais do mesmo para sempre e todo o sempre, no período de suas existências e suas lembranças, chamado política nacional. Uma revolução silenciosa como esta não se constrói de improviso. Pelo tempo o desmando e o descaso martelou incansável na saga de quem acredita que é possível viver e crescer dependendo do seu trabalho e sua boa interação com a sociedade onde está inserido. Martelou e machucou, até que, por cansaço, veio a revolução. Veio a revolução do silêncio, manifestada em silêncio, nos 30% de inválidos do TSE (postado em 01/11/2010) .O silêncio foi quebrado em junho de 2013 e a revolução ganhou as ruas e noticiários, obviamente. Alimentou a mídia e chamou a atenção para o fato de que uma parcela significativa da população estava descontente. Aqueles que comandam, os governos, de uma maneira geral, mesmo entendendo o significado desta revolução, preferiram mais calá-la do que ouvi-la. Foi mais fácil transformar o movimento em vandalismo, plantando violência no seu âmago, e assustando os pacíficos, do que se preparar para qualquer tipo efetivo de mudança. Foi mais fácil fazer de conta que tudo estava bem. Que engano! Então foram feitas propostas e foram gritadas soluções, não efetivadas, no mesmo faz de conta de sempre. A politicagem regada ao velho e bom clientelismo continuou recheando de fisiologismo e corporativismo o pato que ninguém paga da política nacional. Quer dizer, nada mudou de concreto, só que tá na hora de se começar a pagar o pato.
Mas, o que estes 30% de inválidos do TSE querem? O que esta população que foi às ruas nos movimentos de junho/13 quer? Querem mais decência e, consequentemente, menos mentiras por parte dos governos, em todas as suas esferas. Querem cidadania e tudo o que esta palavra significa. Querem respeito. Porém, sem tardar um minuto na sua saga, começa a campanha para uma nova eleição, e o que o povo vê é a repetição de tudo. Lemas, palavras de ordem, mentiras e musiquinhas infinitamente pobres e irritantes. Educação, saúde, segurança, luta contra a corrupção, transporte, bolsas e tais. Repete-se a desavergonhada busca pelo ÚNICO bem que temos e que interessa Aos políticos: o voto. Todo o restante vem à galope para suas vidas regadas de riquezas tão distantes da população. 
Só que neste momento a ideia dos inválidos virou ideologia e provavelmente um bom marqueteiro de campanha conseguiu ler nas entrelinhas da revolução do silêncio. Sem perder tempo, armou sua heroína (que lhe paga bem) com a espada luminosa que desbravará um novo tempo e a fez decorar os principais itens do discurso que mais agradaria os tantos e tantos revolucionários silenciosos (além dos 30%, quantos foram votar porque o voto é democraticamente obrigatório?). E ela veio. E é provável que ela tenha vindo, e fique. Então ninguém se assuste se tivermos uma nova Presidente do Brasil, porque sua equipe (e talvez mesmo ela, porque é esperta) soube enxergar a ideia da revolução silenciosa dos inválidos do TSE. Soube entender os movimentos de junho. Tenho certeza que os outros também souberam, mas não quiseram arriscar mudar de postura, diante de tudo o que tinham a perder. 

E assim Marina Silva, sem nada a perder, brada pelos campos seu grito heroico: pela NOVA POLÍTICA NACIONAL!

Exatamente o que os revolucionários silenciosos querem como ponto de partida. Mas querem de verdade. Querem como realidade. Somente isso, pra começar. 

Em tempo. Não acredito em soluções milagrosas. Não estou declarando meu voto. Não acredito que a Marina Silva vai solucionar nossos problemas de maneira diferente de qualquer outro que aí está. A considero mais um degrau da escada da democracia. Entendam bem isso, por favor. 

quarta-feira, 18 de junho de 2014

ELITE DOMINANTE




TODA ELITE DOMINANTE SE VÊ TENTADA PELO PODER... e passa da conta.

A ELITE DOMINANTE DE ESQUERDA, tão nociva quanto qualquer elite dominante, opressora e intelectualmente arrogante, está disseminando a ideia do ódio entre classes, infelizmente. Remova-se da sociedade todos os políticos, e seremos apenas humanos, com nossas situações evolutivas particulares, dificuldades particulares, e não massas de manobra eleitoreira. Os políticos se colocam como defensores populares, e o deveriam ser, porque é a razão de existirem, mas, com o poder, também passam da conta e só defendem seus interesses. Também são humanos e não resistem a um meio fortemente embasado no egoísmo, e há que se considerar que muitos humanos são atraídos para este meio exatamente por isso. 

Por que todo rico tem que ser desonesto e opressor? Por que todo pobre tem que ser honesto e sofredor? A realidade nos mostra que generalizações são sofríveis. Gostaria que o trabalho daqueles que pensam sem fisiologismo, sem proselitismo, fosse o da união e não da separação, por que todo ser humano que está neste planeta precisa de ajuda e compreensão, e não é o quanto tem ou não de bens materiais que o fará melhor ou pior. Está na base do pensamento comunista a igualdade de oportunidades, e esse pensamente é lindo e justo, e é isso que todas as classes precisam aprender, principalmente a dos políticos, nossos semideuses inatingíveis. Que lástima ver o quanto este pensamento é distorcido!

