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sexta-feira, 5 de setembro de 2014
domingo, 31 de agosto de 2014
A revolução do silêncio, Marina e a nova política... era disso que eu estava falando!!!
Quando a eleição geral passada registrou cerca de 30% de votos inválidos, o meu incluso, ficou marcado nos anais históricos uma "violenta revolução silenciosa". Como um cavaleiro inexistente, uma ideia se espalhou por mentes e corações sofridos. Mentes e corações cansados de um mais do mesmo para sempre e todo o sempre, no período de suas existências e suas lembranças, chamado política nacional. Uma revolução silenciosa como esta não se constrói de improviso. Pelo tempo o desmando e o descaso martelou incansável na saga de quem acredita que é possível viver e crescer dependendo do seu trabalho e sua boa interação com a sociedade onde está inserido. Martelou e machucou, até que, por cansaço, veio a revolução. Veio a revolução do silêncio, manifestada em silêncio, nos 30% de inválidos do TSE (postado em 01/11/2010) .O silêncio foi quebrado em junho de 2013 e a revolução ganhou as ruas e noticiários, obviamente. Alimentou a mídia e chamou a atenção para o fato de que uma parcela significativa da população estava descontente. Aqueles que comandam, os governos, de uma maneira geral, mesmo entendendo o significado desta revolução, preferiram mais calá-la do que ouvi-la. Foi mais fácil transformar o movimento em vandalismo, plantando violência no seu âmago, e assustando os pacíficos, do que se preparar para qualquer tipo efetivo de mudança. Foi mais fácil fazer de conta que tudo estava bem. Que engano! Então foram feitas propostas e foram gritadas soluções, não efetivadas, no mesmo faz de conta de sempre. A politicagem regada ao velho e bom clientelismo continuou recheando de fisiologismo e corporativismo o pato que ninguém paga da política nacional. Quer dizer, nada mudou de concreto, só que tá na hora de se começar a pagar o pato.
Mas, o que estes 30% de inválidos do TSE querem? O que esta população que foi às ruas nos movimentos de junho/13 quer? Querem mais decência e, consequentemente, menos mentiras por parte dos governos, em todas as suas esferas. Querem cidadania e tudo o que esta palavra significa. Querem respeito. Porém, sem tardar um minuto na sua saga, começa a campanha para uma nova eleição, e o que o povo vê é a repetição de tudo. Lemas, palavras de ordem, mentiras e musiquinhas infinitamente pobres e irritantes. Educação, saúde, segurança, luta contra a corrupção, transporte, bolsas e tais. Repete-se a desavergonhada busca pelo ÚNICO bem que temos e que interessa Aos políticos: o voto. Todo o restante vem à galope para suas vidas regadas de riquezas tão distantes da população.
Só que neste momento a ideia dos inválidos virou ideologia e provavelmente um bom marqueteiro de campanha conseguiu ler nas entrelinhas da revolução do silêncio. Sem perder tempo, armou sua heroína (que lhe paga bem) com a espada luminosa que desbravará um novo tempo e a fez decorar os principais itens do discurso que mais agradaria os tantos e tantos revolucionários silenciosos (além dos 30%, quantos foram votar porque o voto é democraticamente obrigatório?). E ela veio. E é provável que ela tenha vindo, e fique. Então ninguém se assuste se tivermos uma nova Presidente do Brasil, porque sua equipe (e talvez mesmo ela, porque é esperta) soube enxergar a ideia da revolução silenciosa dos inválidos do TSE. Soube entender os movimentos de junho. Tenho certeza que os outros também souberam, mas não quiseram arriscar mudar de postura, diante de tudo o que tinham a perder.
E assim Marina Silva, sem nada a perder, brada pelos campos seu grito heroico: pela NOVA POLÍTICA NACIONAL!
Exatamente o que os revolucionários silenciosos querem como ponto de partida. Mas querem de verdade. Querem como realidade. Somente isso, pra começar.
