domingo, 19 de outubro de 2014

domingo, 21 de setembro de 2014

Surpresa de bacalhau...

Leve e sudável, além de muito fácil de fazer. Um prato elegante e saboroso e que pode ser feito com um bacalhau mais simples, como o gadus macrocephalus (do pacífico). Porém, tem alguns pequenos segredos. Este bacalhau é barato e se encontra quase dessalgado, em filés grandes, com preço em torno de R$ 20,00 o quilo. Bem, vamos à receita...

1- Descongele o grande filé de bacalhau gadus macrocephalus e corte em pedaços médios, depois deixe na água por meia hora (o filé vem com um pouco de sal). Em seguida aperte-os com as mãos, até tirar toda a água e coloque num recipiente separado. Depois de todos secos, encharque-os com um bom óleo de oliva e não coloque sal.

2- Coloque camarões limpos e lulas em anéis em tempero de limão, sal e ervas de provence (da boa) e deixe na geladeira, de preferência de um dia para o outro.


3- monte em uma folha de papel alumínio, colocando o bacalhau embaixo, depois 2 anéis de lula, 2 anéis de cebola, 1 anel de pimentão verde, fatias finas de alho, pimenta rosa, 4 camarões médios, 4 fatias de azeitona preta, 3 folhas de manjericão, um pouco de sal e uma colher de sopa de óleo de oliva extra virgem. Feche o papel alumínio e faça uma trouxa. Coloque as trouxas numa travessa e asse por 45 minutos em fogo alto.


          


4- O acompanhamento pode ser com batatas douradas, como eu fiz, mas também pode ser um cous-cous, arroz, ou o que a criatividade avisar que combina...

         


5- O vinho... ah! um riesling da Luiz Argenta foi nossa companhia. Simplesmente maravilhoso.


        

6- bon appétit...

sexta-feira, 5 de setembro de 2014

Perdão...

Nas melhores livrarias, em breve, muito breve...



http://www.lachatre.com.br/loja/perdao.html

domingo, 31 de agosto de 2014

A revolução do silêncio, Marina e a nova política... era disso que eu estava falando!!!


Quando a eleição geral passada registrou cerca de 30% de votos inválidos, o meu incluso, ficou marcado nos anais históricos uma "violenta revolução silenciosa". Como um cavaleiro inexistente, uma ideia se espalhou por mentes e corações sofridos. Mentes e corações cansados de um mais do mesmo para sempre e todo o sempre, no período de suas existências e suas lembranças, chamado política nacional. Uma revolução silenciosa como esta não se constrói de improviso. Pelo tempo o desmando e o descaso martelou incansável na saga de quem acredita que é possível viver e crescer dependendo do seu trabalho e sua boa interação com a sociedade onde está inserido. Martelou e machucou, até que, por cansaço, veio a revolução. Veio a revolução do silêncio, manifestada em silêncio, nos 30% de inválidos do TSE (postado em 01/11/2010) .O silêncio foi quebrado em junho de 2013 e a revolução ganhou as ruas e noticiários, obviamente. Alimentou a mídia e chamou a atenção para o fato de que uma parcela significativa da população estava descontente. Aqueles que comandam, os governos, de uma maneira geral, mesmo entendendo o significado desta revolução, preferiram mais calá-la do que ouvi-la. Foi mais fácil transformar o movimento em vandalismo, plantando violência no seu âmago, e assustando os pacíficos, do que se preparar para qualquer tipo efetivo de mudança. Foi mais fácil fazer de conta que tudo estava bem. Que engano! Então foram feitas propostas e foram gritadas soluções, não efetivadas, no mesmo faz de conta de sempre. A politicagem regada ao velho e bom clientelismo continuou recheando de fisiologismo e corporativismo o pato que ninguém paga da política nacional. Quer dizer, nada mudou de concreto, só que tá na hora de se começar a pagar o pato.
Mas, o que estes 30% de inválidos do TSE querem? O que esta população que foi às ruas nos movimentos de junho/13 quer? Querem mais decência e, consequentemente, menos mentiras por parte dos governos, em todas as suas esferas. Querem cidadania e tudo o que esta palavra significa. Querem respeito. Porém, sem tardar um minuto na sua saga, começa a campanha para uma nova eleição, e o que o povo vê é a repetição de tudo. Lemas, palavras de ordem, mentiras e musiquinhas infinitamente pobres e irritantes. Educação, saúde, segurança, luta contra a corrupção, transporte, bolsas e tais. Repete-se a desavergonhada busca pelo ÚNICO bem que temos e que interessa Aos políticos: o voto. Todo o restante vem à galope para suas vidas regadas de riquezas tão distantes da população. 
Só que neste momento a ideia dos inválidos virou ideologia e provavelmente um bom marqueteiro de campanha conseguiu ler nas entrelinhas da revolução do silêncio. Sem perder tempo, armou sua heroína (que lhe paga bem) com a espada luminosa que desbravará um novo tempo e a fez decorar os principais itens do discurso que mais agradaria os tantos e tantos revolucionários silenciosos (além dos 30%, quantos foram votar porque o voto é democraticamente obrigatório?). E ela veio. E é provável que ela tenha vindo, e fique. Então ninguém se assuste se tivermos uma nova Presidente do Brasil, porque sua equipe (e talvez mesmo ela, porque é esperta) soube enxergar a ideia da revolução silenciosa dos inválidos do TSE. Soube entender os movimentos de junho. Tenho certeza que os outros também souberam, mas não quiseram arriscar mudar de postura, diante de tudo o que tinham a perder. 

E assim Marina Silva, sem nada a perder, brada pelos campos seu grito heroico: pela NOVA POLÍTICA NACIONAL!

Exatamente o que os revolucionários silenciosos querem como ponto de partida. Mas querem de verdade. Querem como realidade. Somente isso, pra começar. 

Em tempo. Não acredito em soluções milagrosas. Não estou declarando meu voto. Não acredito que a Marina Silva vai solucionar nossos problemas de maneira diferente de qualquer outro que aí está. A considero mais um degrau da escada da democracia. Entendam bem isso, por favor. 

quarta-feira, 18 de junho de 2014

ELITE DOMINANTE




TODA ELITE DOMINANTE SE VÊ TENTADA PELO PODER... e passa da conta.

A ELITE DOMINANTE DE ESQUERDA, tão nociva quanto qualquer elite dominante, opressora e intelectualmente arrogante, está disseminando a ideia do ódio entre classes, infelizmente. Remova-se da sociedade todos os políticos, e seremos apenas humanos, com nossas situações evolutivas particulares, dificuldades particulares, e não massas de manobra eleitoreira. Os políticos se colocam como defensores populares, e o deveriam ser, porque é a razão de existirem, mas, com o poder, também passam da conta e só defendem seus interesses. Também são humanos e não resistem a um meio fortemente embasado no egoísmo, e há que se considerar que muitos humanos são atraídos para este meio exatamente por isso. 

