domingo, 6 de maio de 2012

entre o verde e o cimento

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Balneário Camboriú é conhecida por sua beleza (aqui não tem só baladas). Temos uma praia principal longa e calma e, pelo que se fala, a prefeitura está trabalhando para diminuir a poluição. Além desta, temos várias outras, limpas, lindas. A cidade é dinâmica e bem organizada, porém, árvores só no calçadão da praia. Encontra-se uma ou outra por aí, mas a maior parte das ruas é asfalto e cimento. Se alguém tiver a paciência de ver a cidade de cima pelo google earth, vai ver uma mancha cinzenta no meio do verde (porque a natureza ao redor é exuberante). Mas isso não é "privilégio" nosso. Conheço muitas e muitas outras cidades onde se prioriza o cimento, o que causa bolsões de calor insuportáveis no verão. Por que ainda há o pensamento que árvore e cidade não combinam? Por que não há um "re" florestamento das nossas cidades? No Uruguai, na Argentina, no Chile, quando olhamos as cidades de cima no google earth vemos exatamente o contrário. Como normalmente são regiões mais áridas, as cidades são grandes manchas verdes. Então podem dizer que lá, por ser árido, é necessário ter mais árvores. Mas eu pergunto: qual a diferença? Cidade é cidade e a árvore que não incomoda lá não vai incomodar aqui, muito pelo contrário. Por que optamos pela marquise para fazer sombra e não pela árvore, como se quiséssemos deixar bem claro que quem manda na cidade é o homem e não a natureza (como se o homem não fizesse parte dela). 


Tem corrido por aí a notícia que em Porto Alegre,que tem regiões muito arborizadas, a rua Gonçalo de Carvalho ganhou o título de "a rua mais bonita do mundo"

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Rua Gonçalo de Carvalho ganhou fama internacional pela internet. Após ser tema de publicações em dois blogs relacionados às árvores, ela ficou conhecida como a “rua mais bonita do mundo” e agora é ponto turístico para aqueles que visitam Porto Alegre.
Decretada Patrimônio Histórico, Cultural, Ecológico e Ambiental do município em junho de 2006, os seus quase 500 metros de túnel verde ficaram conhecidos não só pelas árvores, mas também pela ação dos moradores locais pela preservação.
Em 2005, quando uma empreiteira queria construir um estacionamento, trocar o paralelepípedo pelo asfalto e derrubar algumas árvores do local, moradores e adminiradores da rua se uniram para impedir o projeto.
Depois da mobilização, o caso foi para a justiça e a construtora desistiu do estacionamento. Pouco tempo depois a rua virou Patrimônio ambiental de Porto Alegre.
foto e texto de http://www.ibahia.com/
Rua Gonçalo de Carvalho, Patrimônio Cultural, Histórico e Ambiental de Porto Alegre.
Vejam no texto que foram moradores da rua que se uniram, enquanto que a administração pública ou se omite, ou joga contra. Nesta onda do Veta Dilma, pensando na preservação das nossas matas, não seria o momento para começarmos a pensar com seriedade em trazermos a mata para a cidade?
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