quinta-feira, 29 de abril de 2010

......e se fosse com os seus filhos?..................

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O problema que esse é um caso que realmente está acontecendo em sua casa. Tendo você crianças em casa ou não, porque os adultos também sofrem o impacto.

Hoje, quinta feira, no intervalo entre um paciente e outro, tive tempo de ver o jornal da globo que foi ao ar as 09:45h, meio da manhã. Em poucos minutos as notícias foram as seguintes, com todos os detalhes que não cabe aqui repetir:


- Recife - operação da polícia prende quadrilha que desviava medicamentos do governo para hospitais públicos;


- Londrina - operação da polícia prende quadrilha que traficava armas;


- Sorocaba - motorista bêbado sobe acostamente e atropela mãe e filha de 5 anos;


- São Paulo - Homem é preso com uma sacola de dinamites;


- Rio de Janeiro - as chuvas deixaram várias áreas da cidade inundadas;


- São Paulo - Policiais Militares são presos após espancarem até a morte um motoboy;


Eu que quase não sou mais criança fiquei assustado. Nada de bom, mas nem uma noticiazinha boa! Mas eu tenho a referência de um outro tempo bem mais ingênuo. E as crianças de agora, que referência têm? Não sou psicólogo, sociólogo ou outro ólogo qualquer, nem sei a exata medida da relação informação/horário livre na tv, mas, até a violência (de todos os gêneros) está sendo banalizada. Se existe uma restrição de horários para determinados programas, malmente seguida, diga-se de passagem, como é que notícias desse tipo entram na nossa casa livremente, no meio da manhã, pra ouvidinho qualquer ouvir?

Abaixo a sensura! Viva a liberdade de expressão!

Mas tudo tem hora.

6 comentários:

Anônimo disse...

E o pior é que no final do programa o apresentador ainda vira pra gente e diz 'Tenha um bom dia'!!! :-D
Mônica

mauro camargo disse...

acho que eles pensam: depois dessas notícias, qualquer dia fica bom...

Romacof disse...

A humanidade já teve sua chance, caro Cesar! Eu não sou psiquiatra mas atendo psicopatas todos os dias. São inacreditáveis os conceitos de normalidade que vogam. Chego a pensar se o deslocado não sou eu! Um retrógrado, um desatualizado, um deslocado, um piegas, um alienígena? A espécie homo já foi inocente? Está apodrecendo? E caso contrário: já foi bárbara e está evoluindo? Cada vez que vejo um recém nascido eu não penso mais qual será o futuro deixado para aquela criança, eu penso: o que esta criatura fará com o futuro da humanidade?

mauro camargo disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
mauro camargo disse...

há um ditado que vc conhece, que pode sempre ser repetido:
que mundo estamos deixando para nossos filhos, ou que filhos estamos deixando para nosso mundo?

a alienação é grande, os filhos e o mundo são vítimas disso.

e nem precisa alongar muito o assunto para chegarmos na conclusão do 999 confirma.

Arthur Golgo Lucas disse...

Caríssimo, o mundo está de pernas para o ar, não será consertado em breve nem rapidamente, não temos outro lugar para viver e temos que encarar esse estado de coisas.

Eu decidi por uma alternativa que confesso egoísta, mas realista: construir uma ilha e me mudar para lá. Figurativamente a princípio, mas mais concretamente daqui a algum tempo.

Tenho projetos para tentar reverter esse estado de coisas, bem sabes, mas primeiro vou tentar organizar minha própria vida e só depois vou criar a ferramenta necessária para esse empreendimento imenso. Tomara que eu consiga me ajeitar de uma vez... :)