segunda-feira, 10 de novembro de 2008

sonho de lagoa


(principalmente pra quem não sabe que no centro de balneário camboriú havia uma lagoa...)


dorme lagoa mansa
nas brisas calmas do tempo amigo
que a tua sina agora é ser doce lembrança
de se contar nas rodas dos mais antigos

dorme teu sono esquecido
e deixa a madrugada velar tua passagem
e lacrimar de orvalho teu silêncio
que a lua ainda vai pratear tua alma
estendida no asfalto que deitamos em teu leito
e a brisa da manhã te buscará pra sempre
e o entardecer te encontrará
cada vez que um coração te lembrar enternecido
e derramar da memória teu cheiro de sal
no chão bruto que te cobriu a morte

dorme lagoa mansa
nas brisas tantas do tempo esquecido
dorme na sina de ser lembrança
que se conta nas rodas
de amores adormecidos

2 comentários:

Hélio Jorge Cordeiro disse...

O que não se faz em nome do da "ordem e do progresso"! Meu Deus! Banimento já dessa horrenda frase de nosso querido pendão pátrio!

Bonita elegia à cidade, Mauro! A cidade merece, o povo que deixa isso acontecer, não!

Anônimo disse...

Um dia vou escrever assim também, hahaha, lindo lindo!
Me impressiono como cada vez que entro aqui e leio "Solidão" minha alma aperta..
Valeu por todo o apoio!