Por que todo rico tem que ser desonesto e opressor? Por que todo pobre tem que ser honesto e sofredor? A realidade nos mostra que generalizações são sofríveis. Gostaria que o trabalho daqueles que pensam sem fisiologismo, sem proselitismo, fosse o da união e não da separação, por que todo ser humano que está neste planeta precisa de ajuda e compreensão, e não é o quanto tem ou não de bens materiais que o fará melhor ou pior. Está na base do pensamento comunista a igualdade de oportunidades, e esse pensamente é lindo e justo, e é isso que todas as classes precisam aprender, principalmente a dos políticos, nossos semideuses inatingíveis. Que lástima ver o quanto este pensamento é distorcido!

Mais amor, mais paciência, mais compreensão, porém sem a passividade parcimoniosa com o erro, seja de que classe for. Se alguém se posta de um "lado, pensando que o outro está em lado oposto, está completamente enganado. 

Todos caminhamos para o mesmo ponto. 

domingo, 1 de junho de 2014

Vai dá tainha? Não não vai...

depois de quase um ano, ela está de volta... garanto que as imagens não chegam nem perto do sabor. Com o incremento do pinhão e da linguiça Blumenau na farofa, coube muito bem até um tinto pinotage sul africado, muito elegante....



a farofa

o filé da tainha pré assado

a farofa cobrindo os filés

pronto...






quinta-feira, 29 de maio de 2014

Respeito

Tenho visto o governo alardear com pompa de milagre benefícios que são apenas obrigação de governo, pois pagamos para isso. Também tenho visto a oposição alardear como tragédia os erros do governo que eles mesmos praticaram, quando foram governo, com o mesmo requinte de deboche ao cidadão. Números em estatísticas corrompidas explodem na mídia, dos dois lados, e pessoas que se julgam inteligentes e superiores enquanto pregam igualdade nas quais não se ajustam (porque só consideram iguais quem pensa igual) estimulam o ódio, quando deveriam trabalhar para a paz. O que fazer? Tanto a grande mídia, quanto a "pequena mídia", está corrompida por suas necessidades, sejam elas monetárias ou idealistas. Ambas vedam a visão ampla das necessidades humanas. Ambas tentam influenciar mais do que clarear. A desonestidade moral e intelectual está varrendo o país, e é uma pena ver alguns bem intencionados caindo na malha fina da massa de manobra. O que fazer? Bem, se eu posso dizer alguma coisa que considero útil, eu peço calma. Nada de pressa. Nada de raiva. Nada de precipitação. Nada de pensar que o menos ruim é bom. Nada de se deixar levar pela excitação de notícias bombásticas. Calma, mais amor, menos ódio. Mais igualdade, indiferente de partido, idealismo, condição social. Moramos todos na mesma casa, por isso a paz é indispensável. Se amor é complicado, vamos pelo caminho do respeito, que tem sido tanto pisoteado. Respeito sempre precede à compreensão. Compreensão sempre precede a igualdade de oportunidades. E por aí vai...

