terça-feira, 28 de julho de 2009

desejos liquefeitos



Não esperem de mim nada além do que o pânico
por esperarem de mim mais do que consigo
Verte de mim apenas uma poesia bêbada
Versos trôpegos e ácidos
Por não serem melhores do que esperam que sejam
E o que escrevo parece nunca aprofundar mais
do que a pele dos sentimentos
Dos horrores
Dos lamaçais da alma
Não me chamem poeta
Não me esperem poeta
Contista ou romancista
Só escrevo porque o coração berra
As sensações de desejos liquefeitos
E só isso

3 comentários:

Hélio Jorge Cordeiro disse...

Taí um depoimento em forma de poema que se desmancha em sentimentos! rsss

Hélio Jorge Cordeiro disse...

Quanto ao dia 13, espero vc, por lá, meu caro!

Anônimo disse...

Ou talvez a Musa se demore um pouco mais ao largo de essas bandas, irmão de alma, naquele despretensioso vôo tão seu (dela) característico... crisa (!?!?!)