Em tempo. Não acredito em soluções milagrosas. Não estou declarando meu voto. Não acredito que a Marina Silva vai solucionar nossos problemas de maneira diferente de qualquer outro que aí está. A considero mais um degrau da escada da democracia. Entendam bem isso, por favor.
quarta-feira, 18 de junho de 2014
ELITE DOMINANTE
TODA ELITE DOMINANTE SE VÊ TENTADA PELO PODER... e passa da conta.
A ELITE DOMINANTE DE ESQUERDA, tão nociva quanto qualquer elite dominante, opressora e intelectualmente arrogante, está disseminando a ideia do ódio entre classes, infelizmente. Remova-se da sociedade todos os políticos, e seremos apenas humanos, com nossas situações evolutivas particulares, dificuldades particulares, e não massas de manobra eleitoreira. Os políticos se colocam como defensores populares, e o deveriam ser, porque é a razão de existirem, mas, com o poder, também passam da conta e só defendem seus interesses. Também são humanos e não resistem a um meio fortemente embasado no egoísmo, e há que se considerar que muitos humanos são atraídos para este meio exatamente por isso.
Por que todo rico tem que ser desonesto e opressor? Por que todo pobre tem que ser honesto e sofredor? A realidade nos mostra que generalizações são sofríveis. Gostaria que o trabalho daqueles que pensam sem fisiologismo, sem proselitismo, fosse o da união e não da separação, por que todo ser humano que está neste planeta precisa de ajuda e compreensão, e não é o quanto tem ou não de bens materiais que o fará melhor ou pior. Está na base do pensamento comunista a igualdade de oportunidades, e esse pensamente é lindo e justo, e é isso que todas as classes precisam aprender, principalmente a dos políticos, nossos semideuses inatingíveis. Que lástima ver o quanto este pensamento é distorcido!
Mais amor, mais paciência, mais compreensão, porém sem a passividade parcimoniosa com o erro, seja de que classe for. Se alguém se posta de um "lado, pensando que o outro está em lado oposto, está completamente enganado.
Todos caminhamos para o mesmo ponto.
domingo, 1 de junho de 2014
Vai dá tainha? Não não vai...
depois de quase um ano, ela está de volta... garanto que as imagens não chegam nem perto do sabor. Com o incremento do pinhão e da linguiça Blumenau na farofa, coube muito bem até um tinto pinotage sul africado, muito elegante....
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a farofa |
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o filé da tainha pré assado |
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a farofa cobrindo os filés |
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pronto... |
quinta-feira, 29 de maio de 2014
Respeito
Tenho visto o governo alardear com pompa de milagre benefícios que são apenas obrigação de governo, pois pagamos para isso. Também tenho visto a oposição alardear como tragédia os erros do governo que eles mesmos praticaram, quando foram governo, com o mesmo requinte de deboche ao cidadão. Números em estatísticas corrompidas explodem na mídia, dos dois lados, e pessoas que se julgam inteligentes e superiores enquanto pregam igualdade nas quais não se ajustam (porque só consideram iguais quem pensa igual) estimulam o ódio, quando deveriam trabalhar para a paz. O que fazer? Tanto a grande mídia, quanto a "pequena mídia", está corrompida por suas necessidades, sejam elas monetárias ou idealistas. Ambas vedam a visão ampla das necessidades humanas. Ambas tentam influenciar mais do que clarear. A desonestidade moral e intelectual está varrendo o país, e é uma pena ver alguns bem intencionados caindo na malha fina da massa de manobra. O que fazer? Bem, se eu posso dizer alguma coisa que considero útil, eu peço calma. Nada de pressa. Nada de raiva. Nada de precipitação. Nada de pensar que o menos ruim é bom. Nada de se deixar levar pela excitação de notícias bombásticas. Calma, mais amor, menos ódio. Mais igualdade, indiferente de partido, idealismo, condição social. Moramos todos na mesma casa, por isso a paz é indispensável. Se amor é complicado, vamos pelo caminho do respeito, que tem sido tanto pisoteado. Respeito sempre precede à compreensão. Compreensão sempre precede a igualdade de oportunidades. E por aí vai...
quarta-feira, 23 de abril de 2014
Por amor ao Brasil
No
imenso tempo decorrido até o momento em que começo a escrever este texto, o Ser
se construiu e, obviamente, continua se construindo. Tudo faz parte desta
construção. Usando a ideia darwiniana, mesmo por ser mais aceita, não é difícil
entender que, neste tempo decorrido, desenvolvemos intensamente as aptidões
físicas, a intuição e o intelecto. Desenvolver o sentimento é um passo à frente
da jornada. Equilibrar estes elementos pode significar um estado de felicidade,
mas ainda é uma busca. A imensa disparidade humana, no presente, mostra o
quanto é difícil este equilíbrio, a começar pelas próprias aptidões físicas.
