Mais calma! Acima de
tudo, mais calma. Tem muita coisa para fazermos neste 2012 que dizem que vai
ser o último. Que último, minha gente? A situação está tão drástica que parece
mesmo que as pessoas estão preferindo que tudo acabe. Não vai acabar! Mesmo que
um meteoro nos atinja e a praia vá parar na beira da casa do meu cunhado em Rio
do Sul (ele mora num morro bem alto), não vai acabar. Mesmo que outro planeta
passe alucinado pelo meio do sistema solar, não vai acabar. Simplesmente porque
não acabamos. Num livro que li dizia assim, ou parecido com isso:
a grandiosidade de Deus se mede também no fato de que, onde quer que estejamos,
em qualquer plano da Criação, sempre haverá um chão aos seus pés e um céu sobre
sua cabeça. Então não se aflijam em buscar preocupações mirabolantes (ao menos
alguns que as têm), e olhem com cuidado os problemas reais mais próximos, que
continuarão existindo em 2012, e mãos à obra. Tanta coisa, tanta coisa. Mas é
muito importante, muito importante mesmo, que comecemos por nós. Um pouco mais
de calma na avaliação dos outros, um pouco mais de franqueza nas nossas auto-avaliações.
Um pouco mais de bom-dias, de boas-noites, de sorriso e paciência. Um pouco
mais de bondade e verdade. Ah! Como a verdade tem feito falta no mundo! As pessoas
vivem de pequenas mentiras para se protegerem, ou grandes para se darem bem.
Como são infelizes os que têm facilidade em percebê-las! Então que se minta
menos, mesmo que se tenha que dar a cara pra bater. A verdade dói, e faz
ferida, mas cicatriza rápido. A mentira é purulenta e demooooora muito mais a
cicatrizar. Um pouco mais de sonho, mas não o sonho de enriquecer rapidamente e
sanar com dinheiro todos os problemas. O Jobs estava cheio da grana e garanto
que não conseguiu fazer com ela tudo o que queria, fora tantos outros casos. Vamos
sonhar com coisas possíveis de acontecerem e firmar pé neste sonho, sem “segredos”
ou fórmulas mágicas. Vamos sonhar com a alegria, que é infinitamente particular
a cada ser humano. Viagens, encontros, cursos, promoções, perdões,
reencontros... vamos sonhar com aquilo que realmente nos fará bem. E vamos nos
abraçar mais e comprar menos presentes. Ah! Que me desculpem os comerciantes,
eles precisam viver de vendas, mas o consumismo faz a gente perder tanto tempo
se preocupando com objetos e depois correndo atrás pra comprar esses objetos,
que nem conseguimos conversar mais. Quem sabe também as pessoas possam ver
menos novelas e conversar mais... tá bem, tá bem... gosto é regalo da vida, e
se a ideia é ser feliz, cada um que seja feliz como gosta. Até porque, alguém
pode dizer que é para ver menos futebol e conversarmos mais, então... mas vamos
nos abraçar mais, e trocar pelo menos um pouco a necessidade de dar objetos
pela necessidade de dar um abraço sincero e carinhoso. Isso faz tão bem, e não
custa nada no bolso... tudo bem que muitos acham bem mais fácil passar o
cartão, digitar a senha ou assinar o cheque do que abraçar, porém, quem disse
que tudo tem que ser fácil na vida? É bem pra isso que ela serve: mudanças.
Mudanças de hábitos, de estilos, de manias, de sapatos, de teimosias. Ano que
vem, mais abraços e menos dívidas. Ano que vem um pouco mais atenção com quem
não tem alegria, seja criança ou velho, em abrigos ou asilos, em hospitais ou
em casas, mergulhados na solidão. Isso custa tão pouco e deixa a alma tão leve.
E não nos esqueçamos da calma, o mundo está precisando muito dela. Também um
pouco mais de cultura. Caramba! O que tem de livro rodando por aí sendo pouco
lido (prometo que não falo de novo das novelas). No Brasil mesmo é um susto. O
que tem de filme bom passando poucos dias na semana porque não tem público; e
peças maravilhosas sendo vistas por pouquíssimos privilegiados (algumas vezes
eu, graças a Deus!). E tanta música,
tanta gente fazendo música linda, cantando lindamente, compondo lindamente (não
se preocupem, não vou falar de sertanejo, pagode e funk, entre outros...), mas
que não conseguem ouvidos para ouvi-los. Um pouquinho mais de atenção aos
talentos e menos conversa fiada quando alguém cantar pra caramba num bar, se
possível. Tanta coisa pra mudar. Ah! É claro, essencial: um pouco, ou muito
mais atenção na hora de votar (tem alguma eleição ano que vem, né?). Se o cara
não apresentou um projeto verdadeiro de trabalho depois de eleito, não vote,
mas não vote mesmo. Por favor, não vote em alguém por que é menos ruim, isso é
o fim. Se for o caso, não vote. O não votar também é uma arma. Nas últimas
eleições foram 30% de não votos. 30% é um índice grandemente revelador de
insatisfação. Se você fizer parte dele, alguém vai querer saber os motivos. O ensino
agradece, a saúde, o transporte, a segurança, a cidadania... Ai, ai... não era pra falar em política, mas taí...
falei, tá falado... O que mais? Sim, claro, o mais importante de tudo, que
comecei a falar lá atrás e perdi o caminho: olhem pra dentro, descubram-se. Eu sei
que não é fácil, mas pára aí, né? Até quando, eu pergunto, até quando vamos
viver sem sabermos quem realmente somos, quais nossos principais defeitos e
eventuais virtudes? Pra isso é preciso se recolher ao silêncio do coração,
fechar suas portas por dentro, tirar o pano da frente do espelho da verdade que
tem lá dentro e se olhar sem medo, sem medo, sem medo, sem medo. Jamais
cresceremos se não tivermos coragem de nos olharmos como realmente somos.
Façam, garanto que terão grandes surpresas. No mais... se abracem, se beijem,
se amem, falem, viajem, sorriam, não furem filas, não queiram tirar vantagens,
brinquem com seus filhos, escutem seus pais, lembrem com carinho de quem já foi...
amem, amem com mais vontade, e um grande FELIZ ANO NOVO!!!
4 comentários:
2012, 2012!...
Nasce um ano
cheio de pose!...
Feliz dois mil e doze e dois mil e treze e dois mil e catorze e dois mil e quinze e !...
É issaí, moço!
Um ótimo 2012 pra você e todos os seus, tenho certeza de que este ano não será o derradeiro: primeiro porque outro dia comprei um xampu com data de validade pra 2013 (arrá!), e não foi o Mary McFly - aquele garoto do De Volta para o Futuro - que foi viajou até 2015 e tals? Chupa essa, maias!!! :)
bjk!
Mônica
que todos os anos sejam bons, Paulo... e nós também...
boa Mônica, que esse mundo espere ao menos vc usar todo o xampu... da minha parte já comprei uns vinhos de guarda... no mínimo 12 anos de validade...
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