domingo, 16 de março de 2008

simples


às vezes precisamos de uma varanda
que se abra para um campo verde amanhecendo
com alguma neblina bordando a solidão
e também do alarido de cata-ventos
de crianças seminuas um pouco distante
catando o tempo que não se importam em ver passar
e ter ao lado alguém que se possa dizer amar

sem palavra alguma que seja feita pra explicar
onde o vento espalhe pétalas arredias
e o silêncio seja maior que a necessidade da voz
onde a maior violência seja a terra por arar
ou os ramos mais velhos por podar
onde a maior tristeza seja a do tempo escoando
pela nossa necessidade de amar...

2 comentários:

Sandra Knoll disse...

simples...melancólico!
beijos

Daniel Olivetto disse...

puta que pariu!

que lindoooooo!!!

beijo