quarta-feira, 23 de abril de 2014

Por amor ao Brasil





No imenso tempo decorrido até o momento em que começo a escrever este texto, o Ser se construiu e, obviamente, continua se construindo. Tudo faz parte desta construção. Usando a ideia darwiniana, mesmo por ser mais aceita, não é difícil entender que, neste tempo decorrido, desenvolvemos intensamente as aptidões físicas, a intuição e o intelecto. Desenvolver o sentimento é um passo à frente da jornada. Equilibrar estes elementos pode significar um estado de felicidade, mas ainda é uma busca. A imensa disparidade humana, no presente, mostra o quanto é difícil este equilíbrio, a começar pelas próprias aptidões físicas. Sim, somos todos iguais. Temos todos os mesmos direitos e responsabilidades. Porém, não tem como viver dentro de um claustro de ingenuidade e pensar que todos vão se comportar da mesma maneira com o que têm nas mãos. Eu sei que muita gente pode pensar, e afirmar, que as pessoas se comportam de maneira diferente porque têm mais ou menos bens materiais, ou de condições propícias à felicidade. Não acredito que seja assim, e a prática tem mostrado isso. Ainda somos diferentes, embora sejamos iguais. No balanço entre aptidões físicas, instinto, intelecto, sentimento e consciência sobre as diferenças, reside a possibilidade do bem estar social coletivo.
O que vimos na Bahia recentemente, com a multiplicação impressionante da criminalidade quando a polícia não esteve nas ruas, mostra o quanto ainda o Ser não se compromete com o sentimento, principalmente o de bondade. Mostra que consegue se manter na linha por medo de ser castigado. Uma pena, mas é a realidade.
O que vemos no patamar do poder, político principalmente, e tão distante do patamar que a população em geral vive, tem muita semelhança. O uso particularizado do intelecto, sem o impulso natural do sentimento (principalmente o da bondade) leva o Ser a práticas egoísticas em primazia. O fisiologismo, o corporativismo, o domínio da construção e manipulação das leis, leva à corrupção, à drenagem dos bens públicos para fins escusos, ao não investimento em cidadania. Não há lei que os alcance e, como humanos do mesmo padrão evolutivo, se comprazem pelo fato de não serem punidos. Acabam sendo violentos, muito violentos.
Os pensadores de várias ideologias aplicam o intelecto em níveis elevados, e formulam doutrinas espetaculares em torno do bem coletivo, embora, na maioria das vezes, este coletivo não seja amplo. Porém, quando percebem que a teoria, tão brilhantemente concebida, não se desenvolve na prática, porque os seres humanos iguais são diferentes, forçam de baixo para cima a execução da ideia. Impõem-se leis. Impõe-se comportamento. Se a massa populacional não aceita, corre-se o risco de vários tipos de ditaduras, todas agressivas. Geralmente os pensadores não chegam a cargos de poder. Acredito que, se chegassem, poderia ser atenuado o mau uso de suas doutrinas. O que acontece na prática, é que os líderes que usam das ideologias formuladas, não têm mais que ninguém o equilíbrio entre os fatores evolutivos desenvolvidos: aptidão física, instinto, intelecto e sentimento. No patamar humano, são iguais nas diferenças, e, por isso mesmo, não sabem lidar com o poder. É histórico e facilmente detectado.
Chegará um dia em que estabeleceremos o padrão de igualdade. Mas engana-se muito quem pensa que a igualdade pode ser imposta de cima para baixo, ou mesmo de baixo para cima. Igualdade não se impõe de maneira nenhuma. Igualdade não existe enquanto os seres humanos não souberem respeitar profundamente as diferenças, os tempos e dificuldades de cada um. Igualdade só existe quando aptidão física, instinto, intelecto e sentimento estiverem equilibrados numa quantidade de pessoas tamanha, que a conseqüência seja líderes no mesmo patamar evolutivo.
Não estamos nesta situação? É evidente que não. Na verdade estamos longe, mas também é evidente que estamos no caminho. Basta ver as conquistas na atenção que se dá às diferenças de aptidão física no presente. Hoje temos jogos paraolímpicos. A maioria dos países está se preocupando com as limitações físicas nas ruas, no trabalho. Eu sei que é um pouco triste pensar que é uma atuação incipiente da humanidade, preocupando-se com o primeiro fator evolutivo da lista e deixando os outros ainda tão à deriva. Mas há que se reconhecer que esta preocupação advém do desenvolvimento do sentimento. Então virão outras. E outras.
E existe um caminho para que este equilíbrio seja alcançado mais rapidamente? Claro que existe. Precisamos pensar em coletividades mais avançadas no uso da cidadania e na aplicação dos direitos humanos para entender. Não foi apenas o desenvolvimento financeiro que levou alguns países a este avanço. Talvez o próprio desenvolvimento financeiro tenha vindo depois de se conseguir cidadania e equilíbrio de direitos. Quem veio realmente antes? E o que podemos copiar destes países e tentar implantar na nossa terrinha, que é tão grande? Justiça. O primeiro passo eficiente para o equilíbrio de uma nação é um código penal enxuto, justo, facilmente aplicável. Porque mesmo o Ser destes países ainda está no mesmo patamar evolutivo que o nosso, só que já aprendeu (e formou uma massa crítica significativa) a se comportar dentro da lei.
Exemplo prático: você pode andar de ônibus por Roma sem pagar passagem. Pode entrar em um ponto e sair em outros, e não pagar, porém, se for apanhado, a multa é altíssima. Se não pagar a multa, é processado. Se for processado, fica registrado na carteira de trabalho. Pouquíssimas pessoas arriscam, porque, de repente, 3 ou 4 fiscais entram no ônibus e verificam as passagens. O mesmo acontece nos trens. Simples, repetido, até se chegar na ordem, respeitando-se os direitos. Imagina se isso for implantado no Brasil!
As leis brasileiras são confusas. A justiça brasileira é cheia de brechas. A impunidade é notória. Os processos são lentos e nem ladrão de galinha tá ficando preso mais, porque não tem espaço nas cadeias. Países como a Holanda, por exemplo, estão transformando prisões em espaços públicos, pela falta de presos, tamanha é a conscientização popular em torno do cumprimento das leis.
A reforma no código penal brasileiro é fundamental, para que também se possa fazer uma reforma política coerente, em um segundo passo. E precisamos disso porque somos como filhos, que quando são deixados muito à vontade pelos pais se tornam infelizes e desajustados, porque não têm noção de limites, são inseguros e frágeis. Qualquer psicólogo pode confirmar isso. Somos ainda dependentes de controle, porque dentro do controle nos sentimos mais seguros e entendemos melhor os limites até aonde podemos ir, dentro do antigo e repetido conceito que diz que a minha liberdade vai até onde começa a liberdade do próximo.
Não adianta pensar que mudar os nomes de um governo, ou mudar de partido, vai significar alguma coisa segura no desenvolvimento do nosso país. Isso já aconteceu sem mudanças significativas. Não temos massa crítica equilibrada nos quatro fatores evolutivos que nos trouxeram até agora, para que possamos gerar naturalmente líderes comprometidos com a felicidade geral. E eu digo geral mesmo, não apenas do seu grupo ideológico.
Diante de tudo isso, não tenho nenhuma dúvida de que a palavra chave para chegarmos ao equilíbrio sócio econômico tão buscado, chama-se JUSTIÇA. Aptidão física, instinto, intelecto e sentimento, regido por leis simples e inteligíveis é o caminho mais curto para a estabilidade.
E o que tem isso a ver com o título do texto: por amor ao Brasil?

Tudo. 

terça-feira, 15 de abril de 2014

e a coragem da decência?

duas trincheiras formadas e os soldados nem sabem bem na qual ficam mais tempo... com as mãos sujas de lama e merda, (com o perdão das palavra), as armas comuns,  os dois lados se sujam, mas não se indignam, nem se enraivecem, tampouco se ferem de qualquer forma, pois sabem que a vitória virá sempre. 

por quanto tempo ainda viveremos a era da hipocrisia?


entendam que não estou levando em conta qualquer veracidade ou tendência política das fontes abaixo, mesmo porque, o problema é exatamente este: falta de veracidade e tendências políticas desonestas.



onde está a coragem de ser decente?



segunda-feira, 24 de março de 2014

meu voto vai pra quem?

Devido às minhas postagens, algumas pessoas podem julgar que sou contra o PT e que faço campanha para que ele perca as eleições para presidente. Gostaria de deixar claro que não sou contra o PT, mas também não sou a favor. Só que isso se dá em relação a todos os outros partidos políticos brasileiros. Não faço questão que este ou aquele ganhe, porque já faz um bom tempo que podemos somar todos e colocar no mesmo balaio. Fazem parte do mesmo Partidão, como venho chamando há alguns anos. Votei no Lula e esperei mudanças, mas o Lula precisou se aliar a gente muito mais forte que ele e gostou da brincadeira, então não fez as mudanças prometidas.

O que eu gostaria que acontecesse mesmo deriva para a área das mudanças estruturais. Não temos partidos fundamentados em ideologias sólidas (nem líquidas). A única ideologia dos nossos partidos é o conchavo, além do fisiologismo, do corporativismo, da corrupção.. é claro. Basta esperarmos um pouco e veremos conchavos estapafúrdios para as eleições deste ano. Então, se é tudo a mesma coisa, por que mudar de partido? Que diferença real vai fazer se não acontecerem mudanças efetivas no Governo e na governabilidade? Mudar o partido que está segurando as rédeas aqui, na patriazinha, não significa quase nada.

