quarta-feira, 29 de maio de 2013

eu a queria em mim
como um rio que nasce
nalguma colina distante do sentimento
gota a gota revirando fontes
e se emendando
descendo terras
carregando em si
a lenta fecundidade de amar
mas você já nasceu correnteza
com profundidades desconhecidas
rio largo devastando encostas
violento carregar de sonhos
inundando o estio deflagrado
em meu peito
seduzindo minha vontade
com inusitadas calmarias
e gigantescas quedas
levando em seus vórtices
a serenidade da espera e buscando
caudaloso
algum súbito mar
pra espalhar
sua grandeza de amar

2 comentários:

Grasi disse...

lindo, eu lembro deste poema!

mauro camargo disse...

é...