Sim, somos todos iguais. Temos todos os mesmos direitos e responsabilidades.
Porém, não tem como viver dentro de um claustro de ingenuidade e pensar que
todos vão se comportar da mesma maneira com o que têm nas mãos. Eu sei que
muita gente pode pensar, e afirmar, que as pessoas se comportam de maneira
diferente porque têm mais ou menos bens materiais, ou de condições propícias à felicidade.
Não acredito que seja assim, e a prática tem mostrado isso. Ainda somos
diferentes, embora sejamos iguais. No
balanço entre aptidões físicas, instinto, intelecto, sentimento e consciência
sobre as diferenças, reside a possibilidade do bem estar social coletivo.
O
que vimos na Bahia recentemente, com a multiplicação impressionante da
criminalidade quando a polícia não esteve nas ruas, mostra o quanto ainda o Ser
não se compromete com o sentimento, principalmente o de bondade. Mostra que
consegue se manter na linha por medo de ser castigado. Uma pena, mas é a
realidade.
O
que vemos no patamar do poder, político principalmente, e tão distante do
patamar que a população em geral vive, tem muita semelhança. O uso
particularizado do intelecto, sem o impulso natural do sentimento (principalmente
o da bondade) leva o Ser a práticas egoísticas em primazia. O fisiologismo, o
corporativismo, o domínio da construção e manipulação das leis, leva à
corrupção, à drenagem dos bens públicos para fins escusos, ao não investimento em
cidadania. Não há lei que os alcance e, como humanos do mesmo padrão evolutivo,
se comprazem pelo fato de não serem punidos. Acabam sendo violentos, muito
violentos.
Os
pensadores de várias ideologias aplicam o intelecto em níveis elevados, e
formulam doutrinas espetaculares em torno do bem coletivo, embora, na maioria
das vezes, este coletivo não seja amplo. Porém, quando percebem que a teoria,
tão brilhantemente concebida, não se desenvolve na prática, porque os seres
humanos iguais são diferentes, forçam de baixo para cima a execução da ideia. Impõem-se
leis. Impõe-se comportamento. Se a massa populacional não aceita, corre-se o
risco de vários tipos de ditaduras, todas agressivas. Geralmente os pensadores
não chegam a cargos de poder. Acredito que, se chegassem, poderia ser atenuado
o mau uso de suas doutrinas. O que acontece na prática, é que os líderes que
usam das ideologias formuladas, não têm mais que ninguém o equilíbrio entre os
fatores evolutivos desenvolvidos: aptidão física, instinto, intelecto e
sentimento. No patamar humano, são iguais nas diferenças, e, por isso mesmo,
não sabem lidar com o poder. É histórico e facilmente detectado.
Chegará
um dia em que estabeleceremos o padrão de igualdade. Mas engana-se muito quem
pensa que a igualdade pode ser imposta de cima para baixo, ou mesmo de baixo
para cima. Igualdade não se impõe de maneira nenhuma. Igualdade não existe
enquanto os seres humanos não souberem respeitar profundamente as diferenças,
os tempos e dificuldades de cada um. Igualdade só existe quando aptidão física,
instinto, intelecto e sentimento estiverem equilibrados numa quantidade de
pessoas tamanha, que a conseqüência seja líderes no mesmo patamar evolutivo.