Vivemos uma democracia fantasiosa, a começar pelo voto que é imposto. Voto obrigatório é cacoete de ditadura, por mais que ditadura e voto não combinem, mas, no Brasil, até no voto, baluarte da democracia, conseguiram colocar cabresto. De resto, a nossa democracia fantasiosa passa por um povo de índole maravilhosa, mas que prefere fazer piadinhas sobre delitos do que se indignar com eles. Um povo que sofreu com mãos pesadas que o conduziu por tanto tempo e que, numa época não queria mudanças devido aos pequenos favores que recebia dos coronéis, ou dos padrinhos: uma carradinha de barro, uma caixinha de remédio, um carro pra levar pro hospital na cidade maior. Não queria mudar porque achava que poderia piorar. Depois viu que mudou e não piorou e, pra muita gente, até melhorou, porque os pequenos favores se institucionalizaram, passaram a ser registrados e com conta em banco. Não estou aqui desmerecendo o bem que os programas de assistência trazem, mas não posso deixar de entender que o governo pensa mesmo nos votos que eles geram, e não no bem estar. Se pensasse diferente, já teria dado continuidade na inclusão social dos segmentos alcançados. As manifestações de junho são uma prova evidente disso e, talvez, uma réstia de esperança de que a nossa democracia fantasiosa ainda pode mudar. Uma esperança de que a população, mesmo que ainda pobre em escolaridade e educação de uma maneira geral, não se entregue tão docemente à ditadura da mídia, geral ou partidária, e pense por conta própria. Principalmente, que entenda que o Poder já procurou caminhos para que os protestos não tenham nenhum mérito.  

É claro que o Poder (como é pensado aqui, principalmente) não tem interesse em educar. Os currais eleitorais só mudaram de perspectiva. O aporte do estado em educação é ridículo, e sempre foi. Direita e esquerda vivem de promessas, com palavras de ordem que se repetem a cada eleição, não só na educação, mas em todos os setores básicos. Então eu não quero apenas que a esquerda perca e a direita ganhe. Vice versa é a mesma coisa. Temos visto bilhões escorrerem pelos desvãos de uma copa do mundo, ou de contratos que foram assinados sem ler todo o texto, como é caso da Petrobrás na compra de Pasadena. Quantas Pasadenas já não devem ter acontecido? Que incapacidade gestacional! Mas já vimos também bilhões se dissolverem na “privataria” tucana, na corrupção muito mais bem organizada do PSDB, com o refinamento que o PT não tem. Vejam que citei apenas dois partidos, mas é a mesma coisa citar outros. O político é de um hoje, de outro amanhã, tanto faz. Todos perdemos com isso. Promessas repetidas não vão mudar nada nossa vida. Mas, então, o que eu quero de verdade?
Mudanças. Não promessas de mudanças. O cenário político brasileiro já virou piada mundo afora. Precisamos mudanças exatamente onde os que podem mudar ditam as leis e debocham miseravelmente do povo, mesmo que dependam dele. O primeiro passo é a reforma política, mas não uma reforma tola, mudando cadeira de lá pra cá e colocando a mesa encostada na parede. Reforma profunda, desde o número de políticos até o que eles ganham de salário e benesses extras, que saem todos do nosso bolso, passando pela fidelidade partidária e definição de idealismos.  O Planalto é o grande ladrão da represa, por onde escoa nossa esperança. Se lá não mudar, nada mais muda. Não melhora segurança, educação, saúde, transporte, estradas, portos... nada.

E como mudar lá? Votando em pessoas melhores do que as que já estão lá? Que piada! Pensar assim é desconhecer a história política dos povos. Dizer que o voto é a revolução pacífica que pode mudar o mundo é profunda ignorância de todas as revoluções que nos trouxeram até aqui. Todos os que chegam ao poder se locupletam com ele, independente se foi com sangue ou com voto: Robespierres, Stalins, Chaves, Fideis, FHCs, Lulas, e por aí vai. (Perdoe-me Mujica, espero que sua exceção se concretize)

Só que assim vão dizer que eu não vejo saída nenhuma. Bem, se eu não visse, nem estaria me oferecendo de vitrine aos radicais para me espicaçarem. Então, qual a solução que eu proponho?

Nenhuma. Não sou cientista político. O máximo que sei fazer é apontar os erros. A finalidade deste texto é deixar bem claro minha posição política, porque os trolls de esquerda só querem desmerecer qualquer coisa que quem usa seus neurônios e não seja conivente a eles escreva. Assim como deixei claro que sou classe média em um texto anterior e não vejo nenhum demérito nisso, muito pelo contrário. Então minha posição está mais do que nunca colocada. E que venham as pedras.

Ah! Em tempo. Embora o voto não consiga provocar as mudanças estruturais que precisamos (não com a nossa democracia de mentirinha ou com o sistema político vigente), ele é o único, mas o único mesmo, bem sobre o qual o político tem algum interesse (porque dinheiro eles sabem que vão levar de qualquer maneira). Então, pensem muito, mas muito mesmo, em como vão usá-lo. Eu, de minha parte, só volto a votar quando algum candidato apresentar um programa sério e aplicável para melhorar a educação no Brasil. Até lá, continuo não votando. Não aceito imposições de obrigatoriedade.


foto de http://mercurymagazine.net/absolutismo-e-democracia/

domingo, 9 de março de 2014

Quer emagrecer???



Uma experiência pessoal, pensando nos que querem perder peso.