Mais amor, mais paciência, mais compreensão, porém sem a passividade parcimoniosa com o erro, seja de que classe for. Se alguém se posta de um "lado, pensando que o outro está em lado oposto, está completamente enganado. 

Todos caminhamos para o mesmo ponto. 

domingo, 1 de junho de 2014

Vai dá tainha? Não não vai...

depois de quase um ano, ela está de volta... garanto que as imagens não chegam nem perto do sabor. Com o incremento do pinhão e da linguiça Blumenau na farofa, coube muito bem até um tinto pinotage sul africado, muito elegante....



a farofa

o filé da tainha pré assado

a farofa cobrindo os filés

pronto...






quinta-feira, 29 de maio de 2014

Respeito

Tenho visto o governo alardear com pompa de milagre benefícios que são apenas obrigação de governo, pois pagamos para isso. Também tenho visto a oposição alardear como tragédia os erros do governo que eles mesmos praticaram, quando foram governo, com o mesmo requinte de deboche ao cidadão. Números em estatísticas corrompidas explodem na mídia, dos dois lados, e pessoas que se julgam inteligentes e superiores enquanto pregam igualdade nas quais não se ajustam (porque só consideram iguais quem pensa igual) estimulam o ódio, quando deveriam trabalhar para a paz. O que fazer? Tanto a grande mídia, quanto a "pequena mídia", está corrompida por suas necessidades, sejam elas monetárias ou idealistas. Ambas vedam a visão ampla das necessidades humanas. Ambas tentam influenciar mais do que clarear. A desonestidade moral e intelectual está varrendo o país, e é uma pena ver alguns bem intencionados caindo na malha fina da massa de manobra. O que fazer? Bem, se eu posso dizer alguma coisa que considero útil, eu peço calma. Nada de pressa. Nada de raiva. Nada de precipitação. Nada de pensar que o menos ruim é bom. Nada de se deixar levar pela excitação de notícias bombásticas. Calma, mais amor, menos ódio. Mais igualdade, indiferente de partido, idealismo, condição social. Moramos todos na mesma casa, por isso a paz é indispensável. Se amor é complicado, vamos pelo caminho do respeito, que tem sido tanto pisoteado. Respeito sempre precede à compreensão. Compreensão sempre precede a igualdade de oportunidades. E por aí vai...

