A ideia é aumentar a oferta de empregos. Tudo bem, como vemos na foto, essa história de automação é balela. A indústria automobilística gera "milhões" de empregos diretos, de tal maneira que, com a redução do IPI dos carros, vai melhorar tanto a economia da população que não haverá riscos de inadimplência de quem os financia (palavras do ministro).
Alguém pode me dizer o que está acontecendo? Será possível que tá todo mundo engolindo isso só porque vai ficar mais fácil comprar ou trocar seu brinquedinho de estimação?
Se a ideia é gerar empregos, por que o governo não vai direto ao âmago da questão e investe pesado no desenvolvimento da construção civil? A quantidade de empregos diretos desta área é infinitamente maior do que a da indústria automobilística e geraria bem estar social de amplo espectro. Baratearia a casa própria, baratearia o aluguel, e daí sim sobraria mais dinheiro para o empregado comprar seu brinquedinho de 4 rodas (ou 2 rodas), e ainda com mais dignidade. Mas sobraria para comprar muito mais coisas... já que tudo que existe hoje tem que ser comprado mesmo.
Por que o governo não facilita a construção de rodovias, para que as empreiteiras que realmente vivem do trabalho honesto possam construir estradas, para que os carros, que os empregados da construção civil passarão a comprar, tenham efetivamente onde rodar, onde estacionar... Isso não aumentaria sobremaneira o nível do emprego no país?
Então que balela é essa? Que engambelação é essa? Será que só eu que acho que mais carros geram mais IPVA, mais gasolina e alcool, mais multas? Será que sou só eu que acho que as montadoras internacionais (e todas são) veem no Brasil um filão inesgotável de renda, e por isso estão com a carteira aberta para financiar o corporativismo do poder público?
Será que só eu que acho que o protesto, que seria natural de quem pensa, não acontece porque mexe com o sonho de consumo da massa crítica?
Alguém que conheça mais do assunto que eu, este pobre cidadão que pensa que sabe pensar, por favor, me explica.
.