Amanhã, 10 de março de 2014, faço aniversário de 1 ano de mudança no pensamento alimentar. Foi um dia depois da festa de aniversário da Bárbara Biscaro no ano passado que comecei um processo de conscientização para mudar.
Digo já aos que querem tentar: deixem as fantasias de lado. Não pensem que conseguem quando quiserem. Não pensem que basta começar a fazer exercício, que basta parar de comer isso ou aquilo. Não, não mesmo.
Eu já sou veterano em regimes, porque sofro com esse gene danado que me faz engordar, assim como muita gente. Já tinha perdido peso muitas outras vezes, porém, sempre com os malditos retornos e a sanfona da balança tocando incessante e desafinada. Foi por isso que pensei numa mudança mais profunda. Alguns diziam: você precisa cortar isso, cortar aquilo... você precisa fazer exercícios... tal dieta é ótima... não coma mais carne vermelha... não coma isso não coma aquilo. Bem, todos os fatores têm uma vírgula a acrescentar no texto, mas, o que servem mesmo para o contexto de cada um? Estas dicas ou orientações passam a ser insignificantes se você não se conscientizar de um fator preponderante, com certeza, o mais importante de todos: COMEMOS POR PRAZER, e é o danado do prazer que nos tira os limites.
Na verdade, precisamos bem menos do que estamos acostumados para mantermos nosso corpo saudável e foi este o ponto fundamental onde centralizei minha necessidade de mudança. Diminuí radicalmente todas as quantidades. É claro que reduzi ainda mais o vilão principal, o carboidrato. Pensam muito nas gorduras, que são mesmo abomináveis, mas os carboidratos estão muito mais presentes. Estampam-se sedutoramente em vitrines e pontuam nossos passos em quase todo lugar que vamos. São fáceis e quase irresistíveis quando chegamos em casa cansados e prontos para a infalível desculpa: ah! Hoje eu mereço! Então lá vai pra dentro pão, cucas, bolos, pizzas, massas brancas em geral, e açúcar. Foi aí o meu ponto principal. Foi aí que realmente mudei.
É claro que é preciso exercício físico. Eu corro sempre que posso, porque sempre gostei de correr. Faço meus anaeróbicos em casa com relativa freqüência. Porém, eu sempre fui de fazer exercícios, e muito, então não era esse o elemento principal. E digo mesmo que não é de ninguém, porque, na imensa maioria dos casos de quem não é atleta profissional, ou mesmo amador, mas que compete com freqüência, é impossível perder peso somente fazendo exercícios. Eu comecei com a dieta de Dukan, e ela é ótima. Fácil de encontrar no Google; fácil de ser seguida. Fui fiel a Dukan por 3 meses, depois me mantive eu comigo mesmo, num esquema de suco verde em jejum, logo depois café da manhã com pão integral (duas fatias) e queijo ou requeijão. Almoço com uma colher de arroz, uma de feijão, bastante salada e proteína (numa média de 400 gramas o prato). Até as 17 horas me permito frutas, ou mesmo um pouco de fruta quando chego em casa, mas nunca depois das 19 horas. Meu jantar? Normalmente não tenho jantar. Se a fome apertar demais, um pedaço de peixe, ou de frango, pequeno, uma salada leve, depois líquidos (no meu caso, abuso dos chás). Mas é importante pensar no tipo do líquido: água de coco tem carboidrato, além de muitos eletrólitos que causam retenção líquida, então tem que maneirar muito; suco de laranja é calórico; sucos de frutas em geral, somente até as 17 horas. Então os líquidos noturnos devem ser bem pensados, porque o malandro glutão vai querer colocar iogurte, leite, suco de laranja, água de coco, ou muitos outros sucos de caixinha, ou de soja. Por favor, cortem os industrializados ao máximo. Façam seus próprios alimentos ao máximo. E não adianta pensar que, porque mudou a alimentação tirando açúcar refinado e gordura, pode comer uma melancia, um abacaxi, duas mangas e quatro cachos de uva. Pô! Isso faz parte das fantasias. Sem se enganar que o tempo passa e o resultado não vem mesmo, e daí o desânimo bate.
Tudo o que falam os nutricionistas é importante, mas você não vai conseguir consumir tudo que falam que é bom. Se você fizer isso, vai virar um balão dietético. Troque a massa branca por integral, mas não coma um pão integral inteiro numa sentada. A oferta de alimentos sustenta o comércio e as indústrias alimentícia, de medicamentos e de defensivos agrícolas. Então a oferta vai ser muita e não só de alimentos evidentemente satânicos, mas também de dietéticos.
O prazer de comer combate nossas tensões, decepções, angústias, mas nos traz uma conseqüência bem pior, que é a sensação de derrota pessoal cada vez que a balança nos denuncia. Neste processo de um ano é claro que eu senti fome muitas e muitas vezes, mas a obstinação me levou a trocar o prazer de comer pelo prazer de ver o peso baixar. Tem uns que dizem pra não subir muito na balança, mas eu fiz o contrário, subia duas vezes por dia. Assim aprendi a ter um controle maior sobre o que comia e entendi o que me faz bem e mal. Sou apaixonado por vinho (e os mais chegados sabem o quanto), mas este néctar dos deuses me castiga. Então é uma ou duas taças no fim de semana. Achei importante me pesar muito. A balança me ajudou demais no processo e deixou de ser inimiga, porque passou a registrar minhas conquistas logo depois de uma batalha contra a vontade de comer. Acreditem, ela é uma fiscal precisa no registro de tudo o que você faz ou deixa de fazer quando o assunto é perder peso. Façam dela sua aliada.
Eu poderia escrever um texto muito mais longo e bem mais rico em detalhes, mas cairia no lugar comum das dietas. O que quero realmente é reforçar o que mais aprendi neste ano: o fundamental mesmo, indispensável mesmo, é entender que podemos viver com muito menos (mas coloca menos nisso!) do que comemos habitualmente. Foi assim na natureza, antes de aparecer a obesidade. Pensem nisso.
Ah! Antes que eu me esqueça. No dia 09 de março de 2013 eu estava com 109 kg. Hoje, um ano depois, estou com 91 kg. Eu sei que tem gente que emagrece bem mais em um ano, mas, no meu caso, tenho certeza que é para sempre. Para sempre. Pensem nisso também.


quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

Propaganda, alma do negócio...


E quando o objetivo é a urna, pode ser enganosa o quanto quiser, porque todo mundo já está acostumado. Hoje ouvi uma propaganda do governo federal sobre as obras em andamento em Santa Catarina. Em meio às frases feitas tradicionais, saiu uma primorosa: o Brasil, das grandes nações, é o país que tem mais obras de vulto sem executadas. 


Caramba! Estamos a um passo de uma copa do mundo e a dois de uma olimpíada. Mesmo passando vergonha do alheio internacional até agora, com os trágicos atrasos e os já esperados monstruosos superfaturamentos, é natural que sejamos um país com obras de vulto. O problema não é esse. O problema são as obras citadas como exemplo na propaganda, em realização aqui em Santa Catarina: a pífia ampliação do aeroporto Hercílio Luz e a duplicação da BR 101. 

Para quem é do estado nem é preciso continuar mais escrevendo nada, já deve estar rindo (exceto os vociferantes radicais de esquerda que, óbvio, vão me chamar de reaça, e outras coisas repetitivas). Mas vou levar em consideração os que não são daqui e comentar um pouco mais.

Antes vou pedir ajuda... alguém pode me informar há quanto tempo a BR 101 está sendo duplicada? Eu não lembro mais. Lembro que em 1997 o trecho norte ainda estava sendo duplicado. Então o trecho sul está na espera há mais de 15 anos (considerando o começo da obra). Isso é obra de vulto? Isso é uma vergonha¹ Isso é um profundo desrespeito a todos os cidadãos que sofrem nesta estrada, pedagiada, congestionada, assassina. É um desrespeito a todos os mortos em acidentes causados pelas péssimas condições dela, pelas infinitas obras que nunca acabam. Vergonha, apenas. Nunca uma obra de vulto. 

