segunda-feira, 4 de julho de 2011

confirmação

aos visitantes que porventura esperam publicações de outro gênero aqui no sombra, espero que me desculpem. Há um tempo havia decidido que não faria mais eventos para lançamentos de livros, devido a tantos contratempos nos lançamentos anteriores, além de algumas catástrofes (no último Itajaí ficou quase toda submersa, dias antes do evento). Mas O Magneto fluiu com tanta facilidade em todos os sentidos que acabou virando festa. Depois do lançamento, volto a escrever idéias e outros derivados, além de voltar a acompanhar meus queridos blogs preferidos...

Lançamento do romance O MAGNETO de Mauro Camargo

Dia 08 de julho, na Casa da Cultura Dide Brandão, Itajaí.
Rua Tubarão, 305. (entre o hotel Ibis e o supermerdado Xande).

Programação:
19:00 horas: Abertura e coquetel.
19:30 horas: Espetáculo LUISA, com Sandra Knoll (Grupo Experimentus)
21:00 horas: Espetáculo CONTOS NOTÍVAGOS, com Marcelo de Souza (Grupo Experimentus)
22:00 horas: Encerramento (a Casa da Cultura só funciona até as 22 horas)
Durante o evento haverá projeção multimídia a respeito do romance, bem como exposição de imagens do mesmo.

Realização
Prefeitura de Itajaí
Fundação Cultural
Casa da Cultura Dide Brandão

Apoio
SESC
UNIVALI

Conto com a participação de todos

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quinta-feira, 16 de junho de 2011

CUENTOS PEQUEÑOS... e os descaminhos da arte.

Ontem, quarta feira, 15 de junho, fui assistir a peça Cuentos Pequeños, de Hugo e Ines, um grupo peruano que está com esse trabalho há 20 anos encantando o público. Fui porque uma amiga atriz me avisou. Fantástico! Daqueles espetáculos que não tem nem como explicar, tamanha magia. A peça está participando do FITA, de Florianópolis (Festival Internacional de Teatro de Animação) e veio a Itajaí porque na programação há uma itinerância de trabalhos.

Cuentos Pequeños acontece no corpo dos artistas. Mãos, pés, boca,joelhos, testa, barriga... qualquer parte do corpo nos conta histórias alegres, delicadas, tomadas de extremos de criatividade, que faz com que, rapidamente, decolemos do chão comum do cotidiano para voos altos da alegria. Realmente, saímos do teatro alegres. Alegres pelo que vimos. Alegres por sabermos que ainda há tanta coisa boa pra ver no mundo artístico.

A nota triste, o que já é recorrente, foi a pequena presença de público. E a crítica, o que já é recorrente, é a falta de interesse da imprensa em noticiar o que eleva o ser humano. Tive a curiosidade de ver as manchetes dos jornais do dia e até me arrependi de pensar em mostrá-las aqui. Todos podem imaginar, é fácil. O pior é pensar que se fosse uma peça cata-níquel com qualquer global deslumbrada(o) e de carinha bonita (ou nem tanto), a imprensa daria foco e ocuparia grandes espaços da mídia. É claro que o público em geral carece de formação, mas isso não justifica a carência de informação.

O espetáculo CUENTOS PEQUEÑOS continua na sua itinerância por algumas cidades e Florianópolis. O FITA continua até sábado em Florianópolis, porém, veremos pouco sobre isso na mídia. Lamentavelmente.

o leitor interessado pode conferir a programação no site oficial do festival:



sexta-feira, 10 de junho de 2011

lançamento oficial do romance O MAGNETO

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o lançamento é oficial, mas a convite ainda é provisório


dia 08 de julho

na Casa de Cultura Dide Brandão, Rua Tubarão, 305, Itajai/SC

as 19:00 horas

com a apresentação das peças

LUISA

e

CONTOS NOTÍVAGOS

do grupo Experimentus Teatrais

apoio

Casa da Cultura Dide Brandão e SESC
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sexta-feira, 27 de maio de 2011

em busca de um livro...

