quarta-feira, 19 de maio de 2010

................a chuva e a eleição....................




O livro Paris, setembro de 1793 foi lançado em 2008, duas semanas após os cataclismas que abalaram o Estado, principalmente com a enchente de quase toda Itajaí e os deslizamentos de terra em Blumenau e cidades vizinhas. Aqui no blog mesmo tem explicações do motivo do lançamento não ter sido adiato, em postagens da época. Naquela noite (é de praxe o autor da obra lançada usar da palavra) falei ao público presente, pequeno, devido às circunstâncias, sobre o que podia ser feito para minimizar as situações catastróficas como as que havíamos passado. Obviamente direcionei a solução para o âmbito do poder público e, como também é quase óbvio, o assunto foi parar em eleição. Porque não tem como encontrar soluções para problemas de tamanha magnitude sem um esforço muito, mas muito grande, das pessoas que são como nós, mas que por nós são transformadas em autoridades através do voto. Na época eu pedi para que cada um presente, e por estar tão vívida a tragédia, não esquecesse de avaliar qual era a proposta de seu provável canditado em futuras eleições, em relação à solução dos problemas causados pelas intempéries, tão recorrentes nos últimos anos. Tem eleição se aproximando. Ontem caiu o maior toró quase no Estado todo. A BR 101 está interditada em Palhoça. Tem casa embaixo dágua e morro se derretendo. Tudo continua na mesma em termos de prevenção, mas, não podemos condenar, esses políticos que estão no poder, já estavam no poder antes disso começar. Como poderiam propor projetos para solucionar coisas que ainda não haviam acontecido? Talvez alguns só nasceram depois de 1982 mesmo. Mas tem eleição chegando e eu sei que a minha proposta particular de não votar (e não vou votar mesmo. Explicações em postagens anteriores e no "cágado xadrez", em postagens e comentários) não vai vingar e os candidatos como nós serão eleitos e empossados como autoridades populares, mas, qual deles trará em sua bagagem de projetos salvadores da humanidade brasileira, uma proposta para minimizar os efeitos dos cataclismas que estão nos assolando? Ainda mais que agora não é só sul que sofre, a cidade olímpica e a paulicéia estão no mesmo patamar de consideração midiática. E olha que o nosso maior problema é água e vento. Vulcões, terremotos, tsunamis e tornados (que têm medidas minimzadoras de efeitos por governos menos demagogos) ainda não são comuns por aqui.
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foto do clicrbs, BR 101(19/05/2010)
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7 comentários:

Anônimo disse...

O que me irrita nessas catástrofes naturais não são as catástrofes em si, já que elas existem desde sempre, e vão continuar existindo e nem tchuns pra nós. O irritante é ver que, em geral, as 'otoridades' não aprendem com os erros, não antecipam os problemas e não pensam em soluções de longo prazo. Ficam só naquela de apagar incêndio...

Gostei do novo visual!!! :-)
bjk
Mônica

mauro camargo disse...

é fácil culpar o clima. Na verdade o clima é a muleta pra incompetência e irresponsabilidade.

mauro camargo disse...

o ´meu comentário anterior é resposta a um comentário da Monica (Crônicas Urbanas) que recebi também por mail, no entanto, não tá aparecendo aqui no blog. Como fiz mudança no visual, não sei se o motivo é a nova configuração... sou quase leifo no assunto.

mauro camargo disse...

fazendo teste

Romacof disse...

Sr. Mauro, permita que me apresente, sou o parlamentar Modelo. Compreendo sua aflição frente ao recidivante dissabor climático que nos aflige. E estou aqui para dar uma resposta, que, como eleitor, o senhor merece. O problema está na análise do problema. Veja bem: qualquer problema necessita ser analisado em minúcias, à exaustão, para que a solução traga todos os benefícios esperados, sem que haja favorecimento de nenhuma parte envolvida, ou esquecimento de detalhes aparentemente insignificantes que um dia mostrar-se-ão de suma importância na solucionática a longo prazo, e o tempo que isto toma... nem queira saber! Quando um parecer preliminar começa a ser esboçado já é tempo de eleição novamente e a análise fica incompleta. Por isto afirmo que o problema é a análise. O problema está no compromisso analítico que temos com a coisa pública, porque na privada, como você bem sabe, é só se limpar e por as calças.

mauro camargo disse...

já faz um bom tempo que to rindo, embora devesse chorar, com a precisão metafórica do comentário.

Romacof disse...

Então consegui o meu intento. Um abraço.