Sobre o aeroporto Hercílio Luz, seria interessante lerem o que o piloto Antonio Carlos Cruzeta fala a respeito. Clique aqui. Não vou me alongar sobre isso. Para um Estado considerado o melhor destino turístico do país, nosso principal aeroporto é apenas mais uma grande vergonha. Puxadinhos, e só. 

Tá difícil ser brasileiro... sim, parece que sempre foi, mas tá cada vez mais. A bagunça tá desmedida, a falta de vergonha também. E não pensem que estou atacando o PT. Não, longe disso. Ataco a classe política, essa corja que legisla em causa própria e estraçalha a pátria. Ataco todos os partidos que não apresentam nenhuma ideologia definida e que fazem conchavos aleatórios, independente de princípios. Ataco o Partidão, a qual todos pertencem. Exceções, se existirem, não aparecem. 

Ataco Lula abraçando Malluf, o supra-sumo da descompostura moral da classe política. O exemplo maior do descaso com a ética e com a moralidade cívica. Daí querem dizer que a direita está usando a imprensa pra moldar a opinião da população para um golpe fascista. Caramba! Existe maior exemplo de direita degenerada que este filhote da ditadura (parafraseando Brizola, mas não me dizendo fã dele), chamado Paulo Malluf? Se a esquerda abraça e pede apoio para o fascismo escrachado, o que sobra de seriedade para o Brasil?

Nestes meses que nós, trabalhadores, pais e filhos da classe média ou não, meritocratas ou não, estamos nos vendo loucos para pagar tantos impostos diretos e saudar quase infinitos compromissos, eu pergunto: até quando? 

Até quando vamos suportar tanta baixeza?

domingo, 23 de fevereiro de 2014

declarando minha posição como classe média

postei este texto na fugacidade do face... vou deixar aqui ele registrado, na perenidade do blog...


de uma maneira geral está me deixando irritado, ou mesmo desanimado, pra não falar pior, a campanha totalmente eleitoreira que a chamada, rotulada, esquerda (que se alia com a direita e o centro de acordo com seus interesses) está movendo contra a classe média. Eu sou classe média, e sou meritocrata, e não sou de nenhum partido. Se existisse um partido humanitarista (e levasse realmente a sério seu nome) eu seria. Mas a minha irritação vem de saber do meu esforço em me manter digno dentro da sociedade, sem corromper ou ser corrompido; de ter estudado, me esforçado e, até certo ponto, vencido, e, mesmo assim, se clamo por meus direitos, naturais do cidadão que paga impostos, sou chamado de fascista, reaça, pequeno burguês, elite... Qualé, gente? O PT montou no título de partido da ética; de primar pela liberdade democrática e agora não aceita ser contestado. Quem contesta não tem visão social, é burro, sem noção, manipulado pela Globo, pela Folha e pela Veja. Só está certo quem apóia a esquerda... Gente, isso é uma afronta à minha liberdade, não apenas de expressão, mas de me posicionar como cidadão diante da sociedade. Sou classe média, não sou burro, não sou alienado, e quero ver os meus direitos respeitados, assim como os direitos de todos os seres humanos, independente de como se rotulem politicamente. Sou contra o nivelamento social através do assistencialismo por tempo indeterminado, porque se uma pessoa vive da assistência, o dinheiro vem de alguma que trabalha. Sou a favor de se oferecer oportunidade através do trabalho produtivo e adequadamente remunerado, afinal, esta grande economia mundial ainda precisa de tudo, em todos os campos, desde a construção de creches, escolas, estradas, portos, até operadores de voos, policiais especializados, cientistas, médicos... Por isso, não me venham enfiar goela abaixo o que não querem ouvir em contra partida.

Ah! Floripa... sempre Floripa...

a ideia era sentar num barranco do Ribeirão da Ilha e pescar um pouco por lá, e depois comprar ostras para o almoço... só que a gente não sabia que hoje era dia de bloco de rua, e "a" rua (só tem uma) estaria interditada... então só compramos as ostras e fomos passear em Tapera, um cantinho que quase ninguém conhece... 









Então em casa fizemos as ostras e abrimos um Pericó sauvigno blanc (da serra catarinense), maravilhoso... é, acho que por isso esquecemos de fotografar as ostras gratinadas, o tempura de lula e tainhota... só lembramos de fotografar o ultimo prato, arroz selvagem com lula e camarão... que pena! Eheheheh...



domingo, 12 de janeiro de 2014

PACTO POR SANTA CATARINA





No ano passado eu publiquei aqui a situação de abandono que estava a praia de Canasvieiras, na Ilha da Magia, onde passo boa parte das minhas férias. Bem, um ano depois... piorou. Os jornais noticiaram exaustivamente a situação de falta de água e energia do final do ano e o que vemos no dia a dia nada mais é do que a confirmação de que o voto popular é escarnecido com categoria. Ah, podem me dizer que turista de férias não é importante diante de tantas necessidades mais urgentes e eu respondo que isso é óbvio, e o seu voto é escarnecido da mesma maneira pelos políticos diante de todas as necessidades mais urgentes. Continuamos não tendo saúde (a RBS noticiou a situação de uma menina de 11 anos que não conseguia andar por atrofia nos membros inferiores e sua cirurgia no SUS foi marcada 
para daqui há 3 anos), continuamos a não ter escola, por mais que o senhor Governador, que sugeriu que professores deveriam abdicar dos seus salários e trabalhar por vocação, gaste fortunas com propagandas, tentando enfiar goela abaixo da população uma porcaria de pacto, que não executa nada mais que sua obrigação mínima. Continuamos a não ter segurança: caramba! Nem preciso dar detalhes sobre isso. A não ter transporte de qualidade, nem rodovias, nem o mínimo de respeito pela nossa cidadania. Bem estar e lazer é direito do cidadão. Turismo é uma das maiores indústrias mundiais, que gera receita e milhares de empregos. Bem estar e turismo precisam ser respeitados, tanto quanto educação, saúde, transporte, segurança...  mas não vemos nem isso nem aquilo, nem um nem outro... e nem ciclano nem beltrano dando as caras quando o assunto é ingerência e falta de gestão. O que vemos são malfeitores engravatados (ou não) aprovando planos emergênciais em regime de urgência em vésperas de feriados de fim de ano. Aqui em Florianópolis passou na câmara o novo plano diretor, que, certamente, engordará o bolso de muita gente que financia campanha.
O bolso destes tais que plantam vândalos em manifestações e fazem de tudo para não mudar a ordem estabelecida, de roubos, corrupção solta, fisiologismo, corporativismo... o IPTU subiu na calada da noite e já estou até cansado de tanta maracutaia. Sei que não conseguiremos mudanças drásticas e radicais, isso é um passo para a implantação do regime do medo e um caminho para a ditadura. Se já vivemos um coronelismo democrático, a ditadura é um passo... ainda mais com a LEI ANTITERRORISMO que o Jucá rabiscou e ta lá em cima tramitando. Mas precisamos não diminuir nosso estado de indignação. Quem sabe se nos unirmos para dar um passo? Quem sabe se começarmos a anunciar nossa vontade de que o voto seja facultativo e não obrigatório? Você já parou pra pensar na diferença que isso faz?