Essa postagem caberia melhor no blog da Mônica (http://cronicasurbanas.wordpress.com)...
Estou à procura do livro VIDA E OBRA DE BEZERRA DE MENEZES. É fácil de encontrar na Estante Virtual, mas, como estava querendo ler neste final de semana, comecei a procurar aqui em Florianópolis. Para não ir de loja em loja (já que nos sebos daqui não tinha), liguei para uma das livrarias, das famosas, e rolou esse dialogo:
- Você pode ver se na loja tem o livro Vida e obra de Bezerra de Menezes?
- Como é mesmo o título?
- Vida e obra de Bezerra de Menezes...
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- O autor é Bezerra de Menezes?
(Raciocínio lógico: Vida e obra, de: Bezerra de Menezes... só que eu fiquei pensando no Bezerra de Menezes ter escrito um livro chamado Vida e Obra, somente. Vida e Obra, de quem? Fantástico!!!)
- Não, o autor é Sylvio Brito de Souza
- Ah...
tec tlec telectec tetlec tec tec tlec telectec tetlec tec tec tlec telectec tetlec tec tec tlec telectec tetlec tec tec tlec telectec tetlec tec...
- É uma biografia?
(juro que tive vontade de dizer que era um livro sobre navegação, mas o atendente poderia confundir o Bezerra com o Amyr Klink e daí não teria mais volta)
- Sim... é uma biografia. A vida e a obra de Bezerra de Menezes... curioso, não é?
- O que é curioso?
- Ser uma biografia...
- O senhor acha?
- Um pouco...
tec tlec telectec tetlec tec tec tlec telectec tetlec tec tec tlec telectec tetlec tec tec tlec telectec tetlec tec tec tlec telectec tetlec tec...
- Não temos na loja, senhor...

quarta-feira, 25 de maio de 2011

O magneto... um caso de amor, também com a homeopatia...



Trecho do livro:

(...)Mas Jolly estava me aguardando um pouco ansioso, com mais uma correspondência para entregar:
– Oh! Adrien... Que bom que voltou. Havia me esquecido de uma carta de Benoît. Há dias está comigo, mas, com tanta coisa para fazer, acabei esquecendo-me dela. Vá ao numero 1 da rua de Milan, por favor... Não é longe daqui...
Apanhei o envelope que Jolly me estendia e olhei o destinatário:
“Christian Friedrich Samuel Hahnemann”
– Hahnemann? O médico? Ele ainda vive? – perguntei a Jolly, espantado.
– Pois sim, vive e trabalha muito. Agora vá, não perca tempo. De preferência, entregue em mãos.
– Isso será um grande prazer.
Já era perto das seis horas quando cheguei ao numero 1 da rua de Milan e encontrei uma sala repleta de pessoas esperando para serem atendidas. Era uma casa grande e bonita, com um jardim bem cuidado e mobília rica, porém, os pacientes que esperavam eram, evidentemente, pobres. Como, no momento, não havia ninguém recebendo os pacientes que chegavam, sentei-me a uma cadeira num canto e fiquei esperando que alguém aparecesse. Esperava abordar o médico na hora que um paciente saísse da sala de atendimentos e isso aconteceu logo, porém, foi uma mulher que apareceu conduzindo um senhor bem vestido, de casaca nova e cartola, bem diferente dos pacientes que aguardavam. Quando ela se despediu, pude ouvir o nome: barão de Rotschild. O famoso banqueiro. Um contraste entre os pacientes que esperavam e o que acabara de sair.
Depois que o barão partiu, a mulher olhou para mim e falou:
– Você não estava aqui antes, não é?
Era uma mulher bonita e seus olhos pareciam faiscar. Não tinha mais que quarenta anos e vestia-se com elegância para ser apenas uma secretária.
– Vim trazer uma correspondência ao doutor.
– Vinda de quem?
– Benoît Jules Mure, do Brasil.
– Oh! Benoît! O doutor vai ficar feliz. E quem é você?
– Adrien de Rupetin, amigo de Benoît(...)

