domingo, 21 de março de 2010

a mesma tecla


Escola!
Tá, tudo bem, vou falar de novo sobre isso. É que já to imaginando a campanha eleitoral chegando e a enxurrada de promessas desvinculadas de projetos realmente sérios ou, no mínimo, aplicáveis, sobre o assunto.
Se fizermos uma estatística vocacional, qual a porcentagem de crianças, ou adolescentes, que indicariam o desejo: quero ser professor?
A vocação, à medida que se afunila o tempo de uma decisão real quanto à profissão, cada vez mais se aproxima de áreas com melhores retornos econômicos. Que retorno econômico pode-se esperar como professor?
Teríamos uma listagem grande de "desmotivos" para mostrar, mas podemos escolher dois que estão nos extremos da cadeia.
1- quanto ganha um professor do ensino básico?
2- quanto ganha um professor com doutorado?

Opa! Aí podem me dizer que o doutor tem um bom salário. Primeiro digo que não, considerando-se o longo e penoso caminho para chegar ao título o salário não é alto, mesmo se for concursado de uma escola federal, onde, na maioria das vezes, terá que sofrer com uma estrutura precária. Segundo que o próprio título vira uma armadilha, que o coloca constantemente em risco de perder o emprego e ser substituído por um professor com menos titulação e salário menor, se estiver numa escola particular, que poderia lhe proporcionar uma estrutura de trabalho mais digna.

Em relação aos salários dos professores do ensino básico, nem é preciso gastar a retórica.

É claro que a solução do imenso problema não é apenas aumentar o salário dos professores, assim como melhorar a escolaridade não é apenas construir mais salas de aula. Por sinal, construir mais salas de aula, dentro do sistema que estamos mergulhados, é apenas uma demagogia, uma ração barata para engordar o gado eleitoral.

Melhorar a escolaridade significa um projeto sério a longo prazo, que envolve construir escolas com estrutura e aumentar o salário dos professores, permitindo (ou exigindo) que tenham uma formação cada vez mais aprimorada, entre tantas outras coisas.

Esses seriam os elementos fundamentais. Qual candidato apresentará projetos sérios nesse sentido? Qual candidato enfrentará o risco de qualificar o voto do cidadão brasileiro no futuro, colocando-o num patamar compatível com a nova posição do Brasil no cenário econômico mundial?

to pagando (com a minha paciência de ouvir) pra ver.

7 comentários:

Anônimo disse...

Ai, então aproveita e ouve pra mim também? Porque a minha paciência eu já perdi faz é tempo... Saúde e educação por aqui, duvideodó. Bom, a esperança é a última que morre (mas também morre).
abraço,
Mônica

mauro camargo disse...

sabe, no fundo acho que foi um gancho na postagem, que eu escrevi mas não sei se vou ter essa paciência toda... o mais provável é que eu comece a escutar e vá ver o que tem na geladeira...

Romacof disse...

Tem cerveja pra dois?

mauro camargo disse...

vc já tomou a itaipava premium? ou a germania? to com algumas gelando desde já pra não ficar deprimido...

Romacof disse...

Mauro! Notícias do Arthur, o desaparecido!

mauro camargo disse...

romacof, vou lá no teu blog responder...

Arthur Golgo Lucas disse...

Dez dias viajando doente e com o notebook se negando a conectar na última semana, mas estou de volta. E já rolou a apresentação de Trezentos aos mosqueteiros!