quarta-feira, 20 de maio de 2009

tristeza


tem uma tristeza
de lágrima que ninguém vê
distraída
sem razão
que parece ter a ver com o coração
mas que é melhor não saber
melhor deixar ir ficando esquecida
uma vontade de ser tudo o que já se foi
e não ter o tempo que ainda vai ser

tem uma tristeza
assim meio sazonal
meio de ciclo, meio lua
mas que pula fases sem vir
e depois assusta
visceral, anônima, crua
sem aviso de chegada
sem hora pra partir

tem uma tristeza silenciosa
que corta minhas palavras ao meio
uma neblina de madrugada
escondendo o fim da rua
e as esquinas onde eu creio
deveria virar

tem uma tristeza escondida
em algum lugar
onde não quero encontrar

7 comentários:

Hélio Jorge Cordeiro disse...

A desaparecida, tristeza! Quem a encontrar, por favor, devolva imediatamente, a quem de direito. A mim ela não pertence, e a si?

mauro camargo disse...

apenas ao poeta... aquele velho fingidor, que finge tão completamente e tal...

Hélio Jorge Cordeiro disse...

Quarta tem Grupo de Estudos em Filosofia, lá no Café e Cultura, nêgo!

mauro camargo disse...

to sabendo, só que normalmente nas quartas a noite já estou em florianópolis... trabalho praquelas bandas quinta e sexta...

Ana ® disse...

muito bom... e triste...
^^

Anônimo disse...

Bem sei desta tristeza, querido poeta! Abraço..... Crisa

mauro camargo disse...

crisa?