A Revolução Francesa marcou um período de esperanças libertárias único na humanidade. Depois de séculos atrelada ao poder religioso, a ciência estava livre. Cientistas e pensadores, sérios ou não, traziam inovações espetaculares para a sociedade, transformando conceitos de conforto doméstico, produção no trabalho, saúde e diversão. O pensamento social igualitário, mesmo que deturpado pelo poder no período pós-revolução, rompia definitivamente a barreira das castas humanas e, não fosse a força da indústria nascente, movida por um capitalismo selvagem desde o primórdio, poderia ter levado a civilização a um padrão de convivência equilibrado. Mesmo que isso não tenha acontecido, era irrefreável o impulso social e científico, literário e artístico, em todas as áreas da atividade humana. Charles Fourier, Saint-Simon, Volta, Faraday, Trevithick, Mesmer, Hahnemamm, Balzac, Victor Hugo, entre tantos, não permitiam retrocessos.
O livro O Magneto é uma viagem a este tempo. Personagens como Benoît Mure, Victor Hugo, Mesmer, Hahnemann, Lachatre, Kardec, participam de passagens fictícias, porém fiéis às suas memórias e engajadas com precisão dentro do contexto histórico, fruto de uma pesquisa séria e descompromissada.
No que diz respeito à homeopatia, esta precisão pode ser vista no texto acima extraído do livro, ou então neste outro, que vem na sequência do anterior:




(...)Quando fui recolhido à sala de consulta, quem me recebeu foi um senhor que não aparentava seus mais de oitenta anos, tamanha a energia que desprendia do seu olhar. Indicou-me uma confortável poltrona e sentou na sua, atrás de uma grande mesa de trabalho. Antes de falar comigo, acendeu seu cachimbo, depois perguntou:
– É mesmo amigo de Benoît?
– Sim.
– Tenho saudade dele... Nossas discussões afiavam meu pensamento. Na verdade, tenho inveja dele. Gostaria de ter idade para ir ao Brasil... Você vai?
– Creio que sim – respondi, sem convicção e mentido, por medo de que ele perdesse o pequeno interesse em mim.
– Crê? Ora, meu filho, não estou vendo segurança nisso! Mas não é de minha conta suas decisões. Vamos, me entregue essa correspondência.
Até havia me esquecido da carta. Ele a apanhou e leu-a com calma. Embora estivesse calor, vestia uma casaca grossa, o que achei natural para sua idade. Seus cabelos ralos e brancos eram um atestado para isso, embora a energia que emanava. Depois de ler por longo tempo, olhou-me e perguntou:
– Quando os colonos vão partir?
­– Está marcado para o dia 30 deste mês, no Havre.
– Pouco tempo, pouco tempo... Benoît está curioso para saber da próxima edição do Organon. A sexta edição. Será a melhor de todas. Ele quer uma cópia. Sempre curioso o meu amigo. Mas ainda não posso mandar... tem muitos detalhes... dia 30, é pouco tempo...(...)

Ou então esta outra passagem:




(...)Namur preparara muitos vidros de homeopatia, para cada um, individualmente, e pediu-nos para tomar, preventivamente.
– A ideia é manter o corpo forte – dizia ele.
– Como sabe qual medicamento devemos tomar? – perguntei.
– Hahnemann nos brindou com a ideia do gênio epidêmico para combater epidemias. Muitos outros homeopatas já têm testado diversos medicamentos contra essa doença.
– Gênio epidêmico? O que é isso?
– Invenção de Hahnemann. É a identificação de um conjunto de sintomas apresentados por um grupo de doentes de uma referida doença. Com a análise destes sintomas, o homeopata consegue identificar o medicamento que mais se assemelha a essa manifestação da doença. Os resultados costumam ser surpreendentes. Tão surpreendentes que, dependendo da região, um medicamento pode agir melhor que outro. Porém, mesmo assim, a peste bubônica costuma ser um terror e espero que não tenhamos mais nenhum caso. Felizmente, eu tenho alguns destes medicamentos já analisados(...)

O romance ainda traz como personagem o médico Benoît Mure, que veio ao Brasil movido pelo sonho Fourierista de criar uma sociedade harmônica na região do Saí, então pertencente a São Francisco, província de Santa Catarina. Mesmo que não tenha alcançado seus objetivos neste projeto, Benoît Mure é reconhecido por ser o introdutor da homeopatia em nossa pátria, onde criou, em 1843, o Instituto Homeopático do Brasil.