quarta-feira, 23 de outubro de 2013

Quando chega o Natal... enfim...


tá aí... saído faz pouco da editora... contos de vários Natais reunidos num só lugar, com mais um belo trabalho de capa da Lachatre... tem uma degustação aqui:

http://issuu.com/criativacomunicacao/docs/quando_chega_o_natal


terça-feira, 20 de agosto de 2013

estação







É como se uma neblina cobrisse aquela estação com um manto de carinho e eu lembrava que saudade é uma exclusividade nossa. Outros chamam de nostalgia ou palavras próximas, que não conseguem expressar este sentimento que nos desalinha, mas também nos lembra que tanto amamos. É como uma manhã tépida, com um sol de calor brando furando as nuvens baixas e matizando a lembrança de tons sutis, de cores leves, de amores breves, por tudo que quis ser e nem sempre consegui. Abro meu peito e deixo partir os apegos. Ah! Porque não os libertei antes? Abro meu peito e deixo sair de mim qualquer rancor que tenha ficado. Quero agora apenas lembrar das coisas ternas; da risada frouxa do meu filho, seu abraço e as lágrimas boas de quando ele ia porque tinha que ir. Dos amigos que plantaram em meu caminho sementes de afeto, e mesmo daqueles que erraram nas sementes, quero apenas saber que me ajudaram, somente. E de você, minha querida, sombra fresca para o meu pensamento escaldante, quero saber só das vezes que veio. Sei que fui eu que a fiz partir, algumas vezes, que sempre pareceram tantas, e sei que voltou somente por você, porque eu, o que poderia ter que valesse mesmo a pena, senão esta mania de amar... e amar? Hoje sei que o tempo de amar devagar e urgentemente foi pra sempre. E agora, aqui nesta imensa estação do tempo, esperando um novo amanhecer em meu destino, parece que consigo escutar seu coração batendo, parece que escuto seu respirar entrecortado, parece que sinto seu sentimento me abraçando. Ah! Minha amada! Como queria roubar para mim qualquer tristeza sua! Mas não posso, porque também aprendi que as nossas dores são tão particulares, quanto necessárias, e não passamos por nada que não seja justo. Espero apenas que esta tristeza delatada a faça crescer e não perdure tanto, para que você possa se desvencilhar de mim a tempo da alegria ter tempo para você. E parece que sinto seu perfume, mas é a barba macia do meu filho que me roça, como na canção que eu lhe cantava pequenino: “sentir-lhe a barba me roçar, num derradeiro beijo seu”. Então o trem aparece na estação. Como alguém pode chamar isso de morte, se existe tanta vida na saudade? Enfim, clareou o dia, se foram as nuvens. É hora de partir.

domingo, 11 de agosto de 2013

walmart.com... a farsa!

http://www.walmart.com.br/

é só clicar gente, e milhares de ofertas e facilidades à disposição e com frete grátis... se você tiver sorte. É, isso mesmo, sorte. Por que existe a possibilidade deles não entregarem, como aconteceu com a Grasiela. Ela comprou uma sony smart TV 32 no dia 25 de maio e... até agora nada. Nada é maneira de dizer, obviamente, pois promessas não faltaram. Ela recorreu ao próprio walmart e cansou das baboseiras que ouviu. Foi ao www.reclameaqui.com.br, que costuma funcionar bem, mas a walmart ignorou. Foi ao PROCON... audiências e, por fim, no dia 29 de julho, na última audiência no PROCON, a cara-de-pau da advogada desta rede falou que o produto seria entregue em 7 dias úteis. Ainda falou que um veículo da própria empresa sairia da sede da mesma para fazer a entrega, "exclusivamente" para a Grasiela. Que piada! Ninguém apareceu.

Bem, a Grasiela vai voltar ao PROCON. E haja tempo e disposição! Mas, se alguém tiver alguma dica melhor, estamos precisando. Enquanto isso, cuidado com essa rede de bandidos.
.

domingo, 28 de julho de 2013

Você precisa mesmo deles? (ou: a teoria do quitandeiro)


Entrei em uma quitanda e fiquei tão impressionado com o preço das frutas, quanto com a pouca quantidade de pessoas comprando. Também me impressionei porque demorei a ser atendido, apesar de só ter uma pessoa comprando na minha frente. É claro, se dividirmos o salário com a infinidade de ônus necessário para viver, sobra bem pouco mesmo para frutas, principalmente se estiverem caras.

E por que as frutas são caras, se temos altas produtividades sazonais que deveriam abastecer o mercado com abundância? E por que o serviço foi ruim?

Bem, pelo que pude entender, o dono da quitanda trabalhava sozinho. Talvez com a família, mas poderia ser o horário da mulher estar na cozinha e o filho na escola. Não sobra pra contratar mais funcionários. Aí se responde o serviço ruim. E o preço alto?

Não vamos envolver o assunto nas carestias de produção, porque isso é apenas um círculo vicioso que pode ser respondido sem sair da quitanda, pensando assim: quanto o quitandeiro paga para abrir seu negócio? Quanto paga para a prefeitura com alvarás de funcionamento, alvará sanitário, entre outros? O quanto paga para o governo estadual? O quanto paga para o federal? Quanto ele pagaria de taxas se ele quisesse melhorar o serviço de atendimento aos fregueses e contratasse um funcionário?

Tire tudo isso de taxas e veja por quanto ficaria a maçã de R$ 2,00. Ah! Mas vocês vão me dizer que isso é impossível, porque precisamos a organização de um governo, gerenciando tudo? Só que daí vou perguntar: de todos esses valores pagos pelo quitandeiro, quanto é verdadeiramente necessário para se manter essa tal organização propiciada pelo governo?

E pergunto ainda, precisamos MESMO deste governo?

Bom, é inegável minha simpatia com o anarquismo. Mas, por favor, entendam o que é anarquismo antes de julgar. A Wikipédia traz uma boa ideia. O anarquismo foi demolido como movimento social pelas classes dominantes, tanto das elites, como dos operários sublevados que chegaram ao poder através do Marxismo (e se tornaram elite). Sabem aquela história de dizer que os comunistas comiam criancinhas pra assustar o povo menos informado? Sabe aquela história de colocar P2 carregando coquetéis molotovs no meio dos manifestantes pacíficos, pra denegrir o movimento? Pois é, foi o que fizeram com o anarquismo.