quarta-feira, 23 de abril de 2014

Por amor ao Brasil





No imenso tempo decorrido até o momento em que começo a escrever este texto, o Ser se construiu e, obviamente, continua se construindo. Tudo faz parte desta construção. Usando a ideia darwiniana, mesmo por ser mais aceita, não é difícil entender que, neste tempo decorrido, desenvolvemos intensamente as aptidões físicas, a intuição e o intelecto. Desenvolver o sentimento é um passo à frente da jornada. Equilibrar estes elementos pode significar um estado de felicidade, mas ainda é uma busca. A imensa disparidade humana, no presente, mostra o quanto é difícil este equilíbrio, a começar pelas próprias aptidões físicas. Sim, somos todos iguais. Temos todos os mesmos direitos e responsabilidades. Porém, não tem como viver dentro de um claustro de ingenuidade e pensar que todos vão se comportar da mesma maneira com o que têm nas mãos. Eu sei que muita gente pode pensar, e afirmar, que as pessoas se comportam de maneira diferente porque têm mais ou menos bens materiais, ou de condições propícias à felicidade. Não acredito que seja assim, e a prática tem mostrado isso. Ainda somos diferentes, embora sejamos iguais. No balanço entre aptidões físicas, instinto, intelecto, sentimento e consciência sobre as diferenças, reside a possibilidade do bem estar social coletivo.
O que vimos na Bahia recentemente, com a multiplicação impressionante da criminalidade quando a polícia não esteve nas ruas, mostra o quanto ainda o Ser não se compromete com o sentimento, principalmente o de bondade. Mostra que consegue se manter na linha por medo de ser castigado. Uma pena, mas é a realidade.
O que vemos no patamar do poder, político principalmente, e tão distante do patamar que a população em geral vive, tem muita semelhança. O uso particularizado do intelecto, sem o impulso natural do sentimento (principalmente o da bondade) leva o Ser a práticas egoísticas em primazia. O fisiologismo, o corporativismo, o domínio da construção e manipulação das leis, leva à corrupção, à drenagem dos bens públicos para fins escusos, ao não investimento em cidadania. Não há lei que os alcance e, como humanos do mesmo padrão evolutivo, se comprazem pelo fato de não serem punidos. Acabam sendo violentos, muito violentos.
Os pensadores de várias ideologias aplicam o intelecto em níveis elevados, e formulam doutrinas espetaculares em torno do bem coletivo, embora, na maioria das vezes, este coletivo não seja amplo. Porém, quando percebem que a teoria, tão brilhantemente concebida, não se desenvolve na prática, porque os seres humanos iguais são diferentes, forçam de baixo para cima a execução da ideia. Impõem-se leis. Impõe-se comportamento. Se a massa populacional não aceita, corre-se o risco de vários tipos de ditaduras, todas agressivas. Geralmente os pensadores não chegam a cargos de poder. Acredito que, se chegassem, poderia ser atenuado o mau uso de suas doutrinas. O que acontece na prática, é que os líderes que usam das ideologias formuladas, não têm mais que ninguém o equilíbrio entre os fatores evolutivos desenvolvidos: aptidão física, instinto, intelecto e sentimento. No patamar humano, são iguais nas diferenças, e, por isso mesmo, não sabem lidar com o poder. É histórico e facilmente detectado.
Chegará um dia em que estabeleceremos o padrão de igualdade. Mas engana-se muito quem pensa que a igualdade pode ser imposta de cima para baixo, ou mesmo de baixo para cima. Igualdade não se impõe de maneira nenhuma. Igualdade não existe enquanto os seres humanos não souberem respeitar profundamente as diferenças, os tempos e dificuldades de cada um. Igualdade só existe quando aptidão física, instinto, intelecto e sentimento estiverem equilibrados numa quantidade de pessoas tamanha, que a conseqüência seja líderes no mesmo patamar evolutivo.
Não estamos nesta situação? É evidente que não. Na verdade estamos longe, mas também é evidente que estamos no caminho. Basta ver as conquistas na atenção que se dá às diferenças de aptidão física no presente. Hoje temos jogos paraolímpicos. A maioria dos países está se preocupando com as limitações físicas nas ruas, no trabalho. Eu sei que é um pouco triste pensar que é uma atuação incipiente da humanidade, preocupando-se com o primeiro fator evolutivo da lista e deixando os outros ainda tão à deriva. Mas há que se reconhecer que esta preocupação advém do desenvolvimento do sentimento. Então virão outras. E outras.
E existe um caminho para que este equilíbrio seja alcançado mais rapidamente? Claro que existe. Precisamos pensar em coletividades mais avançadas no uso da cidadania e na aplicação dos direitos humanos para entender. Não foi apenas o desenvolvimento financeiro que levou alguns países a este avanço. Talvez o próprio desenvolvimento financeiro tenha vindo depois de se conseguir cidadania e equilíbrio de direitos. Quem veio realmente antes? E o que podemos copiar destes países e tentar implantar na nossa terrinha, que é tão grande? Justiça. O primeiro passo eficiente para o equilíbrio de uma nação é um código penal enxuto, justo, facilmente aplicável. Porque mesmo o Ser destes países ainda está no mesmo patamar evolutivo que o nosso, só que já aprendeu (e formou uma massa crítica significativa) a se comportar dentro da lei.
Exemplo prático: você pode andar de ônibus por Roma sem pagar passagem. Pode entrar em um ponto e sair em outros, e não pagar, porém, se for apanhado, a multa é altíssima. Se não pagar a multa, é processado. Se for processado, fica registrado na carteira de trabalho. Pouquíssimas pessoas arriscam, porque, de repente, 3 ou 4 fiscais entram no ônibus e verificam as passagens. O mesmo acontece nos trens. Simples, repetido, até se chegar na ordem, respeitando-se os direitos. Imagina se isso for implantado no Brasil!
As leis brasileiras são confusas. A justiça brasileira é cheia de brechas. A impunidade é notória. Os processos são lentos e nem ladrão de galinha tá ficando preso mais, porque não tem espaço nas cadeias. Países como a Holanda, por exemplo, estão transformando prisões em espaços públicos, pela falta de presos, tamanha é a conscientização popular em torno do cumprimento das leis.
A reforma no código penal brasileiro é fundamental, para que também se possa fazer uma reforma política coerente, em um segundo passo. E precisamos disso porque somos como filhos, que quando são deixados muito à vontade pelos pais se tornam infelizes e desajustados, porque não têm noção de limites, são inseguros e frágeis. Qualquer psicólogo pode confirmar isso. Somos ainda dependentes de controle, porque dentro do controle nos sentimos mais seguros e entendemos melhor os limites até aonde podemos ir, dentro do antigo e repetido conceito que diz que a minha liberdade vai até onde começa a liberdade do próximo.
Não adianta pensar que mudar os nomes de um governo, ou mudar de partido, vai significar alguma coisa segura no desenvolvimento do nosso país. Isso já aconteceu sem mudanças significativas. Não temos massa crítica equilibrada nos quatro fatores evolutivos que nos trouxeram até agora, para que possamos gerar naturalmente líderes comprometidos com a felicidade geral. E eu digo geral mesmo, não apenas do seu grupo ideológico.
Diante de tudo isso, não tenho nenhuma dúvida de que a palavra chave para chegarmos ao equilíbrio sócio econômico tão buscado, chama-se JUSTIÇA. Aptidão física, instinto, intelecto e sentimento, regido por leis simples e inteligíveis é o caminho mais curto para a estabilidade.
E o que tem isso a ver com o título do texto: por amor ao Brasil?

Tudo.