segunda-feira, 9 de maio de 2011

sobre o ALEXANDRE ROCHA


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eu quis fazer um agradecimento no livro para o Alexandre, meu editor e ele encontrou uma maneira de fugir disso, alegando que todo o trabalho que estava tendo era apenas sua obrigação, e que, por norma da editora, isso não poderia acontecer. Bem, como eu poderia contestar? Porém, aqui no blog...

o agradecimento que levo a público não se refere apenas ao excelente trabalho que ele fez com O Magneto, ou com o Paris, setembro de 1793. Vai além disso. Mesmo que eu tenha tido um relacionamento muito honesto com as editoras Hemisfério Sul e Momento Atual, dos meus outros livros, a bagagem que trago da vida literária é composta muito mais de frustrações que alegrias. Não estou me referindo às reações dos leitores dos meus livros, que sempre me estimularam muito. Este fato, por sinal, fazia aumentar o abismo da insatisfação, porque não havia como não me perguntar: se tanta gente gosta dos livros, porque tanta dificuldade?

Os muito bons escritores que andam por aí, lutando para serem bem publicados, sabem do que estou falando. Sabem o que é entrar numa livraria e ver pilhas e pilhas de Segredos e autoajudas, livros de celebridades midiáticas ou apenas apelativos, e o seu bom trabalho sem espaço. Sabem o que é a velha e estigmatizada resposta copiada e colada das editoras: embora a qualidade do seu texto, estamos com a linha editorial esgotada para os próximos 200 anos...

O agradecimento que levo a público é pelo fato de o Alexandre ter me publicado bem. Sabemos, nós escritores, o quanto isso é difícil. Desde o nosso primeiro contato, fui tratado com um respeito pouco comum e tenho certeza que não é pelo fato de termos nos tornado amigos, que ele fez o que fez pelo magneto. Ele fez este trabalho porque trata seus escritores com respeito. Não nos deixa sem respostas. Não faz concorrência intelectual. Faz críticas construtivas e não tem pudores em elogiar, nem bajula para conquistar vantagens.

Devido a tudo isso, acho até melhor não agradecer, tenho certeza que ele não precisa disso. Melhor é só afirmar que é um grande prazer, uma imensa alegria, ser escritor da editora dele.
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6 comentários:

Sandra Knoll disse...

bonita homenagem...ele sabe que pode confiar em você, Mauro. Você escreve com o coração de quem ama escrever. Quem faz assim dessa maneira é por que acredita no que faz realmente. E é muito bom ter teu mais novo livro já disponível. Eu quero um!

mauro camargo disse...

o alexandre faz com que eu me sinta escritor... eheheh... teu livro chega logo.

Anônimo disse...

Muito bacana (e justa!) a homenagem, Camargo. Eu também fico pasma com a quantidade de títulos absolutamente estapafúrdios nas livrarias, enquanto gente de qualidade rala para aparecer nem que seja um cadinho. Isso acontece nos livros, na música, na verdade nas artes em geral. Gente como o Alexandre realmente faz a diferença!
abraço
Mônica

mauro camargo disse...

pra quem está sempre envolvido com arte e cultura, precisa controlar a emoção para não ficar repetitivo na crítica. É por isso que exalto todo o apoio lúcido. Que bom seria se existissem centenas de Alexandres por ai...

Ivan Valdetaro disse...

Conheço pessoalmente o Alexandre e ele é realmente uma pessoa muito especial

mauro camargo disse...

sem dúvida... e além de tudo é flamengo.