domingo, 9 de março de 2014

Quer emagrecer???



Uma experiência pessoal, pensando nos que querem perder peso.

Amanhã, 10 de março de 2014, faço aniversário de 1 ano de mudança no pensamento alimentar. Foi um dia depois da festa de aniversário da Bárbara Biscaro no ano passado que comecei um processo de conscientização para mudar.
Digo já aos que querem tentar: deixem as fantasias de lado. Não pensem que conseguem quando quiserem. Não pensem que basta começar a fazer exercício, que basta parar de comer isso ou aquilo. Não, não mesmo.
Eu já sou veterano em regimes, porque sofro com esse gene danado que me faz engordar, assim como muita gente. Já tinha perdido peso muitas outras vezes, porém, sempre com os malditos retornos e a sanfona da balança tocando incessante e desafinada. Foi por isso que pensei numa mudança mais profunda. Alguns diziam: você precisa cortar isso, cortar aquilo... você precisa fazer exercícios... tal dieta é ótima... não coma mais carne vermelha... não coma isso não coma aquilo. Bem, todos os fatores têm uma vírgula a acrescentar no texto, mas, o que servem mesmo para o contexto de cada um? Estas dicas ou orientações passam a ser insignificantes se você não se conscientizar de um fator preponderante, com certeza, o mais importante de todos: COMEMOS POR PRAZER, e é o danado do prazer que nos tira os limites.
Na verdade, precisamos bem menos do que estamos acostumados para mantermos nosso corpo saudável e foi este o ponto fundamental onde centralizei minha necessidade de mudança. Diminuí radicalmente todas as quantidades. É claro que reduzi ainda mais o vilão principal, o carboidrato. Pensam muito nas gorduras, que são mesmo abomináveis, mas os carboidratos estão muito mais presentes. Estampam-se sedutoramente em vitrines e pontuam nossos passos em quase todo lugar que vamos. São fáceis e quase irresistíveis quando chegamos em casa cansados e prontos para a infalível desculpa: ah! Hoje eu mereço! Então lá vai pra dentro pão, cucas, bolos, pizzas, massas brancas em geral, e açúcar. Foi aí o meu ponto principal. Foi aí que realmente mudei.
É claro que é preciso exercício físico. Eu corro sempre que posso, porque sempre gostei de correr. Faço meus anaeróbicos em casa com relativa freqüência. Porém, eu sempre fui de fazer exercícios, e muito, então não era esse o elemento principal. E digo mesmo que não é de ninguém, porque, na imensa maioria dos casos de quem não é atleta profissional, ou mesmo amador, mas que compete com freqüência, é impossível perder peso somente fazendo exercícios. Eu comecei com a dieta de Dukan, e ela é ótima. Fácil de encontrar no Google; fácil de ser seguida. Fui fiel a Dukan por 3 meses, depois me mantive eu comigo mesmo, num esquema de suco verde em jejum, logo depois café da manhã com pão integral (duas fatias) e queijo ou requeijão. Almoço com uma colher de arroz, uma de feijão, bastante salada e proteína (numa média de 400 gramas o prato). Até as 17 horas me permito frutas, ou mesmo um pouco de fruta quando chego em casa, mas nunca depois das 19 horas. Meu jantar? Normalmente não tenho jantar. Se a fome apertar demais, um pedaço de peixe, ou de frango, pequeno, uma salada leve, depois líquidos (no meu caso, abuso dos chás). Mas é importante pensar no tipo do líquido: água de coco tem carboidrato, além de muitos eletrólitos que causam retenção líquida, então tem que maneirar muito; suco de laranja é calórico; sucos de frutas em geral, somente até as 17 horas. Então os líquidos noturnos devem ser bem pensados, porque o malandro glutão vai querer colocar iogurte, leite, suco de laranja, água de coco, ou muitos outros sucos de caixinha, ou de soja. Por favor, cortem os industrializados ao máximo. Façam seus próprios alimentos ao máximo. E não adianta pensar que, porque mudou a alimentação tirando açúcar refinado e gordura, pode comer uma melancia, um abacaxi, duas mangas e quatro cachos de uva. Pô! Isso faz parte das fantasias. Sem se enganar que o tempo passa e o resultado não vem mesmo, e daí o desânimo bate.
Tudo o que falam os nutricionistas é importante, mas você não vai conseguir consumir tudo que falam que é bom. Se você fizer isso, vai virar um balão dietético. Troque a massa branca por integral, mas não coma um pão integral inteiro numa sentada. A oferta de alimentos sustenta o comércio e as indústrias alimentícia, de medicamentos e de defensivos agrícolas. Então a oferta vai ser muita e não só de alimentos evidentemente satânicos, mas também de dietéticos.
O prazer de comer combate nossas tensões, decepções, angústias, mas nos traz uma conseqüência bem pior, que é a sensação de derrota pessoal cada vez que a balança nos denuncia. Neste processo de um ano é claro que eu senti fome muitas e muitas vezes, mas a obstinação me levou a trocar o prazer de comer pelo prazer de ver o peso baixar. Tem uns que dizem pra não subir muito na balança, mas eu fiz o contrário, subia duas vezes por dia. Assim aprendi a ter um controle maior sobre o que comia e entendi o que me faz bem e mal. Sou apaixonado por vinho (e os mais chegados sabem o quanto), mas este néctar dos deuses me castiga. Então é uma ou duas taças no fim de semana. Achei importante me pesar muito. A balança me ajudou demais no processo e deixou de ser inimiga, porque passou a registrar minhas conquistas logo depois de uma batalha contra a vontade de comer. Acreditem, ela é uma fiscal precisa no registro de tudo o que você faz ou deixa de fazer quando o assunto é perder peso. Façam dela sua aliada.
Eu poderia escrever um texto muito mais longo e bem mais rico em detalhes, mas cairia no lugar comum das dietas. O que quero realmente é reforçar o que mais aprendi neste ano: o fundamental mesmo, indispensável mesmo, é entender que podemos viver com muito menos (mas coloca menos nisso!) do que comemos habitualmente. Foi assim na natureza, antes de aparecer a obesidade. Pensem nisso.
Ah! Antes que eu me esqueça. No dia 09 de março de 2013 eu estava com 109 kg. Hoje, um ano depois, estou com 91 kg. Eu sei que tem gente que emagrece bem mais em um ano, mas, no meu caso, tenho certeza que é para sempre. Para sempre. Pensem nisso também.


2 comentários:

Arthur Golgo Lucas disse...

Parabéns, Mauro!

Sério que pesavas tudo aquilo? É mais do que eu cheguei, e olha que eu fui longe! Que bom que encontraste uma boa estratégia e conseguiste te manter nela e atingir teus objetivos!

Coincidência ou não, eu começo a mudar meus hábitos alimentares HOJE (10/03/2014). Pela segunda vez em poucos meses, porque da primeira vez eu relaxei e simplesmente esqueci da dieta. Mas agora vai. E em breve vou publicar a minha nova dieta no Pensar Não Dói.

Vou começar a fazer exercícios nesta semana ou na próxima (comprei uma bicicleta de segunda mão e tenho que recuperá-la antes de começar a pedalar) e pretendo levar a sério uma grande transformação na minha saúde.

Pode me cobrar.

E obrigado pelo bom exemplo!

mauro camargo disse...

Arthur... to nesse junto, pq não posso relaxar nunca... agora é natural na minha vida me alimentar assim. Boa sorte, e muita, muita perseverança. Conhecendo um pouco vc, creio que a ideia de trocar a fome pela vitória na balança se ajusta ao teu perfil...