Não
estamos nesta situação? É evidente que não. Na verdade estamos longe, mas
também é evidente que estamos no caminho. Basta ver as conquistas na atenção
que se dá às diferenças de aptidão física no presente. Hoje temos jogos
paraolímpicos. A maioria dos países está se preocupando com as limitações
físicas nas ruas, no trabalho. Eu sei que é um pouco triste pensar que é uma
atuação incipiente da humanidade, preocupando-se com o primeiro fator evolutivo
da lista e deixando os outros ainda tão à deriva. Mas há que se reconhecer que
esta preocupação advém do desenvolvimento do sentimento. Então virão outras. E
outras.
E
existe um caminho para que este equilíbrio seja alcançado mais rapidamente?
Claro que existe. Precisamos pensar em coletividades mais avançadas no uso da
cidadania e na aplicação dos direitos humanos para entender. Não foi apenas o
desenvolvimento financeiro que levou alguns países a este avanço. Talvez o
próprio desenvolvimento financeiro tenha vindo depois de se conseguir cidadania
e equilíbrio de direitos. Quem veio realmente antes? E o que podemos copiar
destes países e tentar implantar na nossa terrinha, que é tão grande? Justiça.
O primeiro passo eficiente para o equilíbrio de uma nação é um código penal
enxuto, justo, facilmente aplicável. Porque mesmo o Ser destes países ainda
está no mesmo patamar evolutivo que o nosso, só que já aprendeu (e formou uma
massa crítica significativa) a se comportar dentro da lei.
Exemplo
prático: você pode andar de ônibus por Roma sem pagar passagem. Pode entrar em
um ponto e sair em outros, e não pagar, porém, se for apanhado, a multa é
altíssima. Se não pagar a multa, é processado. Se for processado, fica registrado
na carteira de trabalho. Pouquíssimas pessoas arriscam, porque, de repente, 3
ou 4 fiscais entram no ônibus e verificam as passagens. O mesmo acontece nos trens.
Simples, repetido, até se chegar na ordem, respeitando-se os direitos. Imagina se
isso for implantado no Brasil!
As
leis brasileiras são confusas. A justiça brasileira é cheia de brechas. A impunidade
é notória. Os processos são lentos e nem ladrão de galinha tá ficando preso
mais, porque não tem espaço nas cadeias. Países como a Holanda, por exemplo,
estão transformando prisões em espaços públicos, pela falta de presos, tamanha
é a conscientização popular em torno do cumprimento das leis.
A reforma
no código penal brasileiro é fundamental, para que também se possa fazer uma
reforma política coerente, em um segundo passo. E precisamos disso porque somos
como filhos, que quando são deixados muito à vontade pelos pais se tornam
infelizes e desajustados, porque não têm noção de limites, são inseguros e
frágeis. Qualquer psicólogo pode confirmar isso. Somos ainda dependentes de
controle, porque dentro do controle nos sentimos mais seguros e entendemos
melhor os limites até aonde podemos ir, dentro do antigo e repetido conceito
que diz que a minha liberdade vai até onde começa a liberdade do próximo.
Não
adianta pensar que mudar os nomes de um governo, ou mudar de partido, vai
significar alguma coisa segura no desenvolvimento do nosso país. Isso já
aconteceu sem mudanças significativas. Não temos massa crítica equilibrada nos
quatro fatores evolutivos que nos trouxeram até agora, para que possamos gerar
naturalmente líderes comprometidos com a felicidade geral. E eu digo geral
mesmo, não apenas do seu grupo ideológico.
Diante
de tudo isso, não tenho nenhuma dúvida de que a palavra chave para chegarmos ao
equilíbrio sócio econômico tão buscado, chama-se JUSTIÇA. Aptidão física,
instinto, intelecto e sentimento, regido por leis simples e inteligíveis é o
caminho mais curto para a estabilidade.
E o
que tem isso a ver com o título do texto: por amor ao Brasil?
Tudo.
terça-feira, 15 de abril de 2014
e a coragem da decência?
duas trincheiras formadas e os soldados nem sabem bem na qual ficam mais tempo... com as mãos sujas de lama e merda, (com o perdão das palavra), as armas comuns, os dois lados se sujam, mas não se indignam, nem se enraivecem, tampouco se ferem de qualquer forma, pois sabem que a vitória virá sempre.
por quanto tempo ainda viveremos a era da hipocrisia?