Então eu volto a perguntar: precisamos mesmo DESTE governo?

Vejam que eu fiz uma pequena modificação na forma visual da pergunta, porque sei que meus sonhos anarquistas ainda são utópicos. Mas não seria a hora de pensarmos realmente por que votamos nesta forma de governo. Por que aceitamos as coisas como estão: reeleição, fisiologismo, corporativismo escancarado, altos salários para os políticos, muitos políticos, muito, mas muito mais do que necessário, votos secretos, contas escondidas, reuniões fechadas... nossa são tantas coisas para não querermos mais, que o texto pode ficar infinito!

Não seria melhor pensarmos em realmente o que queremos. Não seria melhor pensar na prática que eu quero pagar menos imposto sobre o que compro e o que vendo; quero pagar menos imposto sobre o que contrato; quero saber exatamente onde este imposto menor está sendo empregado, em valores claros, explícitos; quero saber o quanto do que eu pago vai para a saúde, educação, segurança, infra-estrutura?????????????

Não seria melhor decidirmos quem gerencia a nossa cidadania sob um novo modelo? Afinal, democracia (baita falsidade!) não é o governo do povo, pelo povo e para o povo? Alguém já viu isso acontecer? Alguém pode conceber democracia com voto obrigatório? Democracia para manter uma infinidade de privilégios das castas dominantes que vão se revezando no poder? Alguém ainda realmente acredita que votar (como votamos no Brasil) é exercício de democracia, só porque a ditadura é pior?

Está na nossa mão, mas desde que nos perguntemos com seriedade: por que votamos neste modelo que nos foi imposto como certo?  

Por que votamos neste modelo que nos foi imposto como certo?  

Por que?


Não é hora de lutarmos para  que isso mude? Não é hora de fazermos o quitandeiro ganhar melhor, pagando menos pelas frutas?
.

sábado, 20 de julho de 2013

Limoncello... início da produção.


O cointreau já estava dominado... então saímos da França e vamos para a Itália. Fica delicioso e é fácil fácil de fazer.
.

sexta-feira, 5 de julho de 2013

ahhhh... estas frutas que dão em cachos no mar...


a foto é de celular (e não dos mais modernos), por isso me desculpem se a imagem não está tão boa... mas, se a imagem não está boa, nada se pode falar do sabor... 

nem precisa passar a receita detalhada: filé de tainha sem pele, passado no limão e gergelim, um pouco de açafrão (nacional mesmo) e frito com um fio de óleo de oliva... camarão e lula flambados no conhaque, com pimentão vermelho, temperados no limão, sal e páprica... tudo bem, tem seus segredinhos, mas é muito fácil de fazer. 

muito sabor, pouca caloria, pouquíssimo carboidrato... na verdade, só alegria.
.

terça-feira, 2 de julho de 2013

PARECE QUE NADA, DE FATO, MUDOU...

A lista de sugestões de Dilma Rousseff para a consulta popular inclui financiamento de campanha (público, privado ou misto), o tipo de sistema eleitoral com voto proporcional ou distrital, o fim das coligações partidárias, o fim da suplência de senador e também o fim do voto secreto no Congresso.
O vice-presidente, no entanto, fez questão de frisar que os temas são apenas sugestões e que cabe ao Congresso decidir como essa proposta será encaminhada. "O congresso é que vai definir a data, a forma e o momento. É o congresso que manda nisso", afirmou.



não vi nada referente a plano de aposentadoria de parlamentares, nada sobre reduzir número de parlamentares (não de suplentes), nada sobre salários de parlamentares, 

reforma política pra empurrar o povo com a barriga, desviando a atenção com um plebiscito desnecessário, quando todo munda sabe exatamente o que não quer mais, e, com um pouco de conversa, vai saber muito detalhadamente o que quer.


Os políticos estão encurralados e fazendo de tudo para ganhar tempo, porém, ainda não tomaram ciência que vivemos a era da DEMOCRANET. 



domingo, 9 de junho de 2013

Lindo Brasil...

   Isac Santos

Ricardo Lucarelli Santos de Souza e  Isac Santos...

Lindo Brasil miscigenado, de todas as raças, de todos o credos, de todas as GENTES. Esse país só não tem dado certo por estar em mãos erradas, de quem pensa antes em si e não cumpre suas obrigações. Só posso dizer que, se não fossem os políticos, viveríamos no paraíso.
.

quarta-feira, 29 de maio de 2013

eu a queria em mim
como um rio que nasce
nalguma colina distante do sentimento
gota a gota revirando fontes
e se emendando
descendo terras
carregando em si
a lenta fecundidade de amar
mas você já nasceu correnteza
com profundidades desconhecidas
rio largo devastando encostas
violento carregar de sonhos
inundando o estio deflagrado
em meu peito
seduzindo minha vontade
com inusitadas calmarias
e gigantescas quedas
levando em seus vórtices
a serenidade da espera e buscando
caudaloso
algum súbito mar
pra espalhar
sua grandeza de amar

domingo, 26 de maio de 2013

Tainha, variação da melhor do mundo...

eu já comi tainha de todo jeito: assada na telha, frita em posta, na folha da bananeira, recheada, assada embaixo da areia, no feijão (deliciosa)... por isso desenvolvi uma receita que julgo ser a melhor maneira de se comer uma tainha. Porém, não contente, criei uma variação... 

é preciso uma boa tainha, bem escolhida, gorda e ovada... quando comprar (tinha um tempo que eu ia lá e pescava), já pede pra fazer dois filés, sem pele. Com a ova, devidamente limpa, faz uma farofa com pimentão picado, cebola, coentro, manjericão, cebolinha, linguiça calabresa moída... e etc (sem exageros). Daí coloca um dos filés num papel alumínio grande (dobrado em dois) e  cobre ele com a farofa, coloca o outro filé em cima e enrola com o papel alumínio. Assa por uma hora em fogo médio. Quando tirar do forno e do papel alumínio, fica assim:


o recheio fica entre os filés:

então usa o que sobrou da farofa, e tem que sobrar bastante, e cobre tudo:

daí vai pro forno,com fogo alto, por mais 30 minutos, até ficar assim:

a tainha tá aí dentro, podem confiar. Essa nos tomamos com um Bordeaux, barão de Rothschild, branco, que tinha fantásticas notas de amêndoas na permanência na boca... mas não é dos caros não, a emblemática vinícola de Bordeaux tá com uma linha "popular" bem acessível.  
.