domingo, 17 de outubro de 2010

SEGUNDO TURNO

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essa é rapidinha.

sabem por que os candidatos preferem somente ataques e um fica mostrando o que o outro fez errado ou deixou de fazer certo, sem apresentar nenhum projeto, nenhuma proposta de governo?

Porque o brasileiro acostumou que palavra de político não tem valor. Porque aprendeu que político adapta suas promessas aos conluios necessários para se manter no poder. Porque aprendeu que político mente. Então o político aprendeu também que não faz diferença alguma apresentar projetos, propostas para melhorar o Brasil que não dá certo.

o brasileiro aprendeu a entender o político, mas ainda não aprendeu o que fazer para mudar isso.
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7 comentários:

André Gonçalves. disse...

[b]Pois é, Mauro... E isso me preocupa, voltando-se à fala de Luciano Altani, personagem que defendi na apresentação de sexta... Eu realmente tenho dúvidas em quem votar, vendo o resumo dos debates e o horário político, penso em votar nulo.

E, aliás, estou procurando seu parecer sobre a estréia da peça, apresentada no último dia 15... Vai fazê-lo?

Abraço,

André Gonçalves.

mauro camargo disse...

olá André. Vc tem toda razão em ter dúvida. É horrível ter que escolher entre o menos ruim. Estão falando muito na recuperação econômica do governo PT, mas houve uma tão grande mistura entre Estado e Governo, que dá até pra lembrar que Hitler também recuperou a economia alemã em moldes parecidos. Já votar em Serra... Santo Deus! Mas votar nulo sem manifestação também não resolve. Ando indignado com a posição de algumas pessoas aparentemente sérias chamando a atenção para a importância de não anular o voto nesse momento. Mera campanha aliciatória. É preciso anular com atitude, mostrar insatisfação e ir adiante, dissiminando essa idéia.
Quanto à peça, como eu disse para a Silvana ontem por e-mail, ainda estou emocionado. No site da editora vai sair essa semana uma matéria sobre a peça. Acho que a Silvana vai passar pra vocês as observações que eu fiz. Abraços.

Romacof disse...

Salve Dom Mauro. Vamos fuçar na Memória. Collor escolheu Fernando Henrique para ministro da fazenda. Collor caiu e entrou Itamar que deixou tudo como estava pra ver como é que ficava. FHC montou a equipe que bolou a URV-Real Com os créditos de ter criado o real FHC conseguiu dois mandatos e manteve a economia estável. Veio Lula que colocou Palocci. O nosso doutor caiu por ter quebrado o sigilo bancário do Francenildo e Lula escalou Mantega. Mantega montou uma equipe e manteve tudo como estava desde o tempo do Collor, há 1+2+2=5 mandatos. Ou 20 anos. Logo a estabilidade econômica existe graças à linha histórico-econômica que liga 1/4deCollor com FHC, 3/4deItamar com FHC, a mágica da transformação da URV no Real, 2FHC, 2Lula, Palocci, cagada do Palocci com o Francenildo, e Mantega. Dizem que Deus escreve certo por linhas tortas, mas com uma caligrafia ruim pra diabo.

Moral da História: Você pode até votar na besta (666) que Deus continua sendo brasileiro.

mauro camargo disse...

se o bispo se candidatasse, meu voto era dele...

Hélio Jorge Cordeiro disse...

Carta ao Amigo Mauro Camargo

Caro Mauro, dizem que a política é para poucos corajosos ou muito espertos. Eu acho que esta máxima está correta, claro que existem picaretas com coragem, mas também gente honesta que transgride. O problema é que ninguém quer ser político, nem nas atividades mais corriqueiras da vida. Preferem contemporizar a divergir, a ter opinião própria. Muitos fogem da divergência como o diabo foge da cruz. Até pra votar durante uma reunião de condomínio, preferem tascar a lenha no síndico. Reclamam, mas não querem estar na pele do condenado. Só que ele é quem teve coragem de colocar a cara à tapa, se candidatando ao cargo. Vai ele ser honesto ou desonesto? Irá depender dos condôminos, né mesmo?
Bom, desde os tempos da “ditabranda da folha” que ficou muito difícil escolher quem estava, realmente, do lado do povo (coisa muito rara na política neoliberal. Isto só acontece quando o próprio povo se levanta com o porrete para gritar pelos seus direitos e aí é revolução do proletariado). Eram tantos os políticos que queriam a volta do estado de direito! Todos estavam bem intencionados? Hoje, quando a maioria da população diz que é Lula, é porque ela sabe o que é melhor para ela. Lula foi a melhor opção? Uma parte do Brasil disse que não, mas a maioria disse que sim. Então quem está errado? A grande maioria? O que ela levou em troca pra pensar assim? Propina, cargos etc? Não. Apenas se viram na figura do pernambucano torneiro mecânico presidente. Se viram pela primeira vez no poder. Quando isso aconteceu na história deste país? Nunca. E só foi possível verem isso acontecer, porque todos tiveram a chance de exercer o seu direito de cidadão. Votando.
Não votar é não exercer a democracia, a cidadania, pois em nossa sociedade ocidental esta é a maior representação do homem-sociedade. Portanto, não vejo como não me achar como parte da maioria. Eu, Chico Buarque, Chico César, Alcione, Beth Carvalho, Frei Leo Boff, Oscar Niemayer, João das Couves, Maria das Trouxas e outros tantos, estão fazendo o seu exercício de cidadãos, votando (em Dilma Rousseff). Faça também, meu querido amigo. Vote, mesmo que você se sinta minoria.

Um abração do
Hélio

mauro camargo disse...

amigo Hélio, votar em quem eu acho menos ruim? Nunca. É preciso encarar que o não votar é um número, uma representação. Se eu voto, faço parte daquela turma que faz de conta que acredita que um lado é melhor. Não acho. Por isso não voto, e entro num número representativo de pessoas que querem não o menos ruim, mas o melhor. É claro, respeito tua opinião.
Sobre a opção do povo por lula, escrevi na postagem, "coronelismo democrático".
ah! Sou síndico do meu prédio.

mauro camargo disse...

Outra coisa que esqueci. Democracia? Com voto obrigatório?
Viva o populismo inócuo.