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onde está a coragem de ser decente?
segunda-feira, 24 de março de 2014
meu voto vai pra quem?
O que eu gostaria que
acontecesse mesmo deriva para a área das mudanças estruturais. Não temos
partidos fundamentados em ideologias sólidas (nem líquidas). A única ideologia
dos nossos partidos é o conchavo, além do fisiologismo, do corporativismo, da corrupção.. é claro. Basta esperarmos um pouco e veremos conchavos
estapafúrdios para as eleições deste ano. Então, se é tudo a mesma coisa, por
que mudar de partido? Que diferença real vai fazer se não acontecerem mudanças
efetivas no Governo e na governabilidade? Mudar o partido que está segurando as rédeas aqui, na
patriazinha, não significa quase nada.
Vivemos uma democracia
fantasiosa, a começar pelo voto que é imposto. Voto obrigatório é cacoete de
ditadura, por mais que ditadura e voto não combinem, mas, no Brasil, até no voto,
baluarte da democracia, conseguiram colocar cabresto. De resto, a nossa
democracia fantasiosa passa por um povo de índole maravilhosa, mas que prefere
fazer piadinhas sobre delitos do que se indignar com eles. Um povo que sofreu
com mãos pesadas que o conduziu por tanto tempo e que, numa época não queria
mudanças devido aos pequenos favores que recebia dos coronéis, ou dos
padrinhos: uma carradinha de barro, uma caixinha de remédio, um carro pra levar
pro hospital na cidade maior. Não queria mudar porque achava que poderia
piorar. Depois viu que mudou e não piorou e, pra muita gente, até melhorou,
porque os pequenos favores se institucionalizaram, passaram a ser registrados e
com conta em banco. Não estou aqui desmerecendo o bem que os programas de
assistência trazem, mas não posso deixar de entender que o governo pensa mesmo
nos votos que eles geram, e não no bem estar. Se pensasse diferente, já teria
dado continuidade na inclusão social dos segmentos alcançados. As manifestações
de junho são uma prova evidente disso e, talvez, uma réstia de esperança de que
a nossa democracia fantasiosa ainda pode mudar. Uma esperança de que a
população, mesmo que ainda pobre em escolaridade e educação de uma maneira
geral, não se entregue tão docemente à ditadura da mídia, geral ou partidária,
e pense por conta própria. Principalmente, que entenda que o Poder já procurou
caminhos para que os protestos não tenham nenhum mérito.
É claro que o Poder (como
é pensado aqui, principalmente) não tem interesse em educar. Os currais
eleitorais só mudaram de perspectiva. O aporte do estado em educação é
ridículo, e sempre foi. Direita e esquerda vivem de promessas, com palavras de
ordem que se repetem a cada eleição, não só na educação, mas em todos os
setores básicos. Então eu não quero apenas que a esquerda perca e a direita
ganhe. Vice versa é a mesma coisa. Temos visto bilhões escorrerem pelos desvãos
de uma copa do mundo, ou de contratos que foram assinados sem ler todo o texto,
como é caso da Petrobrás na compra de Pasadena. Quantas Pasadenas já não devem
ter acontecido? Que incapacidade gestacional! Mas já vimos também bilhões se
dissolverem na “privataria” tucana, na corrupção muito mais bem organizada do
PSDB, com o refinamento que o PT não tem. Vejam que citei apenas dois partidos,
mas é a mesma coisa citar outros. O político é de um hoje, de outro amanhã,
tanto faz. Todos perdemos com isso. Promessas repetidas não vão mudar nada
nossa vida. Mas, então, o que eu quero de verdade?
Mudanças. Não promessas
de mudanças. O cenário político brasileiro já virou piada mundo afora.
Precisamos mudanças exatamente onde os que podem mudar ditam as leis e debocham
miseravelmente do povo, mesmo que dependam dele. O primeiro passo é a reforma
política, mas não uma reforma tola, mudando cadeira de lá pra cá e colocando a
mesa encostada na parede. Reforma profunda, desde o número de políticos até o
que eles ganham de salário e benesses extras, que saem todos do nosso bolso, passando
pela fidelidade partidária e definição de idealismos. O Planalto é o grande ladrão da represa, por
onde escoa nossa esperança. Se lá não mudar, nada mais muda. Não melhora
segurança, educação, saúde, transporte, estradas, portos... nada.