1.a edição, 2011, 432 páginas, Editora 3 de outubro.

segunda-feira, 9 de maio de 2011

sobre o ALEXANDRE ROCHA


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eu quis fazer um agradecimento no livro para o Alexandre, meu editor e ele encontrou uma maneira de fugir disso, alegando que todo o trabalho que estava tendo era apenas sua obrigação, e que, por norma da editora, isso não poderia acontecer. Bem, como eu poderia contestar? Porém, aqui no blog...

o agradecimento que levo a público não se refere apenas ao excelente trabalho que ele fez com O Magneto, ou com o Paris, setembro de 1793. Vai além disso. Mesmo que eu tenha tido um relacionamento muito honesto com as editoras Hemisfério Sul e Momento Atual, dos meus outros livros, a bagagem que trago da vida literária é composta muito mais de frustrações que alegrias. Não estou me referindo às reações dos leitores dos meus livros, que sempre me estimularam muito. Este fato, por sinal, fazia aumentar o abismo da insatisfação, porque não havia como não me perguntar: se tanta gente gosta dos livros, porque tanta dificuldade?

Os muito bons escritores que andam por aí, lutando para serem bem publicados, sabem do que estou falando. Sabem o que é entrar numa livraria e ver pilhas e pilhas de Segredos e autoajudas, livros de celebridades midiáticas ou apenas apelativos, e o seu bom trabalho sem espaço. Sabem o que é a velha e estigmatizada resposta copiada e colada das editoras: embora a qualidade do seu texto, estamos com a linha editorial esgotada para os próximos 200 anos...

O agradecimento que levo a público é pelo fato de o Alexandre ter me publicado bem. Sabemos, nós escritores, o quanto isso é difícil. Desde o nosso primeiro contato, fui tratado com um respeito pouco comum e tenho certeza que não é pelo fato de termos nos tornado amigos, que ele fez o que fez pelo magneto. Ele fez este trabalho porque trata seus escritores com respeito. Não nos deixa sem respostas. Não faz concorrência intelectual. Faz críticas construtivas e não tem pudores em elogiar, nem bajula para conquistar vantagens.

Devido a tudo isso, acho até melhor não agradecer, tenho certeza que ele não precisa disso. Melhor é só afirmar que é um grande prazer, uma imensa alegria, ser escritor da editora dele.
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sexta-feira, 29 de abril de 2011

O MAGNETO À VENDA



Uma descoberta inesperada no porão de uma residência rural do interior da França é o ponto de partida para um romance eletrizante.
Benoît Mure, Hahnemann e Fourier, espíritos que Kardec chamou de “precursores do espiritismo”, são os personagens desta obra, surpreendente pela precisão histórica, pela qualidade do texto e pela trama instigante que não nos permite largar o livro antes do final.
Nesta obra, você terá oportunidade de conhecer um dos mais insólitos empreendimentos, que uniu para a sua realização o Brasil e a França, envolvendo o socialismo, a homeopatia e o magnetismo animal, ciências precursoras do espiritismo.
(do site da editora)

O livro foi entregue pela gráfica hoje (sexta-feira, 29/04). A editora está começando a mandar para as livrarias. Para comprar, por enquanto, só no site da editora:





e eu ainda não vi como ficou...

sexta-feira, 8 de abril de 2011

O MAGNETO


não posso dizer que estava ansioso pela espera... nem posso dizer que teve espera. A editora fez um trabalho fantástico desde que mandeio texto pra lá, no dia 26 de fevereiro (acho que foi isso), pra já estar com ele no forno. O que posso dizer, com toda certeza, é que estou profundamente emocionado.


aos amigos blogueiros que perceberam minha ausência nos últimos meses (e a muitos pacientes também), agora posso dar provas do motivo.


mais informações em

http://www.editora3deoutubro.com.br/livraria/index.php?option=com_content&view=article&id=118:lancamento-deste-mes&catid=44:destaque