E como mudar lá? Votando
em pessoas melhores do que as que já estão lá? Que piada! Pensar assim é desconhecer a
história política dos povos. Dizer que o voto é a revolução pacífica que pode
mudar o mundo é profunda ignorância de todas as revoluções que nos trouxeram
até aqui. Todos os que chegam ao poder se locupletam com ele, independente se
foi com sangue ou com voto: Robespierres, Stalins, Chaves, Fideis, FHCs, Lulas,
e por aí vai. (Perdoe-me Mujica, espero que sua exceção se concretize)
Só que assim vão dizer
que eu não vejo saída nenhuma. Bem, se eu não visse, nem estaria me oferecendo
de vitrine aos radicais para me espicaçarem. Então, qual a solução que eu
proponho?
Nenhuma. Não sou
cientista político. O máximo que sei fazer é apontar os erros. A finalidade
deste texto é deixar bem claro minha posição política, porque os trolls de
esquerda só querem desmerecer qualquer coisa que quem usa seus neurônios e não
seja conivente a eles escreva. Assim como deixei claro que sou classe média em
um texto anterior e não vejo nenhum demérito nisso, muito pelo contrário. Então
minha posição está mais do que nunca colocada. E que venham as pedras.
Ah! Em tempo. Embora o
voto não consiga provocar as mudanças estruturais que precisamos (não com a
nossa democracia de mentirinha ou com o sistema político vigente), ele é o
único, mas o único mesmo, bem sobre o qual o político tem algum interesse
(porque dinheiro eles sabem que vão levar de qualquer maneira). Então, pensem
muito, mas muito mesmo, em como vão usá-lo. Eu, de minha parte, só volto a
votar quando algum candidato apresentar um programa sério e aplicável para
melhorar a educação no Brasil. Até lá, continuo não votando. Não aceito
imposições de obrigatoriedade.
foto de http://mercurymagazine.net/absolutismo-e-democracia/
domingo, 9 de março de 2014
Quer emagrecer???
Uma experiência
pessoal, pensando nos que querem perder peso.
Amanhã, 10 de março de
2014, faço aniversário de 1 ano de mudança no pensamento alimentar. Foi um dia
depois da festa de aniversário da Bárbara Biscaro no ano passado que comecei um
processo de conscientização para mudar.
Digo já aos que querem
tentar: deixem as fantasias de lado. Não pensem que conseguem quando quiserem.
Não pensem que basta começar a fazer exercício, que basta parar de comer isso
ou aquilo. Não, não mesmo.
Eu já sou veterano em
regimes, porque sofro com esse gene danado que me faz engordar, assim como
muita gente. Já tinha perdido peso muitas outras vezes, porém, sempre com os
malditos retornos e a sanfona da balança tocando incessante e desafinada. Foi
por isso que pensei numa mudança mais profunda. Alguns diziam: você precisa
cortar isso, cortar aquilo... você precisa fazer exercícios... tal dieta é
ótima... não coma mais carne vermelha... não coma isso não coma aquilo. Bem,
todos os fatores têm uma vírgula a acrescentar no texto, mas, o que servem mesmo
para o contexto de cada um? Estas dicas ou orientações passam a ser
insignificantes se você não se conscientizar de um fator preponderante, com
certeza, o mais importante de todos: COMEMOS POR PRAZER, e é o danado do prazer
que nos tira os limites.
Na verdade, precisamos
bem menos do que estamos acostumados para mantermos nosso corpo saudável e foi
este o ponto fundamental onde centralizei minha necessidade de mudança. Diminuí
radicalmente todas as quantidades. É claro que reduzi ainda mais o vilão
principal, o carboidrato. Pensam muito nas gorduras, que são mesmo abomináveis,
mas os carboidratos estão muito mais presentes. Estampam-se sedutoramente em
vitrines e pontuam nossos passos em quase todo lugar que vamos. São fáceis e
quase irresistíveis quando chegamos em casa cansados e prontos para a infalível
desculpa: ah! Hoje eu mereço! Então lá vai pra dentro pão, cucas, bolos,
pizzas, massas brancas em geral, e açúcar. Foi aí o meu ponto principal. Foi aí
que realmente mudei.
É claro que é preciso
exercício físico. Eu corro sempre que posso, porque sempre gostei de correr.
Faço meus anaeróbicos em casa com relativa freqüência. Porém, eu sempre fui de
fazer exercícios, e muito, então não era esse o elemento principal. E digo
mesmo que não é de ninguém, porque, na imensa maioria dos casos de quem não é
atleta profissional, ou mesmo amador, mas que compete com freqüência, é
impossível perder peso somente fazendo exercícios. Eu comecei com a dieta de
Dukan, e ela é ótima. Fácil de encontrar no Google; fácil de ser seguida. Fui
fiel a Dukan por 3 meses, depois me mantive eu comigo mesmo, num esquema de
suco verde em jejum, logo depois café da manhã com pão integral (duas fatias) e
queijo ou requeijão. Almoço com uma colher de arroz, uma de feijão, bastante
salada e proteína (numa média de 400 gramas o prato). Até as 17 horas me
permito frutas, ou mesmo um pouco de fruta quando chego em casa, mas nunca depois
das 19 horas. Meu jantar? Normalmente não tenho jantar. Se a fome apertar
demais, um pedaço de peixe, ou de frango, pequeno, uma salada leve, depois líquidos
(no meu caso, abuso dos chás). Mas é importante pensar no tipo do líquido: água
de coco tem carboidrato, além de muitos eletrólitos que causam retenção
líquida, então tem que maneirar muito; suco de laranja é calórico; sucos de
frutas em geral, somente até as 17 horas. Então os líquidos noturnos devem ser
bem pensados, porque o malandro glutão vai querer colocar iogurte, leite, suco
de laranja, água de coco, ou muitos outros sucos de caixinha, ou de soja. Por favor,
cortem os industrializados ao máximo. Façam seus próprios alimentos ao máximo. E
não adianta pensar que, porque mudou a alimentação tirando açúcar refinado e
gordura, pode comer uma melancia, um abacaxi, duas mangas e quatro cachos de
uva. Pô! Isso faz parte das fantasias. Sem se enganar que o tempo passa e o
resultado não vem mesmo, e daí o desânimo bate.
Tudo o que falam os
nutricionistas é importante, mas você não vai conseguir consumir tudo que falam
que é bom. Se você fizer isso, vai virar um balão dietético. Troque a massa
branca por integral, mas não coma um pão integral inteiro numa sentada. A oferta
de alimentos sustenta o comércio e as indústrias alimentícia, de medicamentos e
de defensivos agrícolas. Então a oferta vai ser muita e não só de alimentos
evidentemente satânicos, mas também de dietéticos.
O prazer de comer
combate nossas tensões, decepções, angústias, mas nos traz uma conseqüência bem
pior, que é a sensação de derrota pessoal cada vez que a balança nos denuncia.
Neste processo de um ano é claro que eu senti fome muitas e muitas vezes, mas a
obstinação me levou a trocar o prazer de comer pelo prazer de ver o peso
baixar. Tem uns que dizem pra não subir muito na balança, mas eu fiz o
contrário, subia duas vezes por dia. Assim aprendi a ter um controle maior
sobre o que comia e entendi o que me faz bem e mal. Sou apaixonado por vinho (e
os mais chegados sabem o quanto), mas este néctar dos deuses me castiga. Então
é uma ou duas taças no fim de semana. Achei importante me pesar muito. A
balança me ajudou demais no processo e deixou de ser inimiga, porque passou a
registrar minhas conquistas logo depois de uma batalha contra a vontade de
comer. Acreditem, ela é uma fiscal precisa no registro de tudo o que você faz
ou deixa de fazer quando o assunto é perder peso. Façam dela sua aliada.
Eu poderia escrever um
texto muito mais longo e bem mais rico em detalhes, mas cairia no lugar comum
das dietas. O que quero realmente é reforçar o que mais aprendi neste ano: o fundamental mesmo, indispensável mesmo, é entender que
podemos viver com muito menos (mas coloca menos nisso!) do que comemos
habitualmente. Foi assim na natureza, antes de aparecer a obesidade.
Pensem nisso.
Ah! Antes que eu me
esqueça. No dia 09 de março de 2013 eu estava com 109 kg. Hoje, um ano depois,
estou com 91 kg. Eu sei que tem gente que emagrece bem mais em um ano, mas, no
meu caso, tenho certeza que é para sempre. Para sempre. Pensem nisso também.
quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014
Propaganda, alma do negócio...
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E quando o objetivo é a urna, pode ser enganosa o quanto quiser, porque todo mundo já está acostumado. Hoje ouvi uma propaganda do governo federal sobre as obras em andamento em Santa Catarina. Em meio às frases feitas tradicionais, saiu uma primorosa: o Brasil, das grandes nações, é o país que tem mais obras de vulto sem executadas.
Caramba! Estamos a um passo de uma copa do mundo e a dois de uma olimpíada. Mesmo passando vergonha do alheio internacional até agora, com os trágicos atrasos e os já esperados monstruosos superfaturamentos, é natural que sejamos um país com obras de vulto. O problema não é esse. O problema são as obras citadas como exemplo na propaganda, em realização aqui em Santa Catarina: a pífia ampliação do aeroporto Hercílio Luz e a duplicação da BR 101.
Para quem é do estado nem é preciso continuar mais escrevendo nada, já deve estar rindo (exceto os vociferantes radicais de esquerda que, óbvio, vão me chamar de reaça, e outras coisas repetitivas). Mas vou levar em consideração os que não são daqui e comentar um pouco mais.
Antes vou pedir ajuda... alguém pode me informar há quanto tempo a BR 101 está sendo duplicada? Eu não lembro mais. Lembro que em 1997 o trecho norte ainda estava sendo duplicado. Então o trecho sul está na espera há mais de 15 anos (considerando o começo da obra). Isso é obra de vulto? Isso é uma vergonha¹ Isso é um profundo desrespeito a todos os cidadãos que sofrem nesta estrada, pedagiada, congestionada, assassina. É um desrespeito a todos os mortos em acidentes causados pelas péssimas condições dela, pelas infinitas obras que nunca acabam. Vergonha, apenas. Nunca uma obra de vulto.
Sobre o aeroporto Hercílio Luz, seria interessante lerem o que o piloto Antonio Carlos Cruzeta fala a respeito. Clique aqui. Não vou me alongar sobre isso. Para um Estado considerado o melhor destino turístico do país, nosso principal aeroporto é apenas mais uma grande vergonha. Puxadinhos, e só.
Tá difícil ser brasileiro... sim, parece que sempre foi, mas tá cada vez mais. A bagunça tá desmedida, a falta de vergonha também. E não pensem que estou atacando o PT. Não, longe disso. Ataco a classe política, essa corja que legisla em causa própria e estraçalha a pátria. Ataco todos os partidos que não apresentam nenhuma ideologia definida e que fazem conchavos aleatórios, independente de princípios. Ataco o Partidão, a qual todos pertencem. Exceções, se existirem, não aparecem.
Ataco Lula abraçando Malluf, o supra-sumo da descompostura moral da classe política. O exemplo maior do descaso com a ética e com a moralidade cívica. Daí querem dizer que a direita está usando a imprensa pra moldar a opinião da população para um golpe fascista. Caramba! Existe maior exemplo de direita degenerada que este filhote da ditadura (parafraseando Brizola, mas não me dizendo fã dele), chamado Paulo Malluf? Se a esquerda abraça e pede apoio para o fascismo escrachado, o que sobra de seriedade para o Brasil?
Nestes meses que nós, trabalhadores, pais e filhos da classe média ou não, meritocratas ou não, estamos nos vendo loucos para pagar tantos impostos diretos e saudar quase infinitos compromissos, eu pergunto: até quando?
Até quando vamos suportar tanta baixeza?
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